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terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Oxumaré

   Oxumaré é a cobra/arco-íris, um orixá masculino que rege a multiplicidade da vida, símbolo da continuidade e permanência, representa a riqueza e a fortuna, segundo as descrições mais comuns.


Oxumaré
      Recentemente num atendimento onde a consulente frequenta um terreiro de Umbanda há mais de vinte anos, eu queria falar com o chefe espiritual da casa no astral e ele se apresentou para mim como sendo Oxumaré, cheio de pompa. A primeira coisa que lhe perguntei foi sobre sua última encarnação aqui na Terra, quem ele foi antes de ser Oxumaré, e ele se indignou, dizendo que é o que é "desde sempre", e me retrucou dizendo que eu deveria ter acreditado sem fazer mais perguntas.


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Reiki Master - A verdade sobre o reiki

     O que vou relatar aqui é a minha experiência pessoal com o reiki e sei que vai desgostar praticamente todos os "reikianos", atraindo uma carga energética negativa muito pesada. Entretanto, consideramos nosso dever expor aos nossos leitores as experiências que vivenciamos no mundo espiritual, para que estas possam servir de aprendizado e como material para reflexão por todos aqueles que buscam a verdade.


   Eu estudei muito o espiritismo e várias vertentes do esoterismo quando ainda adolescente, nos idos dos anos 80, mas nunca fui um frequentador de centros espíritas ou similares. Somente há cerca de 7 anos, quando me envolvi com a prática mediúnica, é que ouvi falar pela primeira vez em "reiki". Um amigo e médium que estava participando de um grupo mediúnico que se reunia em minha casa, e onde eu era o doutrinador (nessa época ainda não utilizava apometria), me falou que iria fazer uma "iniciação" em reiki.
     Perguntei a ele o que era esse tal de reiki e como seria essa iniciação. Ele me falou de uma mulher que trabalhava com florais e que era "mestre reiki" e que custaria não me lembro exatamente quanto, e que ele seria iniciado, receberia uns símbolos e tal, e que poderia depois "curar" as pessoas. Minha primeira expressão foi a de que isso era impossível, como alguém, mediante um pagamento em dinheiro, poderia "iniciar" alguém em alguma coisa e ainda por cima lhe conceder o "poder" de curar outras pessoas? Isso ia frontalmente contra tudo que eu sabia, ou que pensava que sabia, sobre energia, ectoplasma, espiritismo, esoterismo, ocultismo, etc.
     As iniciações na antiguidade eram processos onde havia anteriormente uma grande preparação e estudo por parte do neófito, que tinha que provar ser possuidor de certas qualidades, geralmente por longos anos, até poder ser iniciado num grau superior por seu mestre, e de forma alguma a iniciação poderia ser "comprada" por alguém. Claro que ele não acreditou e me falou "maravilhas" do reiki, que cura passado, presente e futuro, que você não "contamina" essa energia pois é apenas um "canal", que bastava desenhar um símbolo tal lá e enviava o reiki à distância, podendo até estar assistindo televisão enquanto isso, etc.
    Mas enfim, como dizia o Kardec, para você criticar alguma coisa primeiro é preciso conhecer. E foi o que eu fiz. Procurei na internet me informar sobre o reiki e as coisas que li achei mais absurdas ainda, mas encontrei um reiki master, um sujeito que foi para a Índia e viveu em mosteiros, e que fez sua iniciação em reiki lá com um monge japonês. Segundo esse "mestre", falando sobre sua linhagem, ele afirma que entre ele e o pretenso criador do reikil, um japonês de nome Mikao Usui, só haveriam três pessoas. Como eu sou do tipo que "paga pra ver", acabei pagando, e na época não foi barato. Ele realmente acredita no que prega, tanto que vive numa comunidade de reiki que criou.

