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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Projeção astral


     Quando estudamos sobre esoterismo de um modo geral é praticamente impossível não se deparar com a projeção astral ou viagem astral, uma prática que causa um grande fascínio pelas possibilidades que pode proporcionar. Imagine você ter a capacidade de sair do corpo quando quiser, ir onde quiser, nesta ou em outra dimensão, de fato é algo fascinante.


     Muitas pessoas se dedicam ao estudo da projeção astral e existem fóruns e cursos onde se ensinam várias técnicas. Se pesquisar viagem astral no Google vai encontrar mais de sete milhões de resultados. E onde tem muita procura é claro que tem muita oferta e aí parecem os especialistas com técnicas fáceis e cursos capacitantes que prometem a todos o acesso a essa capacidade fascinante.

quarta-feira, 20 de março de 2019

White Walker


     As vezes adotamos alguns comportamentos radicais em uma ou mais vidas que acabam nos causando problemas. Atendemos uma moça com os seguintes problemas:

     “Sinto como se eu estivesse vendo a vida passar "amarrada" em algum lugar da minha consciência, pois é como se eu estivesse travada sem conseguir agir para nada, apenas vendo tudo acontecer. Nos últimos meses, ocorreram situações ao sair em algum lugar com muitas pessoas, um shopping, por exemplo, de me dar um pânico, me sentir tonta como se eu estivesse embriagada e não conseguisse mais raciocinar, só sentir vontade de ir embora do local. Sinto como se eu já tivesse morta na maioria dos dias, pois não tenho mais fé em nada e nem alegria em viver. Não chego a ter mais pensamentos com vontade de morrer, mas simplesmente sinto que o tempo está apenas passando e é como se eu não tivesse forças para fazer nada.”

White Walker, da série da HBO Game of Thrones.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Romance astral

     Recebi uma solicitação de auxílio bastante curiosa onde uma mulher afirmava ter encontrado seu grande amor e que ambos viviam uma linda paixão. Só que além de estarem separados por uma imensa distância fisicamente, eles nem se conhecem.



     O caso é o seguinte, segundo a consulente:  
     "Há quatro anos eu fui despertada para uma lembrança de vida passada. Tive antes, um sonho que me avisou sobre como ia ser. Por "acaso", tomei conhecimento do trabalho de um músico estrangeiro, do qual eu nunca havia ouvido falar. Assim que o vi no DVD, foi quase que imediato, a sensação de já conhecer aquele homem, uma emoção absurda, sem explicação...Comecei então, a tentar um contato com ele. Consegui o endereço e comecei a enviar cartas que ele nunca respondeu, mas uma médium muito poderosa que conheço foi até ele astralmente e viu que ele lia as cartas com muita emoção.
     Pedi a ela que me levasse até ele em astral e então comecei a interagir com ele amorosamente! Um dia eu pedi a ela que tentasse se comunicar com ele no astral para saber porque ele não respondia as cartas, evitava contato comigo. Quando ela fez isso, o que se apresentou foi uma personalidade egípcia dele que contou a ela a natureza da nossa ligação que, já vem de 3.200 anos  a.C.
     Até agora eu não compreendia como podia ser isso, a personalidade daquela época se manifestar assim como se fosse um espirito independente da personalidade atual dele. Enfim, muitas coisas aconteceram entre nós no astral e com o tempo chegamos a entender que esse egípcio queria mesmo era se vingar de mim, pelo fato de eu tê-lo traído em vidas passadas." 
     Quando verificamos a situação no astral inicialmente o médium captou uma energia muito negativa, muito densa, que lhe causou uma dor aguda muito forte, tendo ele inclusive que tomar um remédio para dor.
     
