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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Cigana Dara


     Fiz uma pesquisa no Google usando os termos cigana dara atendimentos e o resultado foi "Aproximadamente 25.500 resultados (0,26 segundos)." Pesquisei por curiosidade pq recebi um e-mail de uma moça que fez uma harmonização à distância com uma tal de Cigana Dara e queria minha opinião.
Existem muitos médiuns que trabalham com espíritos dando consultas e se oferecendo para fazer harmonizações, desmanchar trabalhos, desfazer magias de vidas passadas e da atual, tratar obsessões, etc. 

     Com o advento da internet ficou muito mais fácil para esses médiuns oferecer seus serviços e serem encontrados pelos seus clientes em potencial, pois podem trabalhar à distância e atender pessoas dos mais variados locais e não apenas próximos ao seu consultório. Aliás muitos desses médiuns que atuam na internet usam pseudônimos ou nomes falsos e só atuam mesmo no ambiente virtual, mas nem por isso são menos perigosos do que aqueles que atendem presencialmente.
     A moça que me procurou teve um sonho há alguns anos onde: “uma mulher sentava na minha frente e contava uma história que dizia: " Era tempo de guerra fria, e você sofria muito, então me vi em uma rua suja, cabelos pretos e longos e um vestido branco, estava triste.  Ela informou que eu amava muito uma pessoa, então vi um soldado caido. Enfim desde então tive outro sonho com guerra muito real, sonhei com este soldado estava caido e tentou se levantar,mas seu inimigo de combate deu uma facada em seu peito. Eu acordei assustada e senti a facada no meu peito.
     Após isso ela conta que fez uma harmonização com uma tal de Cigana Dara e que recebeu como resposta o seguinte: “A cigana foi cuidar dessa situação com o soldado. Na verdade foi na segunda guerra, e foi sua última vida antes dessa. Vocês se amavam muito e a perda dele foi devastadora para você. Ele está desencarnado, e ainda estava preso a você. Foi tudo esclarecido pela minha equipe e ele aceitou ir descansar. Nessa vida está previsto outro rapaz, e ele virá em breve. Era necessário fechar esse capítulo, para que agora você e o soldado possam ser felizes. Cigana Dara te cuida e te protege, fica com Deus!"
     A moça informa ainda que: “É claro que depois da harmonização eu fiquei mais tranquila, aquela tristeza e depressao que eu senti minha vida inteira tem sumido aos poucos, mas a vontade de viver aquela vida, com o soldado, aquele tempo ainda persiste. Isso é normal? Só com a terapia esse sentimento vai embora? Obrigada.”
     A história da tal cigana é plausível com o sonho da moça, se “encaixa” perfeitamente e depois da tal harmonização ela diz que se sentiu melhor a princípio. Entretanto, persiste ainda um sentimento de insatisfação, de querer viver uma outra vida, que ela imagina ter sido a vida onde amava o tal soldado.
Este caso é um ótimo exemplo de como funciona a lei do karma, a reencarnação, a obsessão e os médiuns fascinados e picaretas que existem por aí. 
     O sonho da moça não era uma lembrança de vida passada e sim uma ilusão criada por um espírito obsessor, a própria mulher que lhe contava a história no sonho. A vida passada da consulente foi na época da Segunda Guerra Mundial mesmo mas ela não teve uma decepção amorosa por conta de algum soldado morto. Ela vivia na Irlanda e morreu em 1949, louca, por ter perdido um filho pequeno que morreu por intoxicação após comer algumas plantas venenosas. Ela se culpava por não ter cuidado bem da criança e enlouqueceu por conta disso.
