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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Projeção astral


     Quando estudamos sobre esoterismo de um modo geral é praticamente impossível não se deparar com a projeção astral ou viagem astral, uma prática que causa um grande fascínio pelas possibilidades que pode proporcionar. Imagine você ter a capacidade de sair do corpo quando quiser, ir onde quiser, nesta ou em outra dimensão, de fato é algo fascinante.


     Muitas pessoas se dedicam ao estudo da projeção astral e existem fóruns e cursos onde se ensinam várias técnicas. Se pesquisar viagem astral no Google vai encontrar mais de sete milhões de resultados. E onde tem muita procura é claro que tem muita oferta e aí parecem os especialistas com técnicas fáceis e cursos capacitantes que prometem a todos o acesso a essa capacidade fascinante.

        Hà algum tempo atrás já comentei um caso onde atendemos uma pessoa que tentava fazer viagem astral e ficou preso numa cova de cemitério. Dessa vez ao atendermos uma pessoa que tenta fazer projeção há vários anos, sem sucesso, nos deparamos com outra situação.
      Encontramos o consulente na dimensão astral vivendo como um super-herói, tipo o superman, com uma roupa e capa até parecidas. Ele vivia cuidando uma cidade no astral, uma coisa bem filme de sessão da tarde, tipo salvar uma garotinha que caiu num bueiro, resgatar gatinho em árvore, evitar colisões de trânsitco, etc. 
     Ele se via lá como um super-herói mesmo e esperava que sua consciência física conseguisse se "projetar" para se unir a ele, para se tornarem um só pois ele acreditava que essa forma em que se encontrava era sua forma real, então se sua consciência física se projetasse e fosse até ele ocorreria uma fusão e ele ficaria ali para sempre. 
     Uma situação curiosa mas que só ocorria dentro da mente dele. Na verdade ele estava deitado numa maca em um laboratório na dimensão astral sendo cobaia em experiências de projeção astral.
      Nesse laboratório havia 250 "projetores", pessoas que se interessam pelo tema, participaram de cursos e fóruns, e que querem muito conseguir fazer uma viagem astral. Desses 250 apenas 25 eram mulheres, 10%, porque o objetivo era desenvolver essa habilidade em homens, com a intenção de formar uma tropa de soldados projetores. O cientista que comandava os experimentos era um pesquisador em paranormalidade quando vivo e depois de morto continuou com suas pesquisas.
      A técnica que ele estava tentando desenvolver para induzir ou facilitar a projeção astral me fez lembrar um antigo seriado de TV, A Ilha da Fantasia, onde a pessoa ia para essa ilha viver uma fantasia, ser alguém que ele gostaria de ser na vida real.
      Na prática era isso que o cientista russo fazia, ela criava junto com o candidato a projetor uma identidade dos sonhos, criava uma fantasia, uma ilusão mental, onde a cobaia vivia em sua mente aquilo que mais deseja. 
      Dentre as cobaias que estavam lá além do consulente, um se via como o líder da Igreja Católica, era um Papa em sua ilusão; uma das mulheres era uma líder política mundial e uma outra mulher tinha o desejo de ser altamente sedutora, que qualquer homem que ela quisesse se ajoelharia a seus pés; um outro era um astronauta que desbravava o universo, indo onde ninguem jamais foi. A intenção do cientista era que a consciência encarnada se projetasse atraída por esta ficção criada na mente da pessoa no astral, pois é o que ela mais deseja. 
      Não chegamos a ver se ele obteve algum sucesso com essa técnica, mas libertamos as 250 cobaias, sendo que muitas delas, senão a maioria, era de brasileiros que se intitulam projetores e que imaginam viver experiências fantásticas em suas viagens astrais.
        Além de estar preso nesse laboratório ainda encontramos portais na casa do consulente que ele criou em algum curso ou estudo sobre viagem astral que fez e que seriam para facilitar a projeção, mas eram um canal para seres das trevas terem acesso mais fácil a ele.
        Uma das técnicas que o consulente comentou a utilizar para tentar a projeção e que chamam de OLVE (Oscilação Longitudinal de Vibração Energética) observamos que estava provocando pequenas fissuras na tela etérica dele por onde estava sendo vampirizado.
        Quando notamos esse problema na tela etérica do consulente pegamos um ser que o estava vampirizando através dela e foi até engraçado. O medium viu o ser literalmente como um "ser de luz" e ele chegou logo dizendo que era um Emanuel, um enviado divino, um ser de luz que estava ali para conectar as energias do universo com os seres humanos e que sua jornada rumo a evolução começou há muito tempo. 
      Eu estava me divertindo com a conversa do tal ser de luz, mas dei logo um comando para ele se mostrar como era e o que o médium então passou a ver foi um velho decrépito. Em sua última encarnação esse autointitulado "ser de luz" foi um padre católico na época em que vendiam indulgências, há cerca de 500 anos.  
      Ele tirou dinheiro de muita gente para a igreja e foi recompensado com muitos cargos e status, mas quando morreu esse povo queria a cabeça dele pois ninguém que comprou as indulgências foia para o céu. Durante muito tempo ele vampirizava as pessoas que rezavam nas igrejas, mas acabou vindo para o astral do Brasil e percebeu que era mais fácil e conseguia mais energia se fosse um "ser de luz" e atuasse nesse meio espírita/espiritualista.
     Creio que muito poucas pessoas conseguem realmente fazer uma projeção astral consciente, pois não basta apenas conhecer algumas técnicas, a mente e os corpos espirituais têm que estar preparados para isso, o que ocorre com o uso de técnicas que a grande maioria não conhece, mas vendem a ideia de que qualquer um pode conseguir fazer isso, o que é uma ilusão.
     O que ocorre é que muitas pessoas com alguma mediunidade têm alguns sonhos lúcidos e saem alardeando que fazem viagem astral. Para fazer de fato uma projeção consciente não pode haver interrupção no estado de consciência, se a pessoa adormeceu tentando se projetar e ao acordar lembra de ter estado em algum ou vários locais isso não é viagem astral, é sonho.
     Essa técnica que chamam de OLVE foi relatada pelo norte-americano Robert Monroe  (1915-1995) no livro Viagens fora do corpo (Journeys Out of the Body), de 1971, que basicamente é um relato de suas experiências fora do corpo (EFC). Ele inclusive criou um instituto para difundir esta prática, que ele acreditava ser possível a qualquer um, o que não se mostrou verdadeiro. Robert Monroe foi um pioneiro nessa área e quase tudo que escreveram depois sobre viagem astral são cópias ou versões do que ele escreveu.

