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quinta-feira, 29 de julho de 2021

Justiça kármica

     Atendemos um caso onde uma pessoa que já se consultou conosco, moradora de além mar, sonhou com uma situação onde uma moça lhe pedia ajuda, um sonho muito nítido, e a pessoa nos contatou para realizarmos o resgate. O espírito que a contatou em sonho, uma moça, ainda acreditava estar viva, embora estivesse meio confusa. O que a pessoa nos relatou foi o seguinte:

"Estou a contactá-lo porque recentemente tive um sonho que me pareceu mais com uma memória de alguém. Ou seja, embora eu estivesse a viver o sonho na primeira pessoa, essa pessoa não era eu. Em resumo, o sonho mostrava como uma jovem, que estava numa festa com amigas, foi drogada e violada. Pareceu-me que a dita jovem morreu durante a violação, já que no sonho esta fugia mas, quando chegava a uma certa distância do local o corpo deixava de responder e começava a ser sugado para o local onde estava a ser violada. Essa jovem estava também muito preocupada com uma filha bebé que tinha deixado em casa."

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

O dono da praia

     Atendemos uma mulher que tem uma barraca numa praia muito bonita e ela relatou que não se sente bem no local, apesar de ser um local paradisíaco. Ao investigar encontramos um espírito no local que disse ser o dono da praia. O sujeito tinha um perfil bem praiano mesmo, era moreno e bem bronzeado.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Crimes passionais

Muitas vezes ao nos depararmos com notícias de crimes passionais ficamos chocados com a brutalidade e violência com que foram praticados. Recentemente houve um crime assim em nossa cidade, onde uma jovem de vinte e poucos anos foi morta com dezenas de facadas, por um homem que era tido como seu amigo por todos, tendo ele inclusive furado os olhos dela com cacos de vidro tbm. O que leva pessoas aparentemente normais a cometer atos de extrema crueldade tem a ver com suas memórias emocionais, advindas de vidas passadas. Quando renascemos não trazemos conosco as lembranças dos fatos ocorridos em nossas vidas pretéritas, entretanto, os sentimentos renascem conosco exatamente como eram no passado.

A memória emocional do espírito não é apagada quando ele reencarna pois são principalmente os sentimentos que precisam ser trabalhados pelo espírito nesse estágio evolutivo em que nos encontramos atualmente. Ao nos reencontrarmos com alguma pessoa com a qual já convivemos em vidas passadas, mesmo não tendo nenhuma lembrança disso, os sentimentos que nutríamos por ela ainda serão os mesmos de outra(s) vida(s). O tipo de relação que tivermos com essa pessoa pode mudar os sentimentos que trazemos conosco ou não.

Geralmente reencarnamos em várias vidas sucessivas ligados a um mesmo grupo de espíritos, como se fossem todos de uma mesma turma escolar,  e os diferentes papéis que assumimos junto a estes criam diversos tipos de sentimentos. Em relação a um determinado espírito, por exemplo, podemos ter sido em vidas passadas pai, irmão, filho, primo, amigo, companheiro, patrão, empregado, etc., eventualmente alternando nosso sexo ou o dele, e essas relações terem gerado sentimentos tanto positivos como negativos. Como companheiro ou amigo podemos tê-lo traído ou enganado, assassinado, etc. Evidentemente com alguns seres nos ligamos mais fortemente do que com outros, o que cria uma carga emocional bastante forte associadas a eles.


Ao nos encontrarmos com esse espírito na vida atual, se o saldo dos sentimentos for positivo vamos sentir uma simpatia por ele, se o saldo for negativo sentiremos uma antipatia. E esse sentimento pode se dar em vários graus de intensidade, por alguma pessoa podemos sentir uma pequena atração ao mesmo tempo que por outra podemos sentir uma fortíssima aversão.

Vivemos justamente para transformar esses sentimentos em algo positivo, ou seja, transformar todos os nossos sentimentos em amor. Quando conseguirmos isso estaremos no nível dos seres angelicais, o que no momento é uma distância incomensurável para nós. Vamos aos poucos, ao longo de muitos milênios, mudando nossos sentimentos de egoísmo, orgulho, vaidade, luxúria, inveja, preguiça, etc. Mudar esses vícios em nós consome muitas e muitas vidas ao longo dos séculos.