     O ritual de vampirização

     Numa floresta sombria, uma pequena elevação de pedra numa clareira se destaca: é um altar de sacrifícios. Deitado nesse altar e amarrado encontramos um homem e duas bruxas que estavam se "aproveitando" dele para saciar seus apetites sexuais. O homem inclusive está já bastante enfraquecido energeticamente e em conseguência dessa vampirização que está sofrendo por parte das duas mulheres, pode estar tendo algum problema de saúde em seu corpo físico.
     As duas bruxas são na vida atual a consulente e a tal "médium poderosa". A vítima do tal ritual é mesmo o tal músico pelo qual ela diz ter se apaixonado. Todos os três encontram-se em desdobramento inconsciente na dimensão astral.
     Então, de fato, ela tem se encontrado com ele no astral e fazem sexo, só que não é exatamente da maneira que ela imagina e, ao menos que ele tenha algum fetiche masoquista, não creio que ele permaneceria ali se pudesse se libertar.
     O procedimento padrão adotado por nós nesses casos é libertar os espíritos, apagar essa frequência de sua mente inconsciente ativa e reacoplá-los em seus corpos físicos, em resumo, fechar a frequência.

     Conectados através do tempo

     Realmente estes dois espíritos estão conectados através do tempo, a consulente e o tal músico. Captamos uma vida passada onde eles se encontraram e tiveram um pequeno affair.
     Era uma época muito antiga onde tribos bárbaras lutavam entre si e a tribo da consulente, que era uma mulher guerreira e líder de tribo, venceu a tribo do tal músico numa batalha, uma disputa por alguma coisa. Embora não fossem inimigas, as tribos disputavam eventualmente alguma coisa disputando no campo de batalha.
     Na ocasião a consulente humilhou o tal músico, que era o líder da outra tribo, perante seus comandados. O guerreiro vencido não esqueceu a humilhação e anos mais tarde, num acampamento, conseguiu seduzir a tal mulher e quando estavam a sós, ele a matou e saiu triunfante da tenda onde estavam segurando a cabeça dela pelos cabelos.
     Foi por tê-la matado naquela vida que ele gerou um karma que permitiu que na vida atual estivesse sendo vampirizado no astral por ela e a outra mulher.

     O parceiro oculto

     Apesar do karma do tal músico permitir que ele sofra um pouco nessa vida, não foi apenas isso que o manteve preso durante anos no astral pela dupla de bruxas. 
     A tal "médium poderosa" tinha um pacto com um demônio sexual e era ele quem usufruía da maior parte da energia retirada do tal músico.
     Esse demônio de uns dois metros de altura tinha a pele escura, grandes chifres enrolados, cascos ao invés de pés e um rabo comprido. Ele estava ligado por um fio energético à consulente e à "médium poderosa" e através dessa ligação ele as vampiriza tbm.
     A tal médium serve de ponte para esse demônio vampirizar sexualmente várias mulheres iludidas com romances astrais, entre outras.
     Prendemos esse demônio e libertamos as pessoas ligadas a ele e que tbm eram vampirizadas, entre elas a consulente e a "médium poderosa".

     Conclusão

     A consulente viveu um falso romance astral durante quatro anos, iludida por uma "médium poderosa" e por sua própria necessidade de viver uma aventura apaixonante, uma fuga da monotonia de uma vida comum.
     Antigas companheiras de bruxaria onde praticavam magia negra sexual se reencontram após várias vidas e as teias do destino tecem o enredo onde agora elas é quem são as vítimas da vampirização.
     Fazer sexo no astral é muito comum pq a grande maioria das pessoas não tem uma vida sexual satisfatória aqui na dimensão física e no astral dá vazão a seus instintos e desejos reprimidos. Se juntarmos a isso alguma mediunidade ao nosso já comprometido karma, o que acontece invariavelmente é que acabamos sendo vampirizados no astral por demônios sexuais, criaturas das trevas especializadas em extrair energia sexual dos encarnados.
     Nesse caso era um "empreendimento privado", ou seja, apenas um demônio administrando suas posses, mas o mais comum é as pessoas se relacionarem em locais no astral como boates, bares, bordéis, etc. 
     Numa comparação grosseira, mas que pode ilustrar bem como funciona, é como se vc pegasse uma pessoa que adora jogar cartas com os amigos, canastra ou pife por exemplo, a troco de uma cerveja ou um real, e largar o cara num cassino de Las Vegas com crédito ilimitado.
     Entidades das trevas criam no astral verdadeiros resorts de luxo para onde somos atraídos facilmente, criam paraísos onde existe tudo que gostamos e que desejamos ter, não apenas mulheres/homens bonitas e desejáveis, mas carros esportivos, bolsas de grife, jóias, dinheiro, enfim, criam situações imaginárias onde nossos desejos podem se realizar, a fim de roubar nossa energia enquanto estamos extasiados nesses locais.



