Atendimento de um mulher, espírita, separada, na faixa dos 40 anos, depressiva; trata-se há vários anos com medicamentos. Inicialmente se manifestou uma colega dela de outra vida, uma prostituta, muito alegre e prestativa, dizendo que 'saíam juntas' quando ela se desdobrava, para se divertir, entenda-se fazer sexo no astral. Perguntei-lhe se ela não trabalhava em algum local 'fixo', como um bordel, e ela disse que tinha um lugar onde iam às vezes para se divertir. Esta situação de mulheres, e tbm de homens, saírem do corpo desdobrados atrás da satisfação de seus desejos sexuais é muito comum.
Um dos médiuns viu vários seres nesse local, com os corpos esfarrapados, putrefatos, e achou que eram os seres com os quais elas se relacionavam sexualmente. Ela retrucou que elas os viam normais e não dessa forma. Durante a doutrinação desse espírito vimos que ela fora enfermeira numa época de guerra e que cuidava com muito carinho de mulheres, crianças e idosos. Estava tentando fazê-la pensar em outra coisa que não fosse sexo pq essa era a única preocupação dela, inclusive queria saber se no local para o qual a estávamos convidando a ir ela poderia fazer sexo. Por fim aceitou ir ver como era, com a garantia de que poderia sair se não gostasse.
Quando liberamos esse ser já havia outro tbm ligado a consulente. Este demonstrava animosidade e afirmava ferrenhamente que ela ficaria sozinha, que nunca teria ninguém, pois todos que se aproximassem dela ele afastaria. Disse que ela o traiu numa vida passada. Segundo ele, enquanto ele trabalhava ela o traía descaradamente em sua própria casa.
Esmiuçando melhor a história para sabermos os detalhes do que ocorreu, descobrimos que o 'pobre coitado' traído já estava na casa dos 60 anos quando desposou a consulente naquela vida, que tinha então apenas 16 anos. Sem falar que o cidadão era chegado numa garrafa e frequentemente enchia a cara e chegava bêbado em casa. E pior, descobrimos que ele negociara o casamento com o pai da consulente, que lhe devia dinheiro e lhe vendeu e filha em troca da quitação dos débitos, tendo ainda recebido 'de troco', seis galinhas.
Vimos outras vidas deles onde numa eram noivos e ela desistiu do casamento pq se apaixonou por outro, uma outra onde apesar dele ser pai dela vivia maritalmente com ela, e uma outra ainda onde eram irmãos e se davam muito bem quando crianças. Efetuamos um reforço mnemônico inconsciente desta fase para tentar amenizar o amor carnal que ele tinha por ela. Apesar de tudo o sujeito era insistente e não queria sair de perto. Disse a ele que caso não 'aceitasse' sair de perto eu o faria esquecer que a conhecera e que ele não a encontraria mais. Meio a contra-gosto aceitou sair.
Percebemos que a consulente tinha algum grau de mediunidade a trabalhar mas ela afirmava que nada via ou sentia, apesar de frequentar há vários anos um centro espírita e participar de alguns grupos de trabalho nesse local, e tbm disse que a mediunidade lhe causa medo. Pedi a um dos médiuns que visse o que acontecia com ela quando entrava no centro espírita e ele viu que quando ela entrava se formava um manto negro ao redor dela, um campo de força vibracional, que a bloqueava e isolava de tudo ao seu redor. Ela mesma é quem criava esse campo.
A consulente era mais 'trevosa' do que aparentava e pedi aos médiuns que rastreassem as ligações dela com seres do astral e foi aí que pegamos o fio da meada. Chegamos num ser que habitava uma caverna, típico mago das trevas, com aquela capa preta com capuz, unhas compridas e tal. Checamos logo para ver se não era um artificial e não deu outra, a criatura se desmanchou na hora. Seguindo o rastro energético desse artificial chegamos num 'dragão chefe' e mais meia dúzia de dragões, todos seres com aquela aparência e cauda de réptil, que aliás tem aparecido muito em nossos trabalhos ultimamente. Estavam num local lamacento de baixíssima vibração, de onde os retiramos presos, além de resgatar muitos outros seres que estagiavam ali em profundo sofrimento.
Conversamos com a consulente desdobrada para que não sentisse mais medo e não se bloqueasse mais ao entrar no centro espírita, a princípio ela se retraiu e ficou em posição fetal, disse que queria 'levar alegria e não tristeza' e retruquei dizendo que ela ia se alegrar ajudando os espíritos sofredores e necessitados. Ela foi mudando os pensamentos dela e começou a perceber a equipe do astral da casa e a luz que tinha no local. Provavelmente agora sua mediunidade vai 'desabrochar'.
Descobrimos que na realidade ela não saía 'inocentemente' apenas para transar desdobrada, mas que ela e a colega prostituta trabalhavam para aquele dragão, aliciando espíritos ingênuos para que ele os vampirizasse e escravizasse. Aqueles seres com corpos putrefatos que o médium viu no início eram guardiões do dragão que vigiavam o bordel para recolher as vítimas escravizadas e as encaminhas para o covil onde ele habitava.
Gelson Celistre.
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