Esse era o caso que envolvia os jovens em questão, a moça que foi morta brutalmente e o homem que a matou. Havia se passado cinco dias da morte da moça quando fizemos nossa reunião e resolvi checar em que estado ela se encontrava e se poderíamos ajudá-la de algum modo. Nenhum dos membros do grupo conhecia pessoalmente a jovem mas como eu manifestei a intenção de auxiliá-la nossa equipe providenciou logo a sintonia dos médiuns quando iniciamos o atendimento dela.

A moça estava sentada ao lado do próprio caixão, com uma mortalha branca, parecendo um véu de noiva, sobre a cabeça. Estava completamente transtornada e não entendia direito o que tinha acontecido com ela e nem o porque. Colocamos ela para dormir e a encaminhamos ao nosso hospital no astral. Após, pedi aos médiuns que sintonizassem com uma vida passada dela e do jovem que a matou para vermos o que o levou ao crime.

Vimos que em uma vida passada essa moça vendia provisões (frutas, legumes, ervas, etc.) em um mercado, nas ruas de uma pequena cidade, e o rapaz que a matou costumava furtar os víveres de sua barraca. Em determinada ocasião ela o seduziu e, tendo-o pego desprevenido, o matou. Após matá-lo ela o esquartejou, colocou os pedaços dentro de um saco com pedras, e jogou dentro de um rio. O rapaz, como a grande maioria das pessoas, não percebeu logo que tinha morrido e a última cena que ele lembrava era da moça fechando o saco onde ele estava e depois o jogando no rio.

Ele já estava morto e em pedaços nessa hora, mas achava que ainda estava vivo. A moça era muito bonita, particularmente seus olhos, que o encantaram naquela vida, e tendo sido esta sua última visão, ele associou um ódio mortal aos olhos dela, motivo pelo qual quando a matou nesta vida ele furou-lhe os olhos com cacos de vidro, tanto por serem eles muito bonitos como para que ela não o visse (o rapaz estava num estado mental doentio).

O que podemos concluir de uma situação como essa, onde a justiça se faz na base do "olho por olho", é que ambos os espíritos pouco evoluíram daquela existência para a atual. Dada a brutalidade do ocorrido, é provável que em muitas outras existências estes seres já agiram de forma semelhante, revezendo-se como vítima e algoz. O processo natural da reencarnação faz com que automaticamente nossos débitos sejam reduzidos pelos sofrimentos vivenciados e pelos aprendizados, que nos fazem evoluir gradualmente. Quando nos deparamos com um caso assim é pq os envolvidos possuem uma carga negativa muito forte, que acaba bloqueando os 'benefícios' que a lei da reencarnação poderia lhe conceder, amenizando a forma de resgate dos erros cometidos.
Abraço.

Gelson Celistre.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Amor materno

