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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A luz servindo às trevas

É interessante como alguns seres usam de estratégias ousadas para atingirem seus fins, geralmente com finalidades inomináveis. Saindo do universo dos obsessores passionais, zombeteiros e "marginais"do astral que são utilizados por mentes astutas como "peões" num jogo de xadrez, encontramos seres que estão há séculos ou milênios sustando em si mesmo a aplicação das leis naturais, evitando a reencarnação e mantendo seus "feudos" na dimensão astral, vampirizando os encarnados e colocando em prática seus planos de dominação e subjugação do maior número possível de almas, numa busca incessante de poder.

Estas mentes trevosas conhecem muito bem o modus operandi dos grupos de resgate e auxílio espiritual. Sabem bem quais são os princípios éticos e morais que norteiam o trabalho de muitos irmãos da espiritualidade, e tbm de irmãos encarnados, que labutam em centros espíritas ou outros grupos espiritualistas onde se trava algum contato com o "outro lado", através de um intercâmbio mediúnico.

Uma entidade poderosa, que mantêm sob seu jugo centenas ou milhares de espíritos desencarnados e até encarnados, acaba criando um laço muito forte de ligação com esses espíritos. Mesmo eles estando subjugados mentalmente e sendo vampirizados e explorados das mais diversas formas, chega um momento em que a desvitalização desses espíritos é tão grande que a entidade dominadora acaba sendo sugada por eles energeticamente, e então esse "senhor" precisa se livrar de seus "escravos". Só que a tudo tem um preço e nem sempre é tão fácil se livrar dessa carga energética sem dispender muito da própria energia e arriscar-se a ficar em situação desfavorável frente a outros maiorais das trevas.

É nesse momento que essas mentes trevosas "aparecem" num grupo mediúnico ou de apometria, às vezes através de algum outro espírito de menor vulto no contexto umbralino ou então são "puxados" quando se atende alguma de suas vítimas, seja encarnada ou desencarnada. Costumam trocar algumas palavras com o doutrinador ou apômetra (preferem grupos de apometria pois sabem que estes adentram em suas bases) para que ele perceba que está diante de uma entidade "poderosa" e que deve ter muitos espíritos aprisionados para serem resgatados.

Os médiuns e sua equipe espiritual efetuam o resgates dos seres ligados a este ser trevoso, que depois é levado para dialogar com alguma outra entidade no plano astral, onde é advertido sobre suas ações e as consequências delas. É nesse momento que a entidade se realiza completamente pois ou se faz de arrependido e depois foge ou foge simplesmente, livre da carga energética que estava lhe causando incômodo, pronto para começar de novo seus planos de dominação, geralmente já com alguma reserva de encarnados  que vai utilizar em desdobramento ou algum grupo encarnado que está fascinando para se apresentar como mestre de alguma coisa.


Equipes mais experientes, tanto no plano físico como no astral, geralmente estão sabendo qual a intenção desse tipo de ser quando ele se apresenta ou então percebem durante o atendimento. Algumas vezes fazem exatamente o que a entidade quer pois os seres ligados a ela precisam ser resgatados mesmo. Nem perdem tempo tentando doutrinar a criatura pois o mais importante é o contigente de espíritos resgatados. Há o caso tbm de utilizar esse "espertinho" para econtrar outros locais com seres aprisionados ou como meio de espionar outros grupos trevosos, implantando no ser algum aparelho de rastreamento sem que ele o saiba.

Já tivemos casos onde a equipe espiritual nos informou sobre a intenção do ser, de se ver livre dessa sua carga energética e tbm nos avisaram que faríamos muitos outros resgates semelhantes, pois muitos seres iriam "se entregar" com essa finalidade, mas como disse antes para nós o mais importante é o contingente de resgatados. Outro fator que nos foi informado é que estes resgates funcionam como uma espécie de "boi de piranha" para as entidades realmente trevosas, que vão sacrificando seres de menor importância em seu império, mesmo perdendo uma grande quantidade de almas escravizadas, para nos manter ocupados e assim aumentar a probabilidade de não encontrarmos suas bases mais importantes.

Entretanto, eventualmente nos deparamos com algum desses seres e sentimos que está na hora de encerrar sua carreira de crimes, seja por serem muito perigosos ou pq não tem mais nenhuma informação que nos seja útil. Recentemente em uma de nossas reuniões apareceu uma "gira" se gabando de que estava "melhorando" a vida sexual dos membros do nosso grupo e se oferecendo para ficar em minha casa com essa finalidade.