Gelson Celistre
     
   
     


sábado, 14 de janeiro de 2012

A viagem astral - parte 2/2

Leia antes A viagem astral - Parte 1

A vítima

Ao sintonizar com o consulente o encontramos em um cemitério, dentro de uma cova, cercado por vários espíritos disformes e rastejantes, que o vampirizavam. O que ele percebeu durante a viagem astral como sendo um trailer ou uma kombi na verdade era um túmulo, onde ele estava preso desde a tal viagem.

Quando disse à medium para soltá-lo, um espírito, dentre vários que estavam ali, um "malandro" metido a exu e fumando um charuto, se manifestou pela psicofonia dela e dialogamos um pouco, cfe abaixo.

- Ninguém se mete nessa banda, ele é nosso e daqui ninguém vai tirar! Ele é um dos nossos! Não se meta onde não foi chamado, vc não é bem-vindo aqui! Nós temos como mantê-lo aqui e vc não tem como fazer nada!, disse o espírito malandro;

- Aham, respondi;

- Me parece que vc conhece a lei e sabe que quem deve paga de um jeito ou de outro, e sabe que por conta das dívidas que ele tem é que podemos mantê-lo aqui!

- E vc deve conhecer a lei que diz que se eu quiser e puder eu faço!

- Daqui ninguém vai tirar ele, não tem quem tire!

- Vamos ver então, quem vai me impedir?

- Eu vou impedir vc, vc não é ninguém e não pode nada nem em outro lugar, quanto mais aqui! Vc vai é acabar igual a ele, isso sim! Já falei que não existe quem tire ele daqui!

- Aham.

Enquanto eu conversava com o malandro metido a exu a médium paralisou um outro espírito que vigiava a cova do consulente, ele estava com os pés e mãos amarrados e vários espíritos deformados se jogavam sobre ele para sugar-lhe o fluído vital. Afastamos esses seres e o retiramos dali. A energia do local era fétida, causando extremo mal-estar na médium, enjôo, etc.

Enquanto isso o tal malandro, que deixamos falando sozinho, ainda estava por ali perturbando e deixei ele falar novamente através da médium:

- Vc acha que pode me deter? Nem vc nem ninguém!!! Acha que essa aqui tem força pra fazer alguma coisa comigo? Tolo... nem ela nem vc... e nem ninguém... disse novamente o espírito malandro;

Como paciência nunca foi o meu forte, disse a ele ficar quieto no canto dele antes que eu lhe desse um paratequieto. Ele tentou agredir a médium no astral mas ela mesma o prendeu. Com ele preso vários outros seres rastejantes e deformados saíram de algumas covas e tbm tentaram atacar a médium, sendo todos contidos e presos, na verdade pareciam zumbis.

O consulente foi enganado por este ser, o malandro metido a exu, que se fez passar por seu "guia", o intuindo a estudar e tal, pq é o que se espera de um "mentor". Foi esse mesmo espírito quem direcionou o consulente para estudar e praticar viagem astral. Os espíritos que ele disse ter sentido quando voltou pro quarto na verdade eram os seres que estavam na cova com ele, pois ele não havia saído de lá até efetuarmos o atendimento. 

Quando se apavorou e pediu ajuda ao tal guia, que não apareceu, e depois a São Jorge (Ogum), não foi o que fez com que ele dormisse, e sim pq ele saiu dessa frequência e sua consciência passou para outra, onde o encontramos tbm.