Atendimento de uma senhora, 'mãe-de-santo' há décadas, que queria saber o motivo de não se dar bem com o filho, segundo ela existem muitos desentendimentos entre eles, o filho tem quase 40 anos, é solteiro e usuário de drogas, não tem trabalho fixo.
Inicialmente se manifestou um espírito feminino que estava junto com o filho dela, acusando a consulente de 'não prestar', dizendo que ela 'nunca foi mãe de ninguém', etc. Disse ainda que a consulente a havia assassinado covardemente.
Segundo esse espírito, em vida passada ela era vizinha da consulente, que era casada e tinha filhos. O espírito afirmou que a consulente maltratava demais as crianças e que as ameaçava para que nada dissessem ao pai, quando este questionava pq as crianças estavam tão magras ou com algum ferimento.
Essa vizinha cansada e apiedada das crianças foi ter com a consulente e a avisou que ia contar ao marido dela tudo quanto sucedia na sua ausência. Disse isso e voltou para sua casa e seus afazeres domésticos, quando foi surpreendida por um golpe mortalem suas costas, desferido com um machado, pela consulente.
Este espírito estava junto com o filho atual da consulente pq este naquela vida era o filho mais velho dela e era o que mais sofria, pois tentava defender os irmãos menores das atrocidades cometidas pela sua mãe contra eles todos. Conversamos com ela e a encaminhamos ao hospital do astral.
Logo em seguida se manifestou em desdobramento inconsciente, espontaneamente, o próprio filho da consulente, dizendo que não queria 'resgatar nada com ela' e que 'queria distância dela'.
Converamos tbm com ele e o fizemos ver que tudo tem uma razão de ser, e que, mesmo ela tendo agido muito mal com ele no passado, ele deveria perdoar e esquecer.
Fizemos ele lembrar de uma vida anterior onde, ambos sendo casados, ele a maltratava muito e a espancava constantemente, inclusive ela morreu após uma dessas sessões de espancamento naquela vida. Por fim, fizemos ele esquecer todo esse passado para ver se a situação entre eles se ameniza.
Uma situação bem direta da aplicação da lei do retorno, o que implica em dizer que ambos os seres envolvidos, a consulente e seu filho, são seres ainda muito dominados pelas paixões inferiores e sujeitos completamente ao automatismo da Lei.
Vale ainda ressaltar que nesta vida mesmo a consulente separou-se do pai desse rapaz ainda menino e o mandou morar com ele, sendo que em dois anos vivendo com o pai ele se viciou em drogas, e ele tinha 10 anos na época. Vejam que não precisava nem buscar no passado a causa dos desententimentos. Mas enfim, pelo menos um espírito foi auxiliado, a ex-vizinha. Tbm ocorre que o filho da consulente, além de usuário de drogas, tbm é 'chegado' a frequentar terreiros de nação e a mandar fazer 'trabalhos' de toda sorte. Somente com amor e perdão, muita paciência e resignação podemos resolver essas questões sentimentais que se prolongam vida após vida.
Abraço.

Gelson Celistre

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Semeando e colhendo

Atendimento de um menino de oito anos, com diagnóstico médico de esquizofrenia. O menino não dormia até pouco tempo e só começou a dormir por conta de medicamentos. Os pais já consultaram médicos especialistas de várias áreas e nada é detectado de anormal em seus exames. Tem dificuldade de concentração, vive meio 'ausente' e alheio ao mundo.


Na consulta solicitamos o comparecimento apenas dos pais. O pai não demonstra interesse pela espiritualidade e a mãe passou a se interessar em função da doença do filho, estando frequentando um centro espírita há alguns anos. Antes mesmo deles entrarem na sala de atendimento já havia três seres ligados a eles, sendo um mais irritado, afirmando que ninguem via ele, apenas o menino. Este ser havia sido pai do garoto numa vida passada. Outro era uma entidade 'preta-velha', que já havia trabalhado com a mãe do garoto no passado e que pretendia ajudá-la, na verdade tava meio perdida e se agarrou na encarnada.

O terceiro ser era um menino muito assustado com o pai do garoto esquizofrênico. Este fazia parte de um bolsão de espíritos sofredores ligados ao consulente de uma vida passada onde ele era encarregado de cuidar de uma espécie de orfanato, entretanto, era muito cruel e deixava as crianças passando fome e as agredia violentamente a chicotadas. Neste bolsão haviam mais de 50 crianças, sendo que umas 30 ainda se encontravam desencarnadas e o restante eram de encarnados, sendo inclusive um deles o menino que estávamos tratando. Socorrido este grupo inicial fomos averiguar o menino.

A situação capatada pela médium foi a seguinte: o menino plasmou no astral uma casa e para lá se desdobrava constantemente para fugir da vida real. Nesta casa ele convivia com uma família que ele tivera em outra existência onde ocorreu um evento muito traumático para todos. Eram pessoas simples moradoras de um povoado, uma família comum, sendo que um homem morador desse povoado desejava ardentemente se relacionar com a mãe do menino. Em certa ocasião ele invadiu a casa deles e tentou estuprá-la, o marido apareceu na hora, lutaram e ele acabou o matando. Para que o resto do povoado não ficasse sabendo de seu crime ele matou tbm a mulher e o restante da família, tendo o garotinho, ainda pequeno, fugido do local.