     O interessante é que foi o mesmo espírito que lhe contou a história sobre o soldado quem induziu a criança a sair de casa e comer as tais plantas. Este espírito é uma cigana alta e meio gorda, com cabelos escuros e ondulados e que queria se vingar da moça por conta de um fato ocorrido em outra vida passada.
     Numa existência anterior essa moça que nos procurou tbm foi uma cigana, e ganhava a vida jogando cartas e lendo a sorte das pessoas, dizendo o que elas queriam ouvir e algo que lhe pudesse dar lucro. A tal cigana gorda era o espírito que acompanhava a moça naquela vida, quem lhe intuía sobre os consulentes e a fazia “adivinhar”.
     Tudo ia às mil maravilhas, a cigana encarnada faturando sua grana e a desencarnada sugando a energia dos que consultavam com ela, até que a cigana encarnada (a moça) se apaixonou por um homem que não era cigano e decidiu largar essa vida para ficar com ele. O tal homem não queria que ela continuasse com as atividades de cartomancia e por isso a cigana desencarnada, a gorda, ficou com ódio da moça e desde então a persegue e procura se vingar por tê-la abandonado.
     A cigana gorda é um obsessor da moça e o que ela queria agora era que a moça voltasse a trabalhar com ela, sendo médium dela. Por isso apareceu para ela em sonho e inventou a história do soldado amado, e depois disso a intuiu a procurar a Cigana Dara para fazer a tal harmonização, pq já tinha feito um acordo no astral com esse espírito (a Cigana Dara) para reforçar a história do soldado. A idéia é que a moça fosse fazer TVP com a mesma médium que recebe a tal cigana pois aí elas iriam “ver” que a moça tinha um “guia” e que precisava trabalhar com ele, ou seja, a cigana gorda ia se apresentar como uma bela cigana mentora da moça para enfim poder ter mais uma vez o seu “cavalo” (termo usado por alguns espíritos para se referir ao seu médium).
     Os sentimentos que a moça sente não são de um amor perdido, mas o sentimento de perda do filho que morreu ainda criança, pq a cigana gorda conseguiu encontrar esse espírito no astral desencarnado e sintonizou ambos, a moça e esse espírito, com aquela vida passada, onde a moça estava desdobrada sofrendo a perda do filho. Efetuamos o resgate do espírito do filho e fechamos a frequência da moça relativa àquela vida passada.
     Quanto a cigana gorda, que era o obsessor da moça, ela foi presa e apagamos sua memória. Quanto à Cigana Dara, ela apareceu nos afrontando e ameaçando, com um vestido vermelho e fedendo a cachaça, mas tem mais conversa do que ação e foi presa. A médium que recebia a Cigana Dara se desdobrou e apareceu ao meu lado, toda vestida de branco, e ficou com as mãos impostas sobre a minha cabeça, como se estivesse me dando um passe, porém, sua energia era muito ruim e junto dela havia um espírito negro, de baixíssima vibração. Este espírito foi preso e a tal médium enviada de volta ao corpo. 
     Podemos ver claramente neste caso como funciona a Lei do Karma e a reencarnação, pois a moça que no passado já enganou as pessoas como cartomante, agora foi igualmente enganada por uma. A associação dela com um espírito ruim fez com que várias vidas depois ela fosse vítima desse espírito, que virou um obsessor dela. 
     Vcs acham que precisa ser vidente para adivinhar o futuro dessa médium que trabalha com a tal Cigana Dara? Creio que é bem óbvio e a menos que ela mude drasticamente suas atitudes o destino será igual ao dessa moça que ela atendeu. E o pior é que médiuns desse tipo não tem a mínima capacidade de reconhecer com que tipo de espíritos estão trabalhando pois apesar de termos prendido a tal Cigana Dara, outro espírito qualquer vai se apresentar para ela como a tal cigana e ela nem vai perceber a diferença. 

