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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Crimes passionais

Muitas vezes ao nos depararmos com notícias de crimes passionais ficamos chocados com a brutalidade e violência com que foram praticados. Recentemente houve um crime assim em nossa cidade, onde uma jovem de vinte e poucos anos foi morta com dezenas de facadas, por um homem que era tido como seu amigo por todos, tendo ele inclusive furado os olhos dela com cacos de vidro tbm. O que leva pessoas aparentemente normais a cometer atos de extrema crueldade tem a ver com suas memórias emocionais, advindas de vidas passadas. Quando renascemos não trazemos conosco as lembranças dos fatos ocorridos em nossas vidas pretéritas, entretanto, os sentimentos renascem conosco exatamente como eram no passado.

A memória emocional do espírito não é apagada quando ele reencarna pois são principalmente os sentimentos que precisam ser trabalhados pelo espírito nesse estágio evolutivo em que nos encontramos atualmente. Ao nos reencontrarmos com alguma pessoa com a qual já convivemos em vidas passadas, mesmo não tendo nenhuma lembrança disso, os sentimentos que nutríamos por ela ainda serão os mesmos de outra(s) vida(s). O tipo de relação que tivermos com essa pessoa pode mudar os sentimentos que trazemos conosco ou não.

Geralmente reencarnamos em várias vidas sucessivas ligados a um mesmo grupo de espíritos, como se fossem todos de uma mesma turma escolar,  e os diferentes papéis que assumimos junto a estes criam diversos tipos de sentimentos. Em relação a um determinado espírito, por exemplo, podemos ter sido em vidas passadas pai, irmão, filho, primo, amigo, companheiro, patrão, empregado, etc., eventualmente alternando nosso sexo ou o dele, e essas relações terem gerado sentimentos tanto positivos como negativos. Como companheiro ou amigo podemos tê-lo traído ou enganado, assassinado, etc. Evidentemente com alguns seres nos ligamos mais fortemente do que com outros, o que cria uma carga emocional bastante forte associadas a eles.


Ao nos encontrarmos com esse espírito na vida atual, se o saldo dos sentimentos for positivo vamos sentir uma simpatia por ele, se o saldo for negativo sentiremos uma antipatia. E esse sentimento pode se dar em vários graus de intensidade, por alguma pessoa podemos sentir uma pequena atração ao mesmo tempo que por outra podemos sentir uma fortíssima aversão.

Vivemos justamente para transformar esses sentimentos em algo positivo, ou seja, transformar todos os nossos sentimentos em amor. Quando conseguirmos isso estaremos no nível dos seres angelicais, o que no momento é uma distância incomensurável para nós. Vamos aos poucos, ao longo de muitos milênios, mudando nossos sentimentos de egoísmo, orgulho, vaidade, luxúria, inveja, preguiça, etc. Mudar esses vícios em nós consome muitas e muitas vidas ao longo dos séculos.

Esse era o caso que envolvia os jovens em questão, a moça que foi morta brutalmente e o homem que a matou. Havia se passado cinco dias da morte da moça quando fizemos nossa reunião e resolvi checar em que estado ela se encontrava e se poderíamos ajudá-la de algum modo. Nenhum dos membros do grupo conhecia pessoalmente a jovem mas como eu manifestei a intenção de auxiliá-la nossa equipe providenciou logo a sintonia dos médiuns quando iniciamos o atendimento dela.

A moça estava sentada ao lado do próprio caixão, com uma mortalha branca, parecendo um véu de noiva, sobre a cabeça. Estava completamente transtornada e não entendia direito o que tinha acontecido com ela e nem o porque. Colocamos ela para dormir e a encaminhamos ao nosso hospital no astral. Após, pedi aos médiuns que sintonizassem com uma vida passada dela e do jovem que a matou para vermos o que o levou ao crime.

Vimos que em uma vida passada essa moça vendia provisões (frutas, legumes, ervas, etc.) em um mercado, nas ruas de uma pequena cidade, e o rapaz que a matou costumava furtar os víveres de sua barraca. Em determinada ocasião ela o seduziu e, tendo-o pego desprevenido, o matou. Após matá-lo ela o esquartejou, colocou os pedaços dentro de um saco com pedras, e jogou dentro de um rio. O rapaz, como a grande maioria das pessoas, não percebeu logo que tinha morrido e a última cena que ele lembrava era da moça fechando o saco onde ele estava e depois o jogando no rio.

Ele já estava morto e em pedaços nessa hora, mas achava que ainda estava vivo. A moça era muito bonita, particularmente seus olhos, que o encantaram naquela vida, e tendo sido esta sua última visão, ele associou um ódio mortal aos olhos dela, motivo pelo qual quando a matou nesta vida ele furou-lhe os olhos com cacos de vidro, tanto por serem eles muito bonitos como para que ela não o visse (o rapaz estava num estado mental doentio).

O que podemos concluir de uma situação como essa, onde a justiça se faz na base do "olho por olho", é que ambos os espíritos pouco evoluíram daquela existência para a atual. Dada a brutalidade do ocorrido, é provável que em muitas outras existências estes seres já agiram de forma semelhante, revezendo-se como vítima e algoz. O processo natural da reencarnação faz com que automaticamente nossos débitos sejam reduzidos pelos sofrimentos vivenciados e pelos aprendizados, que nos fazem evoluir gradualmente. Quando nos deparamos com um caso assim é pq os envolvidos possuem uma carga negativa muito forte, que acaba bloqueando os 'benefícios' que a lei da reencarnação poderia lhe conceder, amenizando a forma de resgate dos erros cometidos.
Abraço.

Gelson Celistre.

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