O tal homem o encontrou e não querendo ou podendo matá-lo, levou-o para sua casa e o criou como seu filho. A esposa desse homem foi a única pessoa da aldeia a ter conhecimento do que ocorreu, além do próprio assassino e do menino. Ela entretanto odiava o menino por ser filho de uma outra mulher a qual o seu marido desejara e chegara a cometer um crime, e ainda ela tendo que o criar. Esta mulher maltratava muito o menino e este antes de completar 20 anos suicidou-se. O que estava ocorrendo com o menino é que ele plasmou no astral sua antiga casa e para lá se desdobrava, vivendo em dois mundos ao mesmo tempo, estando ele em ressonância vibratória com aquela vida passada. O que ocasionou esta ressonância foram as circusntâncias cármicas de sua vida atual pois os seus pais de hoje são aquele casal que o criou na outra vida até ele não suportar mais e se suicidar, o assassino de sua família e sua mulher, que fora a madrasta que tanto o maltratara.

Como estava em ressonância com aquela vida passada ele trouxera para a vida atual todos os sentimentos e emoções que tinha naquela vida, principalmente pelos causadores de sua desgraça, o tal homem e sua esposa, e que atualmente são seus pais biológicos. Isso fazia com que o menino sentisse aversão por seus pais e inclusive quando desdobrado desejava mesmo fazê-los sofrer.

O tratamento consistiu em fazermos a despolarização, apagando da memória inconsciente do menino daquela existência e tbm destruindo o local que ele havia plasmado no astral. Tbm conversamos um pouco com ele desdobrado para conscientizá-lo. Como fazem vários anos que ele vive assim e tbm por conta de sua própria provação nesta existência visto que ele foi um suicida, ele provavelmente ainda vai ter muitas 'ausências', mas ao se desdobrar não vai mais lembrar daquele passado nem vai ser atraido para aquele local no astral. É o momento de os pais se aproximarem mais e tentar, com muito amor, criar um vínculo forte com o menino, que até agora não os sentia como sendo seus pais.

Pela nossa experiência sabemos que situações com forte conteúdo emocional, principalmente onde existe algum 'bolsão' de espíritos sofredores, costumam ser 'utilizadas' por mentes mais poderosas e nossa intuição nos alertava para que investigássemos mais a fundo. Foi notado outro ser próximo ao consulente e nos deparamos com mais um bolsão de seres ligados a eles, era um grupo de clérigos que em vida passada, sob o manto da Igreja, realizavam rituais satânicos. Este ser pedia punição para o consulente que segundo ele era o lider dessa seita e quando foram descobertos incriminou os demais.

Disseram que lhes fizeram beber óleo fervente para que confessassem seus crimes heréticos e ele e vários outros membros da seita que sucumbiram com ele queriam ver a 'justiça' para o seu delator. Argumentei com eles que ele já estava sofrendo e que eles não tinham conhecimento do que acontecera com ele depois daquilo. Para que eles aceitassem a ajuda e desistissem da vingança, mostrei a ele o que sucedera com o consulente depois do episódio da delaçaõ e depois mostrei a eles todos qual o acontecimento cármico que eles haviam 'semeado' no passado e que haviam colhido com aquele tipo de morte, enfatizando inclusive que naquela própria vida eles já agiam de maneira errada por se associarem ao 'demônio'. Enquanto eu conversava com ele foi mostrado à médium que a esposa do consulente, a mãe do menino, havia sido uma das vítimas humanas que foram sacrificadas por aquele grupo em seus rituais diabólicos.