Abraço.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Sonhos e vidas passadas

Situações envolvendo tragédias coletivas, como naufrágios e guerras, geram uma carga emocional muito forte que impressiona fortemente os espíritos que delas participam. É comum ainda hoje encontrarmos espíritos que morreram em naufrágios e guerras no século passado, ainda presos àquela situação na dimensão astral sem conseguir reencarnar, assim como tbm encontramos espíritos encarnados atualmente que participaram dessas situações trágicas e que inconscientemente ainda se ligam a elas, retornando em desdobramento inconsciente a locais na dimensão astral onde o sofrimento e a mente de quem sofreu a tragédia plasmou um cenário onde ela se perpetua indefinidamente.


Estima-se em um milhão o número de mortos em
campos de concentração na Primeira Guerra Mundial.
Os sonhos podem ser janelas para essas vidas passadas, sinalizando que alguma coisa precisa ser feita em relação a esses eventos. Às vezes os sonhos podem ser diretamente relacionados com os eventos traumáticos, com imagens, flashs do que ocorreu, e outras vezes se misturam com outras coisas que estão em nossa mente ou pela qual estamos passando, como problemas familiares ou de trabalho.


No caso em questão, o consulente teve um sonho que ele relatou dessa forma: "... alguém me ligou e disse que minha mãe tinha sofrido um acidente com minha tia, [...] tinha um médico e pessoas que lembram pessoas do exército. [...] disse que tinha que fazer exames em mim, [...] me vi entrando num laboratório. [...] la dentro ele pegou uma injeção, pra colher meu sangue. [...] depois começou a tirar meu sangue, ele tirava de várias partes do meu braço, mãos e parecia até do osso, no final deixou uma agulha num dedo, com se fosse um tipo de cordão metálico."


Nesse sonho a representação visual de uma vida passada (conteúdo inconsciente) do consulente se misturou com fatos da vida atual, problemas ou situações pelas quais ele está passando (conteúdo consciente). Isso é o que geralmente acontece nos sonhos, uma mistura de conteúdos  inconscientes e conscientes de nossa mente.


Um psicólogo ou psicanalista provavelmente interpretaria esse sonho do consulente sob a ótica de desejos reprimidos, edipianos, etc., mas como temos alguma experiência espiritual e sabendo que o consulente tem mediunidade, além de eventualmente trocarmos algumas idéias pela internet sobre espiritualidade em geral, pois ele participa de nosso grupo de discussão no Yahoo, nós enxergamos mais coisas no sonho dele do que ele próprio.


Fomos investigar o sonho do consulente e nos deparamos com a seguinte situação: em uma vida passada do consulente na época da Primeira Guerra Mundial, ele foi prisioneiro num campo de concentração alemão, um dos quais eu fui o comandante, pois tbm vivi naquela época e fui um general alemão.


Nós usávamos os prisioneiros para tratar nossos soldados feridos e o consulente, que era prisioneiro, em determinado momento foi levado à enfermaria para que retirássemos o seu sangue e usássemos nos soldados feridos. Entretanto, não era uma "doação" de sangue como hoje em dia, o consulente/prisioneiro teve todo seu sangue retirado  e seu corpo foi jogado numa pilha de outros corpos de prisioneiros.


Além da extração sanguínea integral, tbm era comum serem extraídos membros dos corpos dos prisioneiros, o que invariavelmente os levava a morte, pois não se utilizava nenhum tipo de anestesia ou procedimento pós-operatório, os corpos eram mutilados e o corpo ainda com vida era jogado numa vala comum. Se um soldado chegasse com uma perna amputada por uma explosão, por exemplo, buscávamos um prisioneiro com porte semelhante e lhe amputávamos a perna, para tentar colocar no soldado, assim como tbm se amputavam braços e se retiravam órgãos internos dos prisioneiros para transplante. É claro que a maioria dos transplantes não dava certo mas mesmo assim as experiências e tentativas continuavam.


O consulente estava desdobrado nessa frequência na dimensão astral, juntamente com milhares de outros espíritos, alguns já encarnados como ele, e muitos ainda desencarnados. Nesses casos é comum tbm que alguns espíritos desencarnados comandem o local, pois devido à grande carga emocional desses locais e à ligação kármica dos espíritos ligados a eles, principalmente os encarnados, eles acabam podendo coletar uma grande cota de energia (ectoplasma) dos encarnados desdobrados que ficam presos ali, como o consulente.