A iniciação no reiki

     Fiz as iniciações dos níveis um, dois e três, até o grau de mestre. O ritual envolvia eu ficar sentado numa cadeira enquanto o mestre desenhava o símbolo aos quatro ventos, depois na minha testa, mãos, etc. Vejam abaixo algumas das coisas que meu "mestre" afirmou sobre o reiki: não é necessário estudo, após as iniciações você está apto para tratar a si aos outros, não é necessário concentração para aplicar o reiki, basta fazer o símbolo, não é possível passar energia ruim durante a aplicação, o reiki sempre funciona, quer você acredite ou não, etc., e tbm que o reiki cura as causas e elimina os efeitos.
     Aprendi a desenhar os tais símbolos, Choku Rei , Sei Heki, Hon Sha Ze Sho Nen e o símbolo do mestre, o Dai Ko Myo. Este último então faz qualquer coisa, segundo o "mestre", seu uso é ilimitado. Basta você querer alguma coisa, fazer o símbolo e pronto. Bem, durante a iniciação, em um dos dias lá eu passei muito mal, tive dores de cabeça terríveis e vomitei tudo que tinha no estômago, mas segundo o mestre isso era um processo de limpeza, de cura, e que nunca mais eu teria dor alguma, afinal agora eu era um "reikiano", e logo seria um "reiki master". Depois da iniciação em todos os níveis, até o grau de mestre, eu estaria apto para operar estas maravilhas atribuídas ao reiki, curando a tudo e a todos, mas na prática nem as minhas próprias dores de cabeça eu curava.
    Apesar da propaganda toda eu via o reiki como um passe magnético, e acabei encontrando outras pessoas que pensavam assim. Na época inclusive fiz amizade com uma pessoa de uma ONG espiritualista que havia recebido umas mensagens sobre o reiki através de contatos mediúnicos que iam de encontro ao que eu acreditava. Eu achava positivo no reiki o fato de pessoas de outros credos que não o espírita pudessem ter acesso a uma terapia magnética, pois acreditavam ser uma energia "do universo" sem ligação com espíritos e outras crenças e por isso no início até colocava no meu "currículo" que era mestre reiki. Via isso como uma forma de demonstrar meu universalismo. Mas depois de um tempo, onde passei a ter um contato muito mais intenso com a realidade espiritual, acabei por não afirmar mais ser "reiki master". Os motivos vou expor logo abaixo.
     Para mim aqui no plano físico, conscientemente, a iniciação em reiki era um ritual no qual uma pessoa que se dizia mestre "iniciava" outra que seria um neófito, um aprendiz, onde o que estava envolvido, na pior das hipóteses, seria um rombo na minha conta bancária. Como para mim essa questão do reiki estava "morta", depois de um tempo não me importei mais com isso. Entretanto, recentemente me ocorreu de "revisitar" a minha iniciação e verificar que tipo de entidade havia participado dela.
     De lá para cá se foram sete anos e nesse tempo adquirimos uma vasta experiência em relação ao submundo astralino e as entidades das trevas, motivo suficiente para sabermos que o reiki master que nos iniciou era ligado a entidades malignas e que durante nossa iniciação ocorreu bem mais do que imaginávamos na ocasião.

A iniciação verdadeira

    Desdobrei um médium com uma vidência muito boa e o sintonizei comigo, em seguida lembrei das iniciações que fiz e pedi ao médium que observasse o que estava ocorrendo no astral enquanto eu me submetia ao ritual de iniciação de reiki. O que foi visto, resumidamente, foi o seguinte, segundo as palavras do médium:

- Te vejo num lugar muito estranho, parecendo um tipo de salão, como se fosse um salão de júri, e há vários espiritos nesse lugar, todos vestidos com roupas pretas, como se fosse uma platéia. Você está sentado e logo atrás de você está o seu mestre (o que fez a iniciação em mim) acompanhado de dois magos, um de túnica preta e outro de túnica vermelha. Os magos criam uma espécie de portal por onde vem uma energia escura, que desce sobre sua cabeça.

    Enquanto me relatava isto o médium tinha que parar por instantes por estar sentindo um mal-estar muito grande, tontura, etc., mas continuando:

- Os magos estão ligando a mente deles à sua e estão achando "fantástico" poderem usar uma mente assim (o médium estava lendo a mente do mago vestido de vermelho) e eles estão ligando fios muito finos, escuros, mas que logo depois de conectados ficam transparentes, invisíveis. Isso foi no seu "primeiro nível", no ínicio do processo...

- No nível dois colocaram um monte de penduricalhos em você e vejo o mago vestido de preto bem na sua frente, como se estivesse te hipnotizando. Ele quer te levar para um outro local no astral, uma pirâmide, e os penduricalhos são pra isso (colares, amuletos e símbolos do reiki e outros), pra que quando você se desdobre você vá para essa pirâmide. Esse mago usa um turbante preto na cabeça. 
- Creio que agora vejo o nível três, e você agora desdobrado dentro dessa pirâmide, sentado com as pernas cruzadas. Essa pirâmide é feita de algo transparente e só cabe você sentado dentro dela... Agora vejo milhares de pirâmides como essa, cada uma tem uma pessoa dentro, e essas pirâmides parecem flutuar ou estarem suspensas no ar...