A médium então disse que o menino desdobrado, antes de voltar ao corpo tinha lhe mostrado um homem no quarto dele dizendo que era ele que lhe dizia que não deveria esquecer o que seus 'pais' desta vida lhe fizeram no passado. "Puxamos" este ser para conversarmos com ele que se apresentava com aparência semi-humana, semelhante a um lagarto com um longo rabo e com protuberâncias pontiagudas saindo de suas costas, na linha da coluna, semelhante a alguns dinossauros do período jurássico. Quando ele incorporou a médium sentiu um mal-estar e transformei a forma dele em algo mais humano. Era um ser muito inteligente e que conhecia o 'protocolo', foi logo dizendo que ele mesmo libertaria os escravos que mantinha e que tbm destruiria o local, pensando no seu íntimo que depois ele reconstruiria tudo facilmente, como já fizera em outras ocasiões em que esteve em outros grupos. Este ser num passado distante foi irmão do consulente e na ocasião em que este buscou associação com o demônio, aproveitou-ase de sua afinidade para se apresentar como tal, absorvendo para si as 'ofertas' enderaçadas ao diabo por aquele grupo.

Tentamos dialogar com o mesmo no sentido de fazê-lo mudar de idéia mas este se mostrava irredutível, sabia de todas as consequências de seus atos mas não queria mudar de vida. Invesrigando seu passado vimos que em sua última encarnação era de uma família muito pobre, onde todos estavam morrendo de fome, e que se envenenaram para fugir desta situação, ele mesmo sabia o motivo daquilo pois quando lhe disse que iria mostrar uma vida anterior àquela, onde estaria o motivo cármico, ele revelou que antes eles eram uma familia nobre, proprietários de um feudo, e que deixavam seus vassalos morrerem de fome. Apelei para algum ser amado do passado, ao que ele disse que vários já o procuraram 'lá embaixo' mas que ele nunca quisera ir com eles. Ele disse que só queria voltar para onde estava e então lhe disse que por mim podia ir, mas que em função dos atos maliagnos que ele cometia iria deixar essa decisão para nossa equipe espiritual. Ele não retornou para o local onde vivia pois havia no ambiente um ser que o amava e que lhe era caro e ele estava inclinado a aceitar a ajuda, provavelmente não o tendo feito para mim para não 'dar o braço a torçer', mas foi com o tal ser.

Antes de terminarmos o pai do consulente, falecido há vários anos 'apareceu' para lhe dar um recado. Como o filho não é afeito a frequentar algum centro espírita, ele aproveitou a oportunidade e veio lhe dar uns conselhos familiares. A consulente, esposa dele, perdeu a mãe na infância para o câncer e tbm teve uma madrasta, tal qual ela fora no passado para seu filho desta vida, e percebemos que ela gostaria de poder ter um contato com ela. Questionamos a equipe sobre esta possibilidade e logo em seguida ela apareceu, amparada por um outro ser pois se encontrava ainda enferma pois mesmo tendo-se passado quase trinta anos de seu falecimento, como não aceitou a morte e sua situação, espírito algo endurecido, não consegiu ainda se desvencilhar dos fluídos deletérios que a fizeram desencarnar. A consulente teve então oportunidade de conversar com sua falecida mãe através da psicofonia da médium.

Neste caso os envolvidos tiveram a oportunidade de ver claramente como suas ações de vidas passadas se refletem em sua vida atual e acabaram descobrindo que a 'doença' de seu filho, que tanta dor lhes causa nesta vida, é decorrente de um trauma ocasionado por eles mesmos em uma vida passada. Certamente, assim como acontece com todos os seres de nossas relações que nos são próximos, este grupo de espíritos devem ter ainda várias outras passaagens terrestres e astrais juntos, que encheriam centenas de páginas com histórias e dramas semelhantes já vividos por eles no passado.

Como nos diz Ramatis, 'a semeadura é livre mas a colheita é obrigatória'. Colhemos hoje o que semeamos no passado e a assim, de uma vida a outra, temos a oportunidade abençoada de reparar as faltas cometidas por nós contra nossos companheiros de jornada.
Abraço.