Vários dos soldados e um oficial, que era o comandante, eram desencarnados e manipulavam a situação para extrair a energia dos encarnados desdobrados. Havia várias valas comuns onde os corpos mutilados eram jogados e enterrados. Como o cheiro ficava insuportável, eles começaram a queimar os corpos amontoados, mesmo muitos ainda estando vivos, antes de jogar terra sobre eles. Tbm havia galpões com vários outros espíritos doentes e mutilados.


Nos apresentamos naquele campo de concentração com a aparência que tínhamos naquela vida, pois este fora um dos campos que comandávamos, e ordenamos aos soldados que se reunissem num determinado local. Eles obedeceram e uma vez reunidos, foram todos presos, juntamente com o comandante que já havíamos prendido tbm. Os espíritos ali aprisionados foram todos resgatados e levados para hospitais no astral, sendo que os que eram encarnados tiveram suas mentes apagadas e foram encaminhados aos seus corpos físicos, como o consulente, embora alguns tenham sido levados tbm para hospitais, desdobrados, por estarem muito doentes e isso estar se refletindo no corpo físico deles.


O sonho do consulente era uma janela aberta para uma vida passada, que ele viu através de uma cortina com fatos da vida atual, e esse sonho permitiu que efetuássemos o resgate de milhares de espíritos sofredores, neste caso inclusive de espíritos que tiveram ligação direta conosco numa vida passada em comum. 


Abraço.




Gelson Celistre

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Os sonhos

     Os sonhos são bons indicativos daquilo que costumamos fazer quando os grilhões que nos prendem à matéria são afrouxados pelo adormecimento de nosso corpo físico. Recebi um e-mail de uma moça com a seguinte msg:

     "Gostaria de agendar um horário contigo pois a tempos sonho muito e a duas semanas tenho sonhado com pessoas mutiladas, sexta feira sonhei com o espirito de um senhor que me pediu para ir embora do meu apartamento e quando acordei ele estava ao meu lado da cama. Desde então tenho medo de ficar sozinha no meu apartamento, por isso estou dormindo na minha mãe.
Se puder me ajudar te agradeço muito."