     Nesse momento o médium sente muita moleza e sonolência e como esse médium também havia feito iniciações em reiki (será tema de outro relato) intuí que ele também estivesse numa das tais pirâmides, então emiti um comando mental para iluminar onde ele estivesse e ele viu ao longe uma das pirâmides se iluminar, que era onde ele estava desdobrado em outra frequência. Nesse momento nossa equipe espiritual nos passou a informação de que havia um "grande mestre do reiki" no astral, o mentor e idealizador do reiki, para todas as linhagens (o médium foi iniciado por outro "mestre"). Também nos disseram que as variações que surgiram foram para atingir/angariar mais adeptos das mais diversas tendências e crenças (no início era apenas o sistema "Usui", depois surgiram outros, como Kahuna, Osho, Prema, Satya, Seichim, etc.).
     O médium escutou uma voz lhe dizendo que era para parar por ali (era uma das entidades trevosas que guardavam o local que já havia visto o médium ali), enquanto era tempo, mas em seguida lhe foi mostrado pela nossa equipe espiritual o seguinte, segundo as palavras do médium:

- Vejo novamente milhares de pirâmides com pessoas dentro, como se estivessem em transe, estão todas interligadas por um fio no topo dessas pirâmides, e vejo também outro lugar bem mais distante com outros milhares de pirâmides como essa todas interligadas também, e assim vejo milhares desses grupos pelo mundo todo... todos interligados como se formando em camadas uma enorme pirâmide, todos ligados a um único ser...

     Nesse momento me projeto onde o médium está no astral, e ele continua narrando o que vê:

O reiki master na grande pirâmide

- Vejo uma pirâmide enorme agora, com uma grande escadaria, e você já está la e está subindo os degraus, está vestindo uma túnica azul, e me chama para subir também... estamos subindo, é muito alto, e quando você começa a avistar o que tem lá em cima, ambos trocamos de vestimenta e aparecemos com uma túnica branca, parecendo de linho; eu estou com um objeto dourado na cabeça e você com um colar dourado no pescoço... chegamos onde está o tal ser, que parece estar vestindo uma saia, usa sandálias trançadas e está sem nada da cintura pra cima... ele é alto, magro, completamente careca, pele queimada de sol e usa uma pintura preta nos olho; me parece ser uma figura egípcia... tem um olhar imponente de soberania...

     As energias de todas as milhares de pirâmides que o médium viu estão interligadas a essa enorme pirâmide, de onde esse ser controla seu "império". Nesse local estão vários tipos de seres, inclusive os magos que participaram da minha iniciação. Estou em desdobramento supraconsciente lá, observando e planejando como agir. Logo defino uma estratégia e começo a cortar as ligações da grande pirâmide com os grupos de pirâmides e ela imediatamente sente o corte de energia, movendo-se lentamente para baixo, como se estivesse caindo, e diminuindo de tamanho.
   O "reiki master" egípcio percebe e fica em estado de alerta, ordenando aos magos que vão ver o que está acontecendo, mas eu paraliso os magos nesse momento e o reiki master já nos viu, eu e o médium.