Gelson Celistre
     





4 comentários:

  1. Tenho algumas curiosidades sobre esse tema, Celistre:

    01 - Ha perigo em se fazer projeção astral, tipo sermos aprisionados de algum modo e impedidos de voltar ao corpo fisico?

    02 - Podemos ser aprisionados por algum ser das trevas?

    03 - Qual seria o limite de nossas andanças no "lado de la"? Haverá algum mentor nos apoiando ou ajudando ou estaremos por "conta propria"?

    04 - Podemos visitar outros orbes? Vizualizar algo em nossas vidas passadas?

    05 - Ha perigo de sermos atraidos até o umbral e la ficarmos aprisionados?

    06 - Poderiamos visitar um local como por exemplo, o tão conhecido pronto socorro "Nosso lar" ou alguma outra Colonia espiritual?

    07 - Ha variados livros e videos explicando sobre a projeção astral no youtube mas e o medo de tentar para quem nunca fez? Como poderiamos lidar com isso, alguma dica?

    08 - Estudar ou frequentar fontes de conhecimento no mundo extra-fisico é possivel ou permitido?

    09 - O que fazer se encontrarmos seres como os descritos em seus relatos, tipo magos negros, Ets, ou espiritos que plasmam as mais diferentes formas para nos dominar?

    10 - A hipnose é algo utilizada no mundo astral, mas poderiamos esse recurso poderia ser usado contra nós de algum modo?
    09 -

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    1. Várias dessas respostas podem ser encontradas nos relatos do blog.

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  2. Na parte:"ele vampirizava as pessoas que rezavam nas igrejas" pergunto quem reza n
    ão está protejido? Isso acontece nas igrejas? Mesmo rezando um pai nosso?

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    Respostas
    1. O ato de rezar não dá imunidade a ninguém, pois depende de vibração particular de cada um. Sobre as igrejas, algumas têm uma proteção natural pela energia agregada ao local, outras não.

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