     Pra bom entendedor meia palavra basta e agendei logo um atendimento pra ela. No dia da consulta a moça relatou ainda que no sonho com as pessoas mutiladas eles queriam estuprá-la e durante o atendimento ela lembrou que isso ocorria depois de ela ter se casado vestida 'toda de vermelho', tanto ela quanto o noivo.
     Tbm revelou que já havia se submetido a um atendimento apométrico num centro espírita aqui em minha cidade e que lá lhe disseram que ela tinha um 'amor de passado', um espírito que gostava dela e que a estava acompanhando, que esse ser era ligado à magia mas que ele foi 'encaminhado' por eles, para evoluir de uma outra forma.
     Inicialmente o que captamos foi um espírito que fora marido da consulente em vida passada, e que por conta das traições dela, que tinha um comportamento muito leviano segundo ele, começou a beber para suportar a vergonha e morreu na sarjeta. A médium que o recebeu inclusive falava com dificuldade por conta da 'embriaguez' do espírito. Conversamos um pouco e apesar dele sentir um pouco de raiva dela, queria esquecer o que passou. Antes de ajudá-lo nesse quesito, apagando da mente dele a lembrança da consulente, emiti um comando mental para que ele ficasse lúcido. Ele imediatamente ficou sóbrio e disse que havia muito tempo que não se sentia tão bem. Foi encaminhado sem dificuldades.
     Mal este saiu já iniciamos o diálogo com outro ser. Este era o tal 'amor de passado' dela e que foi visto no centro onde ela fez apometria, o mesmo que teria sido encaminhado naquele atendimento. A história deles daria um comovente drama teatral. Apaixonados, queriam se casar e viver felizes para sempre. Mas o pai da donzela afirmou que só entregaria a mão de sua filha a um bravo cavaleiro que a conquistasse num duelo de vida ou morte. Decididos a se casar, eis que o rapaz teve uma idéia mirabolante. Contratou um outro jovem para duelar com ele, sendo que durante o duelo seu oponente seria ferido mortalmente, após um valente combate onde ele impressionaria o pai da donzela por sua bravura.
     Entretanto, na realidade seria tudo uma armação, o seu adversário foi regiamente pago para fingir que perderia a luta e que morreria, devendo depois disso desaparecer daquele lugar e nunca mais voltar, a fim de que o pai da donzela nunca descobrisse a ardilosa trama. O plano era até simples, não fosse a paixão e a ganância do jovem que ele contratou, que resolveu ele mesmo casar com a consulente, pois este se interessou por ela e pelo dote dela que era muito grande e ele ficaria rico, além do ouro que já havia ganho. Durante o duelo, onde os cavaleiros se enfrentavam com lanças (era na época medieval), o nosso jovem apaixonado e inocente sucumbiu com a lança do traidor adversário cravada em sua cabeça, ao perfurar um de seus olhos.
     O traidor casou-se com a donzela que não podia recusar o seu pretendente por já ter provado do fruto proibido com seu amado e por estar esperando um filho dele, que agora estava morto. Seria um escândalo ela aparecer grávida de seu falecido amor e a solução seria o casamento. Porém, o destino ainda reservava muitas surpresas para a nossa jovem donzela. Seu agora marido sabia que o filho que ela esperava não era dele e sim do homem que ele matara e estava decidido a conquistar sua esposa.      Para conseguir isso ele planejou se tornar para ela um herói e como não tivesse um vilão para enfrentar, ele criou uma situação onde poderia demonstrar sua dedicação à mulher amada.
     Ele sequestrou o bebê e o deu a um bando de ciganos. Para a mulher ele disse que os ciganos sequestravam crianças pequenas para comer, em rituais bizarros. A mulher acreditou e ele garantiu a ela que iria procurar até encontrar o filho dela, tornando-se assim um benfeitor diante de seus olhos, apagando o crime vil que cometera ao matar o amado dela no duelo. Desde então empreenderam muitas buscas, sempre em vão, na tentativa de encontrar a criança.
     A consulente adquiriu um ódio mortal dos ciganos e de seus costumes bárbaros de comer crianças. Como fossem pessoas de posses, sempre que nas redondezas aparecia um bando de ciganos, eles os prendiam no calabouço de seu castelo e matavam as crianças ciganas, obrigando os pais a comerem seus corpos mutilados. Na mente perturbada da consulente naquela vida, ela achava que isso era uma forma de justiça: por haverem comido seu filho agora iriam comer os seus próprios. Ela nunca encontrou seu filho.