A prisão do reiki master egípcio

    O reiki master vira a palma da mão para baixo buscando retirar a energia da pirâmide para nos atacar, depois eleva sua mão em nossa direção e dispara uma onda de energia, mas eu a bloqueio e envio de volta na direção dele. A grande pirâmide enquanto isso vai diminuindo de tamanho pois era alimentada pelas pirâmides individuais cuja ligação foi cortada. Com a energia da pirâmide eu crio uma esfera e o prendo dentro dela. Nossa equipe já está trabalhando e estão retirando as pessoas desdobradas das pirâmides individuais, são muitos milhares e o trabalho vai ser muito demorado. Essas pessoas são "reikianos", pessoas que se submeteram ao ritual de iniciação do reiki, cujas entidades associadas aos mestres que as iniciaram possuíam ligação com esse ser.
    Investigamos a mente do reiki master e vimos que já faz quase duas décadas que ele vem aprisionando reikianos nessas pirâmides. Em sua insanidade, ele estava criando um "novo império egípcio" no astral, e acreditava que no futuro ele se materializaria aqui na Terra, aí ele poderia renascer e ser adorado como um deus vivo. Enquanto isso nossa equipe espiritual estava trabalhando para destruir outros locais no astral para onde as pessoas eram levadas durante as iniciações de reiki, como aquele salão onde o médium me viu.
    Muitas pessoas acabam sendo "iniciadas" no reiki por ingenuidade, se deslumbram com as "maravilhas" do reiki e se iludem que vão pode ajudar parentes e amigos, além de si mesmas, mas muitas também enxergam uma oportunidade de "ganhar algum dinheiro", se sentem envaidecidas por serem "iniciadas", se imaginam mais espiritualizadas que as demais, etc.
   Este ser, o reiki master egípcio, era apenas um de muitos seres trevosos que viram no reiki uma grande oportunidade de obterem energia de modo fácil para perpetuarem seus domínios na dimensão astral e assim como ele existem vários outros seres, e eles se ligam especialmente aos "mestres" de reiki pois estes lhes angariam novos adeptos, ou seja, mais reikianos para serem vampirizados.
    Os vários sistemas de reiki representam uma "divisão de mercado" feita pelos seres trevosos que se organizaram em parceria com os "mestres de reiki" encarnados com os quais conseguiram sintonizar e também "inspirar". Essas pessoas que criam esses sistemas novos são médiuns comandados por essas entidades. O ser trevoso que consegue achar um médium desses e lhe inspirar a criação de um sistema novo de reiki fica com a energia que esse "mestre de reiki" angariar com novos reikianos que ele iniciar.
     Os cursos de reiki, com seus vários sistemas e níveis, são um grande negócio para os pseudoespiritualistas profissionais. Para terem uma ideia de como isso se propagou, vejam alguns dos sistemas de reiki que foram "criados" depois do Reiki Usui: Amanohuna Reiki, Reiki The Way of the Heart, Angelic RayKey, Ascencion Reiki, Authentic Reiki, Blue Star Reiki, Brahma-Satya Reiki, Cura Magnificada - Magnifield Healing, Cura Quantica, Energia Fria, Diddheartha Reiki, Ener Sense-Duddho, Ener Sense-Buddho, Reiki Tibetano, Reiki Usui Tibetano Kuan Yin, Reiki Xamâmico, Reiki: Jin-Kei Do, Reiki-Do, Royal Reiki, Sacred Path, Reiki, Saku Reiki, Satya Japanese Reiki, Seichim ou Seichem/Sekhem - Reiki Egípcio, Shamballa Reiki, Shuey Phura Reiki, Sun Li Chung Reiki, Tera Mai Reiki, Tera-Mai Seichem, Tera-Mai, A Técnica da Radiância,Vajra Reiki, Valley Reiki, Wei Chi Tibetan Reiki, Wiccan Reiki, Essencial Reiki, Gendai Reiki, Golden Age Reiki, Jikiden Reiki, Shinhan Kaku, Ichi Sekai Reiki, Imara Reiki, Iron Reiki, Japanese Reiki Techniques, Jinlap Maitri Chhos Reiki, Johrei ou Jo Reiki, Karuna Ki, Ken Reiki-Do, Lightarian Reiki, Medicine Dharma Rei Kei, Men Chho Reiki ou Medicine Dharma Rei Men Chhos Reiki, Meridien Reiki, New Life Reiki, Osho Reiki, Osho-Neo-Reiki, Quantum Reiki, Radiance Technique Reiki, Raimbow reiki, Rakiran Reiki, Raku Kai Reiki, Karuna Reiki, Raku Kei Reiki, Realreiki, Reiki Cristão, Reiki Essencial, Reiki Fire, Reiki Intuitive, Reiki Japonês Tradicional, Reiki Jin-Kei Do, Reiki Lighterian, Reiki Magnificado - OMROM, Reiki Plus, Reiki Prema, Reiki Sun Li Chung.
     O grande mentor do reiki, a entidade que inventou o primeiro sistema, que foi o Usui, recolhia uma espécie "tributo" destas outras entidades, que se associavam a ele de várias maneiras, algumas repassavam parte da energia retirada dos seus reikianos, outros lhe faziam "favores" como obsidiar alguém, implantar aparelhos, etc.

Na próxima postagem vou relatar como prendemos o verdadeiro criador do reiki.

Gelson Celistre


sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Os sonhos

     Os sonhos são bons indicativos daquilo que costumamos fazer quando os grilhões que nos prendem à matéria são afrouxados pelo adormecimento de nosso corpo físico. Recebi um e-mail de uma moça com a seguinte msg:

     "Gostaria de agendar um horário contigo pois a tempos sonho muito e a duas semanas tenho sonhado com pessoas mutiladas, sexta feira sonhei com o espirito de um senhor que me pediu para ir embora do meu apartamento e quando acordei ele estava ao meu lado da cama. Desde então tenho medo de ficar sozinha no meu apartamento, por isso estou dormindo na minha mãe.
Se puder me ajudar te agradeço muito."