GELSON CELISTRE

terça-feira, 14 de julho de 2009

Teias do destino - suicídio, assassinato, ressonância de vida passada

     Atendemos um casal já passando da meia-idade, onde o irmão da mulher havia se suicidado à cerca de dois anos com um tiro na cabeça. O homem reclamava que desse tempo pra cá nada dava certo pra ele, tanto financeiramente como sua saúde tbm estava abalada, não conseguia dormir direito e estava muito estressado. A mulher queixava-se de alguns 'medos' sem explicação, mas isto ela já apresentava de longa data, desde os 15/16 anos de idade. 
     Ambos 'oficialmente' são católicos, ela indo a missa de vez em quando e ele nem aí pra nada, ou seja, nenhuma preocupação com o lado espiritual, praticamente por parte de ambos. O homem foi trabalhar justamente na função que seu falecido cunhado exercia em um comércio onde ela era sócio junto com outro irmão e o pai de ambos.


     A ligação do mal-estar do homem com o suicídio do cunhado era evidente, embora ele achasse que não pq nem era muito 'chegado' no tal cunhado, imaginava que se por algum motivo ele estivesse 'por aí' teria ligação com sua esposa, que era irmã dele, e não com ele. Bem, o que aconteceu foi que o tal cunhado dele se suicidou pq era viciado em jogo, perdeu muitos bens, além de estar sendo obsidiado por um ex-sócio que ele roubou numa vida passada. 
     Esse ex-sócio dele teve um ataque cardíaco e morreu quando soube que estava sendo trapaceado. Então tínhamos junto com o homem que nos procurou, por um lado o ex-cunhado que se suicidou querendo que ele ajudasse sua esposa que ficou sem nada por conta das bobagens que ele fez em vida perdendo tudo no jogo, e por outro lado o ex-sócio do cunhado suicída revoltado pq achou que uma vez que sua 'vítima' estivesse morta ele 'ficaria com tudo', conforme suas próprias palavras.
     Começamos o tratamento com o mais revoltado que era o ex-sócio do cunhado morto, mostrando a ele o que ele fez em uma vida passada para que ocorresse aquela 'traição' do seu sócio.
Nosso amigo simplesmente numa vida anterior se aproximou da família de um rico fazendeiro, tornou-se amigo do proprietário e, abusando de sua confiança, o envenenou, causando-lhe a morte. Depois disso ainda seduziu a viúva e acabou casando com ela e ficando com tudo que o outro tinha. Depois dessa lembrança que estava esquecida em sua mente, e mais algumas palavras de incentivo e apoio, este resolveu abandonar sua 'vingança' e aceitar nossa ajuda.
     O suicida não deu muito trabalho, após termos conversado um pouco e esclarecido a situação. Tinha muita preocupação com a mulher e uma filha, como elas ficariam e tal, mas dissemos a ele que o momento dele pensar nisso era quando estava 'vivo' e que agora ficando por perto só iria atrapalhar. Tbm aceitou seguir com nossa equipe espiritual. Resolvido o problema do homem fomos averiguar os 'medos' que a mulher relatava sentir de longa data. Ao sintonizar com a mulher as médiuns sentiram que eventualmente ela sentia muita 'raiva' do marido, que ela confirmou meio sem jeito, e que não sabia o motivo, o sentimento simplesmente aparecia.
     Outro médium sentiu literalmente uma 'bofetada' em seu rosto, dada por uma mulher que segurava uma boneca. Outros perceberam uma mulher presa num sótão. Procedemos a incorporação da tal mulher enquanto os demais médiuns tentavam captar mais alguma nuance daquela situação. Do diálogo que tivemos com a tal mulher e com as visões dos médiuns conseguimos montar um quadro do que aconteceu com ela numa vida passada. A tal mulher com a boneca era a mesma que sentia os tais 'medos' e que nos procurou junto com o marido.
     Em outra existência ela foi prometida em casamento e se recusou a aceitar essa determinação de seu pai. Este a trancaficou no sótão a fim de fazê-la mudar de idéia, pois não aceitava a rebeldia da filha. Ela passou 36 anos presa no sótão, ficou com muito ódio do pai e meio perturbada mentalmente. Quando 'morreu' foi levada para um hospital no astral mas nem sabia que estava morta e achou que a tinham internado em um hospício. Dali ela foi encaminhada direto pra reencarnação, que é a vida atual, e enquanto sofria o processo de 'redução' perispiritual parte de sua consciência voltou para o quarto do sótão e ficou lá.