O algoz

Após libertarmos o consulente da cova do cemitério, vimos que ele tinha outra frequência aberta, relativa a uma vida passada onde foi bruxo. Uma das atividades do consulente naquela vida consistia justamente nisso, em desdobrar as pessoas e aprisioná-las no castelo onde morava, onde as vampirizava, sugando-lhe as energias vitais (ectoplasma).

Logo que a médium chegou no castelo ele (o consulente desdobrado como bruxo) tentou hipnotizá-la e fazê-la adormecer, para tbm aprisioná-la. Ele é gordo, tem os cabelos grisalhos desgrenhados e veste uma túnica cinza. Quando percebeu que a médium conversava comigo tentou me desdobrar e aprisionar tbm.

Nesse momento eu cheguei no castelo com uma supraconsciência minha, de mago, ele tentou me atacar mas eu o paralisei. Apagamos essa frequência da mente inconsciente ativa do consulente e o enviamos de volta ao corpo.

Após isso nos dirigimos a um dos aposentos do castelo onde havia muitas pessoas desdobradas, em um tipo de transe, e as enviamos de volta aos seus corpos físicos. O castelo foi então destruído.

O tal malandro metido a exu, que já havíamos prendido no cemitério, foi o grande "guia" do consulente neste processo. São dois espíritos que já se aliaram muitas vezes para fazer o mal e nessa vida onde o consulente era bruxo o malandro era seu assistente.

As aparições como preto-velho no centro kardecista foram justamente para afastá-lo de lá, para sozinho ele o poder influenciar mais. Os estudos sobre viagem astral era pq ele queria abrir essa frequência onde o antigo comparsa era bruxo e tinha algum poder, para se beneficiar disso, vampirizando tbm as pessoas que o bruxo desdobrava e levava para o tal castelo.

A prisão do consulente na sepultura do cemitério, sendo vampirizado por seres disformes, era uma espécie de "ponte vibratória" para ele poder abrir a frequência de bruxo, e era possível justamente pq o consulente fazia isso naquela vida. Realmente ele podia manter o consulente ali por conta de seu karma, mas a função principal era que assim ele tbm rebaixava muito a frequência do consulente e isso facilitava a sintonia com aquela outra vida.

Esse foi o motivo dele conseguir dormir, ele passou sua consciência para a frequência de bruxo e parou de sentir o mal-estar, pois como bruxo ele era que fazia o mal aos outros. O malandro na verdade não tinha poder algum, por isso arrotava tanta bravata, mas foi esperto o suficiente para ativar a frequência de bruxo do consulente e se beneficiar dela. Lógico que os efeitos na saúde do corpo físico do consulente não lhe importavam em nada pois se ele desencarnasse eles procurariam outros meios de sobreviver no astral.

Percebemos que o consulente ainda tem muitas frequências abertas, extremamente negativas, relativas a vidas passadas onde ele fez o mal mas é preciso que ele se modifique, se firme no caminho de sua reforma íntima, e obtenha merecimento para se libertar delas.

Em uma dessas vidas o consulente foi novamente um bruxo, um conhecido feiticeiro na região onde morava, e enganou muitas pessoas, estando karmicamente predisposto nessa encarnação a ser enganado tbm, motivo pelo qual o aconselhamos a estar sempre atento, pois quem caminha procurando "atalhos" sempre acaba sendo vítima de charlatões. 

Reforma íntima não tem atalhos, cursinhos, viagens astrais, feitiços, mantras, decretos, etc, é trabalho e dedicação. Não se corrige vidas e vidas em desatino em uma semana ou um mês, é preciso enveredar no caminho do bem e ter paciência pois algumas oportunidades de resgate só nos surgem depois de muitos anos de trabalho dedicado.

O ideal é ter humildade e procurar um centro onde possa trabalhar sua mediunidade e fazer alguma coisa de útil com ela, ou seja, a caridade desinteressada no auxílio aos espiritos sofredores. O que podia ser feito pelo consulente no momento, dentro do merecimento dele, foi feito. Agora é preciso que ele faça sua parte, com trabalho, estudo e dedicação, para que obtenha merecimento e possa resgatar mais débitos de suas vidas passadas.