     Pra bom entendedor meia palavra basta e agendei logo um atendimento pra ela. No dia da consulta a moça relatou ainda que no sonho com as pessoas mutiladas eles queriam estuprá-la e durante o atendimento ela lembrou que isso ocorria depois de ela ter se casado vestida 'toda de vermelho', tanto ela quanto o noivo.
     Tbm revelou que já havia se submetido a um atendimento apométrico num centro espírita aqui em minha cidade e que lá lhe disseram que ela tinha um 'amor de passado', um espírito que gostava dela e que a estava acompanhando, que esse ser era ligado à magia mas que ele foi 'encaminhado' por eles, para evoluir de uma outra forma.
     Inicialmente o que captamos foi um espírito que fora marido da consulente em vida passada, e que por conta das traições dela, que tinha um comportamento muito leviano segundo ele, começou a beber para suportar a vergonha e morreu na sarjeta. A médium que o recebeu inclusive falava com dificuldade por conta da 'embriaguez' do espírito. Conversamos um pouco e apesar dele sentir um pouco de raiva dela, queria esquecer o que passou. Antes de ajudá-lo nesse quesito, apagando da mente dele a lembrança da consulente, emiti um comando mental para que ele ficasse lúcido. Ele imediatamente ficou sóbrio e disse que havia muito tempo que não se sentia tão bem. Foi encaminhado sem dificuldades.
     Mal este saiu já iniciamos o diálogo com outro ser. Este era o tal 'amor de passado' dela e que foi visto no centro onde ela fez apometria, o mesmo que teria sido encaminhado naquele atendimento. A história deles daria um comovente drama teatral. Apaixonados, queriam se casar e viver felizes para sempre. Mas o pai da donzela afirmou que só entregaria a mão de sua filha a um bravo cavaleiro que a conquistasse num duelo de vida ou morte. Decididos a se casar, eis que o rapaz teve uma idéia mirabolante. Contratou um outro jovem para duelar com ele, sendo que durante o duelo seu oponente seria ferido mortalmente, após um valente combate onde ele impressionaria o pai da donzela por sua bravura.
     Entretanto, na realidade seria tudo uma armação, o seu adversário foi regiamente pago para fingir que perderia a luta e que morreria, devendo depois disso desaparecer daquele lugar e nunca mais voltar, a fim de que o pai da donzela nunca descobrisse a ardilosa trama. O plano era até simples, não fosse a paixão e a ganância do jovem que ele contratou, que resolveu ele mesmo casar com a consulente, pois este se interessou por ela e pelo dote dela que era muito grande e ele ficaria rico, além do ouro que já havia ganho. Durante o duelo, onde os cavaleiros se enfrentavam com lanças (era na época medieval), o nosso jovem apaixonado e inocente sucumbiu com a lança do traidor adversário cravada em sua cabeça, ao perfurar um de seus olhos.
     O traidor casou-se com a donzela que não podia recusar o seu pretendente por já ter provado do fruto proibido com seu amado e por estar esperando um filho dele, que agora estava morto. Seria um escândalo ela aparecer grávida de seu falecido amor e a solução seria o casamento. Porém, o destino ainda reservava muitas surpresas para a nossa jovem donzela. Seu agora marido sabia que o filho que ela esperava não era dele e sim do homem que ele matara e estava decidido a conquistar sua esposa.      Para conseguir isso ele planejou se tornar para ela um herói e como não tivesse um vilão para enfrentar, ele criou uma situação onde poderia demonstrar sua dedicação à mulher amada.
     Ele sequestrou o bebê e o deu a um bando de ciganos. Para a mulher ele disse que os ciganos sequestravam crianças pequenas para comer, em rituais bizarros. A mulher acreditou e ele garantiu a ela que iria procurar até encontrar o filho dela, tornando-se assim um benfeitor diante de seus olhos, apagando o crime vil que cometera ao matar o amado dela no duelo. Desde então empreenderam muitas buscas, sempre em vão, na tentativa de encontrar a criança.
     A consulente adquiriu um ódio mortal dos ciganos e de seus costumes bárbaros de comer crianças. Como fossem pessoas de posses, sempre que nas redondezas aparecia um bando de ciganos, eles os prendiam no calabouço de seu castelo e matavam as crianças ciganas, obrigando os pais a comerem seus corpos mutilados. Na mente perturbada da consulente naquela vida, ela achava que isso era uma forma de justiça: por haverem comido seu filho agora iriam comer os seus próprios. Ela nunca encontrou seu filho.