     Durante o atendimento, enquanto eu conversava com o 'amor de passado' da consulente e tentava fazer com que ele aceitasse nossa ajuda, esses seres eram resgatados por outros membros do grupo, pois se tratava de um bolsão de vítimas vivendo ainda no calabouço do castelo (plasmado na dimensão astral), e eles observaram que uma das crianças não foi junto com as demais. Tendo um dos médiuns perguntado o motivo para a equipe espiritual disseram que aquela criança era o filho da consulente naquela vida, que ela acabou obrigando os ciganos que a criaram a comê-la. Naquela vida o seu marido acabou enlouquecendo em função da obsessão ferrenha do homem que ele traiu e matou no duelo pela mão da consulente. Num acesso de loucura se jogou de um precipício.
     Não deu tempo de investigar mas provavelmente esse ser (o marido traidor) era o mesmo bêbado que socorremos no início. Um fato emocionante é que o 'amor do passado' da consulente estava muito resistente à idéia de sair de perto dela e eu não estava inclinado a retirá-lo à força, em razão do triste drama que ele viveu naquela existência, estava tentando convencê-lo com argumentos, mas quando surgiu a situação do filho dela que fora morto no calabouço, nos informaram que ele (que era o pai) não sabia da existência desse filho, pois não havia dado tempo dela contar a ele. Ele ficou muito emocionado e ambos, pai e filho, foram resgatados juntos, com a esperança de que no futuro possam renascer juntos novamente e realizar o sonho de viver como uma família.
     Enquanto se desenrolava essa situação, uma das médiuns viu o espírito de uma mulher, toda ensanguentada, arrastando um facão no chão e rindo como uma louca. Incorporada, ela proferiu adjetivos nada elogiosos sobre a consulente e, interrogada, disse que por conta da consulente arruinara sua vida. Ela estava meio demente mesmo e a conversação estava difícil, mas os médiuns captaram a situação, que foi a seguinte: essa mulher em outra vida passou muitas dificuldades financeiras e tendo procurado a consulente, que era uma bruxa, para que através da magia ela obtivesse bens, obteve algum sucesso e sua vida começou a melhorar.
     Decida a melhorar 'muito mais' de vida, tomada pela ganância, pediu para a bruxa (que era a consulente) um feitiço que lhe desse muita riqueza. A bruxa então a convenceu a sacrificar seu filho num ritual, prometendo que assim ele obteria tudo o que desejava. Ela cometeu o ato mas o remorso a venceu e ela enlouqueceu. Ofereci ajuda a ela mas ela não se achava merecedora, carregava um sentimento de culpa muito grande, achava que não merecia perdão. 
     Conversei muito com ela sobre perdão,mas mais uma vez foi a presença de um filho, o mesmo que ela matou nesse ritual, que propriciou uma mudança no ânimo do espírito com quem eu conversava. O filho foi trazido no estado em que ficou logo depois da morte, sem saber o que acontecera e sem entender nada do que aconteceu, assustado, mas desejando muito o amor de sua mãe. Ela acreditava que ela não a tinha perdoado mas a criança nem entendera o que houve com ela, queria apenas a mãe. Tbm foram juntos começar uma nova vida. 
     Nem deu tempo de nos refazermos disso tudo e eis que aparece um simpático senhor, embora cansado, reclamando da consulente, que se instalar em seu apartamento e não saía de jeito nenhum. Até na televisão dele ela se atrevia a mexer e mudava de canal, não deixando ele ver o que queria. Perguntei a ele como é que ela tinha entrado lá, se ele deixava a porta aberta, e ele disse que provavelmente foi a ex-mulher dele quem deu a chave a ela, só pra perturbar ele. Foi até meio cômica a situação de completa ignorância da morte desse senhor (morreu com mais de 70 anos), mas isso apenas reflete a falta de interesse pela espiritualidade das pessoas e isso é o que ocorre com a grande maioria das pessoas que morrem, não sabem que estão mortos, não aparece ninguém para lhes 'resgatar' e continuam vivendo em suas casas como se nada tivesse acontecido.
     Fiz ele lembrar como morreu, ele disse que caiu no chão, achou que tinha apenas desmaiado, mas fiz ele observar o corpo até que alguém apareceu  e levou. Fiz ele ver o corpo no necrotério e no caixão, para ele se convencer que realmente havia morrido. Depois a equipe espiritual o levou, acharam uma mulher que fora madrinha dele senão me engano, e a trouxeram para o acompanhar.