     A idade nesta vida em que ela começou a ter os tais 'medos' foi justamente a idade em que na vida anterior ela iniciou seu calvário no tal sótão. Além disso, tbm nesta mesma época ela conheceu seu atual marido que, adivinhem, era o pai dela na vida anterior, o mesmo que a manteve prisioneira até a morte num quarto do sótão. A soma desses fatores fazia com que esta mulher vivesse desdobrada no astral com a personalidade da vida anterior. 
     A bofetada no médium foi pq ela o confundiu com seu pai. Claro que ao incorporar ela ficou muito confusa pq ela estava acompanhando tbm o atendimento desdobrada e ficou enojada ao saber que ela era casada com o pai que odiava tanto, mas logo em seguida nós apagamos sua memória dessa vida passada e a 'reintegramos' ao conjunto psicossomático atual.
     Neste caso tivemos um suicida que não foi pra nenhum local no umbral, se matou e ficou convivendo com os familiares, embora em função do tipo de morte que ele teve provavelmente vai nascer com problemas mentais ou alguma anomalia no cérebro na próxima encarnação. Tbm tivemos um caso de ressonância de vida passada com dissociação da consciência onde a mulher, em função do curto período no astral antes de reencarnar e devido ao forte conteúdo emocional de sua última encarnação, mantinha-se em desdobramento inconsciente vivenciando uma situação traumática.
     No atendimento deste casal ainda tratamos vários outros seres pq o comércio onde o homem que nos procurou trabalha, nosso consulente, fica ao lado de um santuário católico onde existe um cemitério de padres e monges, com uma grande quantidade deles vivendo ali naquele ambiente sem saber que estavam mortos. Uns ficavam rezando, outros lendo, um deles até rezava missa. Esse santuário é muito visitado e tbm havia muitos espíritos de 'romeiros' mortos no local. Foi justamente nesse cemitério que o cunhado do consulente se matou. Os romeiros e visitantes desencarnados que estavam ali, inclusive muitas crianças, nós encaminhamos para nossa equipe espiritual.
     Quanto aos padres e monges, resolvemos conversar com um que precisava de tratamento para que os outros ouvissem a conversa e já fossem se conscientizando da situação. Uma das médiuns estava sentindo dores num lado do corpo e era de um dos padres. Uma vez incorporado e tendo sintonizado mais profundamente com ele, a médium viu que ele sentia aquelas dores no corpo pq havia se suicidado (coincidência!!???). Ele enforcou-se mas nos últimos momentos tentou evitar a morte segurando a corda com uma das mãos, numa tentativa, a essa altura inútil, de evitar a própria morte.
     Conversamos com ele para saber o motivo e ele disse que preferia se matar a viver nesse 'mundo profano'. Perguntei-lhe o que o escandalizava tanto nesse mundo profano que o fez preferir a morte e a médium então viu que ele se apaixonara por uma moça que se confessava com ele. Conversei muito com ele para lhe mostrar que não era Deus quem o estava condenando mas ele mesmo e que o 'pecado' que ele achava que iria cometer não era coisa de Deus mas dos homens, regras de uma religião e não de Deus. Por fim, enquanto conversávamos a tal moça de quem ele gostava veio para levá-lo e ele foi com ela.
     Os outros padres que viviam ali ao redor do 'campo santo' e do santuário ouviram nossa conversa e muitos deles pediram para ir com nossa equipe espiritual. Cinco deles quiseram ficar ali e não os impedimos. Aliás aproveitamos que eles iriam ficar por ali e pedimos que eles orientassem os 'visitantes' desencarnados do santuário sobre sua condição para que eles pudessem ser resgatados. Interessante que muitos dos visitantes desencarnados não entendiam como aquele comércio ainda podia funcionar ali com funcionários tão imcompetentes pois eles se sentavam nas mesas e ninguem aparecia para atendê-los.

Gelson Celistre