     Durante o atendimento, enquanto eu conversava com o 'amor de passado' da consulente e tentava fazer com que ele aceitasse nossa ajuda, esses seres eram resgatados por outros membros do grupo, pois se tratava de um bolsão de vítimas vivendo ainda no calabouço do castelo (plasmado na dimensão astral), e eles observaram que uma das crianças não foi junto com as demais. Tendo um dos médiuns perguntado o motivo para a equipe espiritual disseram que aquela criança era o filho da consulente naquela vida, que ela acabou obrigando os ciganos que a criaram a comê-la. Naquela vida o seu marido acabou enlouquecendo em função da obsessão ferrenha do homem que ele traiu e matou no duelo pela mão da consulente. Num acesso de loucura se jogou de um precipício.
     Não deu tempo de investigar mas provavelmente esse ser (o marido traidor) era o mesmo bêbado que socorremos no início. Um fato emocionante é que o 'amor do passado' da consulente estava muito resistente à idéia de sair de perto dela e eu não estava inclinado a retirá-lo à força, em razão do triste drama que ele viveu naquela existência, estava tentando convencê-lo com argumentos, mas quando surgiu a situação do filho dela que fora morto no calabouço, nos informaram que ele (que era o pai) não sabia da existência desse filho, pois não havia dado tempo dela contar a ele. Ele ficou muito emocionado e ambos, pai e filho, foram resgatados juntos, com a esperança de que no futuro possam renascer juntos novamente e realizar o sonho de viver como uma família.
     Enquanto se desenrolava essa situação, uma das médiuns viu o espírito de uma mulher, toda ensanguentada, arrastando um facão no chão e rindo como uma louca. Incorporada, ela proferiu adjetivos nada elogiosos sobre a consulente e, interrogada, disse que por conta da consulente arruinara sua vida. Ela estava meio demente mesmo e a conversação estava difícil, mas os médiuns captaram a situação, que foi a seguinte: essa mulher em outra vida passou muitas dificuldades financeiras e tendo procurado a consulente, que era uma bruxa, para que através da magia ela obtivesse bens, obteve algum sucesso e sua vida começou a melhorar.
     Decida a melhorar 'muito mais' de vida, tomada pela ganância, pediu para a bruxa (que era a consulente) um feitiço que lhe desse muita riqueza. A bruxa então a convenceu a sacrificar seu filho num ritual, prometendo que assim ele obteria tudo o que desejava. Ela cometeu o ato mas o remorso a venceu e ela enlouqueceu. Ofereci ajuda a ela mas ela não se achava merecedora, carregava um sentimento de culpa muito grande, achava que não merecia perdão. 
     Conversei muito com ela sobre perdão,mas mais uma vez foi a presença de um filho, o mesmo que ela matou nesse ritual, que propriciou uma mudança no ânimo do espírito com quem eu conversava. O filho foi trazido no estado em que ficou logo depois da morte, sem saber o que acontecera e sem entender nada do que aconteceu, assustado, mas desejando muito o amor de sua mãe. Ela acreditava que ela não a tinha perdoado mas a criança nem entendera o que houve com ela, queria apenas a mãe. Tbm foram juntos começar uma nova vida. 
     Nem deu tempo de nos refazermos disso tudo e eis que aparece um simpático senhor, embora cansado, reclamando da consulente, que se instalar em seu apartamento e não saía de jeito nenhum. Até na televisão dele ela se atrevia a mexer e mudava de canal, não deixando ele ver o que queria. Perguntei a ele como é que ela tinha entrado lá, se ele deixava a porta aberta, e ele disse que provavelmente foi a ex-mulher dele quem deu a chave a ela, só pra perturbar ele. Foi até meio cômica a situação de completa ignorância da morte desse senhor (morreu com mais de 70 anos), mas isso apenas reflete a falta de interesse pela espiritualidade das pessoas e isso é o que ocorre com a grande maioria das pessoas que morrem, não sabem que estão mortos, não aparece ninguém para lhes 'resgatar' e continuam vivendo em suas casas como se nada tivesse acontecido.