     Enquanto eu conversava com o tal senhor, outra frequência da consulente era acessada pelos médiuns. Essa, assim como a do ex-dono do apto onde ela mora, tbm estava diretamente ligada aos sonhos da consulente. Ela em outra vida fora uma bruxa que fazia rituais envolvendo sacrificios humanos e sexo. O que ela lembrava do sonho, que casava de vermelho e os mutilados queriam estuprá-la, na verdade eram reminiscências do que ela ainda fazia em desdobramento, onde sacrificavam pessoas, bebiam o sangue delas e se banhavam nele, e depois faziam sexo, com os mutilados observando. Na verdade essas mutilações eram oferendas para ela de seus seguidores, que a tinham quase como a uma deusa, e se mutilavam para agradá-la. Havia um enorme bolsão, não só dos tais mutilados mas das vítimas tbm, e foram todos resgatados.
     Observei que a consulente usava uma correntinha no pescoço com um pingente, o 'olho de hórus', um símbolo egípcio, e como nada é por acaso, senti que tinha alguma frequência dela ligada ao Antigo Egito que deveria abrir. Pedi aos médiuns para sintonizarem e não deu outra, lá estava a consulente, dançando e servindo a nobreza, em todos os sentidos. Era uma espécie de dançarina e garçonete, além de prestar serviços de 'cama' tbm.
     Bem, o caso é que ligado a ela nessa frequência, havia um jovem faraó e sua comitiva, ainda esperando algum ser que viria para levá-lo a um local onde ele seria adorado com o deus que era. Era um rapazinho de uns 12 anos e que morreu envenenado, adivinhem por quem?      Isso mesmo, pela nossa consulente-dançarina. Ele tinha um irmão que foi quem mandou a consulente o envenenar. Tbm incoporou um ajudante desse faraó que foi enterrado com ele para servi-lo e mais uma boa parte da comitiva que foi enterrada com ele, alguns já reencarnados, mas outros ainda vivendo no astral.
     O rapazinho era cheio de empafia e arrogância, até mostrei para onde ele iria se eu o desligasse da tumba e ele viu uma região que descreveu como "muita fria e cheia de gente morta", mas não quiz acreditar que iria para lá, dizendo que eu estava fazendo magia e que isso eles conheciam bem. Por orientação da equipe apagamos a memória desses seres e eles os levaram.
     Como a consulente já havia passado por um centro onde se submeteu a uma sessão de apometria e lhe disseram que haviam encaminhado o ser que encontramos ainda junto dela, resolvemos dar uma checada no local para ver se tinham amparo espiritual. Havíamos visto um bando de bruxas ao redor de uma fogueira, mas como a ligação delas com o tal centro é em função dos desejos e aspirações dos dirigentes, resolvi  deixá-las como estavam.
     Estávamos comentando sobre o fato, mais um centro 'espírita' sem amparo espiritual, sendo dirigido por quem não tem uma intenção correta e nem conhecimento para a função, e acabamos puxando uma entidade ligado ao tal centro, o  'mentor'. Era uma mulher nua, com um corpo que segundo as médiuns era 'escultural', mas que tinha a cor cinza e de seus olhos escorriam lágrimas de sangue. Ela disse que apenas dá o que as pessoas querem, e se apresenta lá de várias formas e com vários nomes, exu, orixá, mestre ascensionado, etc. Tbm por ordem da equipe teve sua mente apagada.
     Já estávamos para encerrar o caso quando uma das médiuns disse que estava se sentindo tonta. Fomos averiguar e eis que a criatura estava desdobrada como refém do grupo de bruxas que havíamos visto antes. Disseram que a tomaram como refém para garantir que não iríamos fazer nada contra elas e nessa hora, como eu dei um comando de reacoplamento para a médium, elas estavam tentando prender uma outra médium. Bom, aí tbm já foi demais. Eu não iria mexer com elas pq estavam ali por sintonia com os dirigentes do tal centro, que nós já conhecíamos de outros embates no astral, pois estavam ligados a seres trevosos, mas depois desse ataque deliberado, resolvi cortar as asinhas do bando de bruxas. Passamos um furacão onde elas estavam e apagamos a mente de todas, botamos numa bolha e entregamos para a equipe espiritual.

Quantas coisas podem estar ocultas em nossos sonhos...


Gelson Celistre.