A mediunidade não é um dom do qual o médium pode se servir quando bem entende, ela é um karma negativo e se não for utilizada da maneira correta pode afundar mais a pessoa em dívidas (karmicamente). Entretanto, se bem utilizada pode alavancar o desenvolvimento espiritual do médium.

Muitas pessoas com mediunidade procuram caminhos alternativos, que geralmente envolvem vaidade, orgulho e dinheiro, como jogar tarot, reiki, xamanismo e outras terapias onde acabam sendo instrumentos de espíritos pouco evoluídos, perdendo uma grande oportunidade de progredir espiritualmente e aumentando seu débito cármico.

A viagem astral pode ser algo interessante mas a pessoa vai ir para onde sua energia a situa, no caso nosso consulente foi para uma cova num cemitério. A maioria que consegue alguma consciência durante a projeção fica aqui pela crosta ou cai para regiões mais densas do umbral. Outros tantos imaginam encontrar personagens famosos, mestres e outros, que não passam de espíritos mistificadores que se divertem as custas desses projetores e lhes roubam as energias.

Para finalizar, queremos deixar claro para os leitores que "mentor" tem quem atingiu algum nível espiritual acima do egoísmo medíocre e que faz alguma coisa pelos seus semelhantes, pessoas que possuem uma importância dentro da coletividade e que exerçam uma atividade que necessite de um auxílio especializado, como Chico Xavier, citando um exemplo do meio espírita.

Quando muito temos espíritos amigos de outras vidas que querem nosso bem e eventualmente conseguem nos auxiliar nos intuindo alguma coisa, em questões que não sejam parte de nossa provação kármica, o que já reduz bastante as possibilidades.

Pessoas comuns que só pensam em si e em seus interesses a maior parte do tempo não possuem um mentor com dedicação exclusiva. É preciso compreender que a Lei divina funciona perfeitamente e que a maioria das pessoas transita pela vida no "modo automático", só lembrando do tal "mentor" quando está em dificuldades ou quer alguma coisa. Para se obter algum "favor" especial é preciso que tenhamos merecimento, ou seja, que tenhamos obtido algum crédito karmico através de nossas ações que permita recebermos algo fora do roteiro.

Muitas situações em nossa vida, por mais desagradáveis que sejam, teremos que passar e não vai ter mentor que evite isso. Lembremos que este plano é de aprendizado, principalmente pela dor, pois somos todos espíritos renitentes no mal e que vimos há várias e várias vidas agindo com egoísmo. Não basta agora eu achar que "mereço ser feliz" pq nessa vida eu "não faço mal a ninguém" pois nosso saldo kármico é negativo. 

Não basta apenas não fazer o mal, para avançar é preciso fazer o bem.

Abraço.

Gelson Celistre.

A viagem astral - parte 1/2

O consulente afirma ser médium de Umbanda há vários anos, sendo que ativamente apenas a metade desse tempo. Após um período de afastamento das atividades espirituais retornou a frequentar um centro kardecista, segundo ele com a intenção de estudar o espiritismo segundo Kardec e ainda ajudar uma amiga iniciante e um amigo recém-falecido.



Teve problemas de saúde e precisou se afastar desse centro que estava frequentando por conta de uma cirurgia. Afirma que nesse período de recuperação começou a ser "assediado" por espíritos que falavam com ele em sua mente. Segundo ele  seu "mentor" tbm lhe falava dessa maneira e o aconselhou a estudar mais o espiritismo.

Após recuperado da cirurgia informou o dirigente do centro de seu retorno às atividades, tendo sido entretanto advertido pelo mesmo que precisaria fazer uma escolha: ou deixava de receber "seu" preto-velho e trabalhava apenas com a desobsessão no centro, e recebendo esse preto-velho somente se ele tivesse alguma msg de extrema importância para o centro, ou se retiraria do centro, pois outros médiuns mais antigos não aprovavam a incorporação dessa entidade no centro kardecista.