     Fiz ele lembrar como morreu, ele disse que caiu no chão, achou que tinha apenas desmaiado, mas fiz ele observar o corpo até que alguém apareceu  e levou. Fiz ele ver o corpo no necrotério e no caixão, para ele se convencer que realmente havia morrido. Depois a equipe espiritual o levou, acharam uma mulher que fora madrinha dele senão me engano, e a trouxeram para o acompanhar.
     Enquanto eu conversava com o tal senhor, outra frequência da consulente era acessada pelos médiuns. Essa, assim como a do ex-dono do apto onde ela mora, tbm estava diretamente ligada aos sonhos da consulente. Ela em outra vida fora uma bruxa que fazia rituais envolvendo sacrificios humanos e sexo. O que ela lembrava do sonho, que casava de vermelho e os mutilados queriam estuprá-la, na verdade eram reminiscências do que ela ainda fazia em desdobramento, onde sacrificavam pessoas, bebiam o sangue delas e se banhavam nele, e depois faziam sexo, com os mutilados observando. Na verdade essas mutilações eram oferendas para ela de seus seguidores, que a tinham quase como a uma deusa, e se mutilavam para agradá-la. Havia um enorme bolsão, não só dos tais mutilados mas das vítimas tbm, e foram todos resgatados.
     Observei que a consulente usava uma correntinha no pescoço com um pingente, o 'olho de hórus', um símbolo egípcio, e como nada é por acaso, senti que tinha alguma frequência dela ligada ao Antigo Egito que deveria abrir. Pedi aos médiuns para sintonizarem e não deu outra, lá estava a consulente, dançando e servindo a nobreza, em todos os sentidos. Era uma espécie de dançarina e garçonete, além de prestar serviços de 'cama' tbm.
     Bem, o caso é que ligado a ela nessa frequência, havia um jovem faraó e sua comitiva, ainda esperando algum ser que viria para levá-lo a um local onde ele seria adorado com o deus que era. Era um rapazinho de uns 12 anos e que morreu envenenado, adivinhem por quem?      Isso mesmo, pela nossa consulente-dançarina. Ele tinha um irmão que foi quem mandou a consulente o envenenar. Tbm incoporou um ajudante desse faraó que foi enterrado com ele para servi-lo e mais uma boa parte da comitiva que foi enterrada com ele, alguns já reencarnados, mas outros ainda vivendo no astral.
     O rapazinho era cheio de empafia e arrogância, até mostrei para onde ele iria se eu o desligasse da tumba e ele viu uma região que descreveu como "muita fria e cheia de gente morta", mas não quiz acreditar que iria para lá, dizendo que eu estava fazendo magia e que isso eles conheciam bem. Por orientação da equipe apagamos a memória desses seres e eles os levaram.
     Como a consulente já havia passado por um centro onde se submeteu a uma sessão de apometria e lhe disseram que haviam encaminhado o ser que encontramos ainda junto dela, resolvemos dar uma checada no local para ver se tinham amparo espiritual. Havíamos visto um bando de bruxas ao redor de uma fogueira, mas como a ligação delas com o tal centro é em função dos desejos e aspirações dos dirigentes, resolvi  deixá-las como estavam.
     Estávamos comentando sobre o fato, mais um centro 'espírita' sem amparo espiritual, sendo dirigido por quem não tem uma intenção correta e nem conhecimento para a função, e acabamos puxando uma entidade ligado ao tal centro, o  'mentor'. Era uma mulher nua, com um corpo que segundo as médiuns era 'escultural', mas que tinha a cor cinza e de seus olhos escorriam lágrimas de sangue. Ela disse que apenas dá o que as pessoas querem, e se apresenta lá de várias formas e com vários nomes, exu, orixá, mestre ascensionado, etc. Tbm por ordem da equipe teve sua mente apagada.
     Já estávamos para encerrar o caso quando uma das médiuns disse que estava se sentindo tonta. Fomos averiguar e eis que a criatura estava desdobrada como refém do grupo de bruxas que havíamos visto antes. Disseram que a tomaram como refém para garantir que não iríamos fazer nada contra elas e nessa hora, como eu dei um comando de reacoplamento para a médium, elas estavam tentando prender uma outra médium. Bom, aí tbm já foi demais. Eu não iria mexer com elas pq estavam ali por sintonia com os dirigentes do tal centro, que nós já conhecíamos de outros embates no astral, pois estavam ligados a seres trevosos, mas depois desse ataque deliberado, resolvi cortar as asinhas do bando de bruxas. Passamos um furacão onde elas estavam e apagamos a mente de todas, botamos numa bolha e entregamos para a equipe espiritual.

Quantas coisas podem estar ocultas em nossos sonhos...


Gelson Celistre.

terça-feira, 16 de março de 2010

Oxum

O consulente foi médium de 'nação' durante alguns anos, depois ingressou no espiritismo 'kardecista', e está afastado há uns dois anos. Incorporava algumas entidades e lhe disseram no tal terreiro que ele era filho de Oxum mas foi consagrado a Oxalá.
Junto dele logo as médiuns perceberam três entidades, um com um cachimbo fazendo fumaça pra que as médiuns não os vissem, uma mulher que andava ao redor dele de um lado a outro e uma terceira mulher, com uma espécie de vestido longo amarelo, que era a tal da Oxum.

Oxum
Começamos pela tal mulher, enquanto paralisamos os demais para não atrapalharem. Ela estava totalmente perdida, nem sabia o que estava fazendo junto do consulente e nem lembrava de onde o conhecia. Fiz ela lembrar então de onde eles se conheciam e ela se viu então, num bordel, era sua primeira noite ali, estava meio confusa e nem sabia direito o que aconteceria, pensava que seria empregada doméstica naquela casa. Ficou meio que escondida num canto evitando de ser notada, mas o nosso consulente, então um respeitável senhor de família, frequentava o local e tinha uma moça predileta, que sempre o 'divertia'.
Logo que chegou ele percebeu a 'novata' no salão e se interessou por ela. A sua 'preferida', preterida pela novata foi tirar satisfação e puxou logo um pequeno punhal que trazia na cinta-liga, preso à perna por baixo do vestido, e partiu para esfaquear a novata. O consulente se meteu para impedir e acabou nele sendo apunhalado pela prostituta. Para evitar problemas, jogaram o corpo dele num beco para que todos na localidade acreditassem que fora vítima de um assalto.
Continuando a conversa com o espírito, que era a tal novata no bordel, perguntei como ela havia morrido e ela tbm não sabia, então mandei ela continuar vendo a cena e ela disse que à noite ela foi para o seu quarto, decidida a no dia seguinte conversar com a dona para sair dali, já que não queria 'divertir' os clientes, mas a outra prostituta foi lá e terminou o serviço, apunhalando-a tbm.
Este ser não tinha a menor vontade de ficar com o consulente pois nem sequer lembrava de tê-lo conhecido e então a encaminhamos para a nossa equipe espiritual tratá-la e orientá-la.
Passamos então para a 'oxum'. Incorporada numa das médiuns, entabulei com ela um diálogo, que afirmou categoricamente ser ela 'oxum'. Perguntei o que ela fazia antes de ser 'oxum' e ela respondeu que 'sempre' foi oxum e que estava com ele pq precisava orientá-lo, mas que ele estava afastado da espiritualidade e estava muito difícil.
Disse que a faria lembrar de uma vida na matéria, de carne e osso como nós, antes dela ser oxum, ao que ela respondeu que nunca tinha tido uma vida assim, pois sermpre fora uma oxum. Alguns seres se fazem passar por essas entidades mas outros, como era o caso, acreditam mesmo que 'são' essas entidades. Fiz ela lembrar e ela começou a narrar o que via. Viu uma senhora de cabelos brancos, cujo marido já falecera e que teve três filhos. Morreu aparentemente de causas naturais. No astral, disse que foi parar num local muito feio, sujo, mas que ela tinha uma casinha onde as pessoas que habitavam lá não conseguiam chegar perto. Segundo ela uns seres que eram 'brilhosos' iam com ela nesses locais, onde tinha lama e era escuro, e retiravam alguns outros seres de lá.
Havia um ser lá de quem esta senhora tinha muita pena, pois este, que era uma mulher, se lamentava dizendo que era escravizada por outro, mas os seres que brilhavam diziam a ela que aquela mulher ainda não estava pronta para ser resgatada. Em certa ocasião a tal senhora, descumprindo as orientações dos seres luminosos de não ir sozinha àquela lugar, foi até la para ajudar a tal mulher, de quem tinha muita pena. Como não podia levar ela para sua casinha, pois os outros a veriam, deixou ela perto da casa.
Aos poucos a tal mulher foi ficando amiga dela e a convenceu de que ela era um ser muito bom, muito iluminado, e que devia trabalhar em uma outra casa, maior, onde ela não seria 'subordinada' aos outros, e que lá poderia ajudar muito mais gente. Disse inclusive que sabia onde era essa casa e a convenceu a ir com ela até lá.  Esta 'casa' era o terreiro onde o consulsente estava atuando como médium. Lá as entidades colocaram a vesta amarela e disseram a ela que era 'oxum'.
A essa altura os médiuns já haviam percebido no recinto uma outra mulher, a prostituta que esfaqueara o consulente no passado, e tbm que esse senhora, naquela existência mesma era a mãe do consulente, que ignorava que ele morrera no bordel e acreditava que ele havia sido assaltado. A mulher de quem nossa 'oxum' tivera tanta pena e que a convencera de que ela era um 'ser de luz', um orixá, era na verdade a prostiuta que matara seu filho.
Outras médiuns tinham captado já um outro ser, que era o 'chefe' da prostituta e do espirito com o cachimbo, qua habitava uma construção de pedra cheia de frascos com partes de corpos humanos, pernas, braços, mãos, etc. Nem interrogamos a prostituta e o sujeito do cachimbo, apenas os deixamos aos cuidados da equipe espiritual, e fomos direto no cabeça. A tal prostituta parece que tinha um talento especial em ludibriar as pessoas, mas era apenas uma serviçal desse outro ser, mas que obteve a promessa de ser elevada a uma categoria mais elevada caso realizasse bem sua tarefa, que era destruir a vida do consulente.
Incorporado, o tal ser se mostrou arrogante e orgulhoso, pois disse que 'montara um império', que lógico fizemos questão de destruir. Libertamos vários seres que ele mantinha aprisionados e destruímos objetos de feitiçaria.
A razão desse perseguição ao consulente era de que em uam vida passada ambos eram sócios em uma mina e encontraram muitos diamantes, sendo que o consulente mandou matá-lo para ficar com tudo. Chegando no umbral, posto que tbm não era grande coisa como espírito, percebeu que haviam seres lá submissos e logo os dominou. Teve sua mente despolarizada e foi encaminhado à nossa equipe espiritual.
Não é a primeira vez que nos deparamos com espíritos iludidos com sua própria condição e em terreiros desvinculados da 'luz' não é raro um e outro serem ignorantes o bastante para acreditarem que são realmente um orixá.
Aquelas pessoas que possuem um orgulho e vaidade muito fortes, aliadas à ignorância, são presas fáceis de mentes perversas que se utilizam dessas fraquezas morais dos seres desavisados para os dominar e escravizar.

Gelson Celistre