O consulente então optou por deixar o centro espirita e prosseguiu seus estudos pela internet, em sites com conteúdos variados, e mais especificamente dedicou-se ao estudo da viagem astral, tendo inclusive feito um curso básico. Durante uma de suas aulas desse curso o consulente se viu voando, ao mesmo tempo que ouvia "instruções" em sua cabeça.

Chegou em um local onde viu algo semelhante a um trailer ou kombi parado "no meio do nada", tendo sido convidado a entrar pelo morador do local, que lhe ofereceu café, mas que ele recusou. O morador perguntou se era por conta de sua "condição" e o consulente então notou que o tal ser tinha larvas que passeavam pelo seu corpo. 

Ele ainda ouvia as instruções em sua cabeça mas foi tomado por uma grande insegurança. Ao mover-se para sair dali percebeu que o tal morador do local assumira a forma de uma cobra e lhe sugava o pescoço. Tentou tirar a cobra com a mão e acabou retornando ao corpo físico, sentindo um formigamento na mão, que no corpo físico estava na mesma posição que no astral, tentando tirar a cobra do pescoço. 

Mas o consulente não conseguia se mover e somente aos poucos recobrou o comando de seu organismo físico. Entretanto, não conseguia dormir pois sentia que havia mais algum espírito em seu quarto querendo se comunicar com ele. Ao sentir a aproximação desse ser seu estômago revirava e ele sentia vontade de vomitar. O consulente então pediu ajuda ao seu "guia" (o tal preto-velho) para que afastasse dele aquele espírito, sem sucesso. Pediu então ao seu santo de devoção e "chefe de cabeça", São Jorge (Ogum) e então sentiu-se melhor, sentindo muita sonolência e adormecendo em seguida.

Embora na visão do próprio consulente a proibição dele incorporar o "seu" preto-velho no centro kardecista seja um preconceito com as entidades que se apresentam com roupagem fluídica de negros e caboclos, é preciso observar que se a entidade preto-velho que ele recebe quisesse realmente auxiliá-lo em sua jornada espiritual e ele próprio, trabalhando, fazendo a caridade para quem necessita, não se apresentaria com essa forma (de preto-velho), pois saberia que iria chocar os frequentadores do tal centro e iria acabar criando atritos que fariam com que seu pupilo saísse dali e, consequentemente, não pudesse trabalhar sua mediunidade e resgatar seus débitos de vidas passadas. 

Essas entidades respeitam o grau de entendimento de cada local onde vão trabalhar e respeitam inclusive os preconceitos das pessoas. Quem quer realmente ajudar não impõe condições, muito menos uma entidade "de luz" ou algum espírito mais esclarecido. A necessidade de trabalhar é do médium e este deve se adaptar às regras do local que está frequentando. Centro espírita ou terreiro perfeitos onde seja tudo como nós gostaríamos que fosse não existe e aceitar as regras do local faz parta da caminhada do médium, que precisa aprender a ser humilde, entre outras coisas.

Em resumo, apenas por esta atitude do espírito já se conclui que não era realmente um "preto-velho" ligado à egrégora da Umbanda. É de conhecimento comum e está escrito em vários livros sobre o assunto que muitos pretos-velhos que atuam na Umbanda tbm trabalham em centros kardecistas, sendo que nesses centros eles se apresentam com outras roupagens fluídicas, como padres, médicos, etc., formas perispirituais que estão mais de acordo com o pensamento dos frequentadores desses locais. 

Outro fator evidente é o fato do tal guia, o preto-velho, não ter aparecido quando seu pupilo estava em apuros. Alguns poderiam até objetar que ele poderia ter deixado o aprendiz passar por este apuro a título de "aprendizado", entretanto, foi pelas orientações desse tal guia que ele enveredou por estes estudos e práticas e este o estava "instruindo" até a chegada dele na tal "kombi", onde foi vampirizado.

Após analisarmos o relato do consulente efetuamos a verificação do que realmente ocorreu, que relataremos na próxima postagem.

Continua... Viagem Astral - Parte 2 


Gelson Celistre