Numa rápida averiguação da frequência dela já apareceu um ser trevoso, escuro, bem alto, mais de dois metros, grandes asas de morcego, chifres, enfim, aquele visual clássico trevoso. Este ser tinha centenas de espíritos ligados a ele numa masmorra e tbm num hospício na dimensão astral. Sua intenção era a de que nós resgatássemos esse seres, livrando da carga energética deles, para poder seguir com seus projetos  maléficos. Mais uma vez a luz serviu às trevas, pois nós fomos até esses locais no astral e resgatamos todos os espíritos ligados ao "morcegão".

Enquanto finalizávamos o resgate ele, incorporado numa das médiuns, demonstrava toda sua arrogância e impaciência dizendo: - Acabem logo com isso e me mandem pra onde quiserem, provavelmente imaginando que sairia dali alegando que era de seu "livre-arbítrio" persistir no mal ou coisa parecida, caso não conseguisse fugir. Bom, desta vez ele deu sorte pois ao invés de permitirmos que ele continuasse se afundando na lama e agravando seus débitos kármicos, apagamos sua mente e ele foi "encaminhado" pela nossa equipe espiritual para um novo começo, sabe-se lá onde e em que condições. A verdade é que tanto a luz como as trevas servem a Deus.


Abraço.

Gelson Celistre

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Gravidez de risco

     Efetuamos uma atendimento onde a consulente teve uma gravidez não programada e o pai da criança, apesar de assumir a paternidade e prestar assistência material à jovem, não vai viver com ela maritalmente. Como esta situação provocou um estado emocional delicado na jovem e ela está com uma gravidez de risco, fomos solicitados a averiguar os componentes espirituais envolvidos.

     Inicialmente provocamos a incorporação do espírito da criança em um dos médiuns para conversarmos. A médium logo que sintonizou com a situação sentiu muitas dores na região abdominal. O espírito que está para nascer se apresentou com a personalidade que tinha em sua última encarnação e perguntou se eu era amigo do pai dele, ao que respondi que sim. Ele então me pediu para avisá-lo de que ele não queria nascer. Conversei com ele sobre os motivos e ele alegou que o pai não o amava e nem queria ficar com a mãe dele.
     Entabulei um diálogo no sentido de fazê-lo aceitar a situação e perguntei-lhe onde estava antes de se ligar à sua futura mãe e ele respondeu que estava num local escuro. Logo que ele disse isso outros médiuns já captaram o local, uma região umbralina densa, um local escuro e lamacento. Falei-lhe a respeito da oportunidade que estava tendo de uma nova vida e questionei qual a ligação dele com a moça que será sua mãe. Ele respondeu nenhuma e os médiuns captaram a última encarnação dele e descobrimos uma ligação afetiva muito forte com a mulher que vai ser sua avó.
     Em sua última encarnação, sendo um dos vários filhos de uma família onde o pai havia morrido, ele foi criado pela irmã mais velha, que será sua avó nesta vida. Naquela existência ele morreu ainda jovem de uma febre e foi parar na região umbralina onde se encontrava até ser ligado a esta moça. Segundo ele um homem foi até ele e disse que iria ligá-lo a uma mulher para "f... com a vida dela." Ele estava num estado de apatia e não se opôs. A presença junto dele do tal espírito e tbm sua própria energia que era muito baixa estavam gerando uma incompatibilidade energética entre ele e a futura mãe, resultando daí os constantes estados de dor da jovem, colocando em risco a gravidez.
     Não bastasse tudo isso, o tal espírito depois de estar acoplado à sua futura mãe, acabou relembrando sua última existência e descobriu sua ligação afetiva com a futura avó, sentiu remorso de querer prejudicar a moça e passou a desejar não nascer, achando que assim não iria "f... " com a vida dela. Além de tudo isso ele tbm sentia medo de nascer deformado, pois os espíritos que providenciaram a ligação dele com a moça lhe incutiam que ele iria nascer com defeitos físicos.
     Este espírito na realidade está sendo usado para uma vingança contra a moça, manipulado em suas emoções e sentimentos. Primeiro o ligaram à moça para prejudicá-la e depois o fizeram lembrar a ligação com a mãe dela, gerando remorsos nele, e tbm o amedrontaram dizendo que iria nascer deformado, idéia que ele já estava assumindo (sua mente inconscientemente estava criando deformações em sua matriz perispiritual). O melhor que pudemos fazer foi fazê-lo esquecer tudo isso, apagando sua mente, e o adormecer.
     O espírito que orquestrou a vingança tbm não tinha condições de ser "doutrinado". Em vida passada ele teve uma ligação com essa moça. Não conseguimos saber a que ponto chegaram nessa relação e nem o que houve exatamente mas o pai dela mandou matá-lo e ele queria se vingar de todos (uma gravidez sem marido atenta contra os princípios do pai, que é evangélico). Ele foi levado pela nossa equipe.
     O local umbralino onde ele estava era dominado por uma entidade com visual diabólico clássico, chifres retorcidos, corpo peludo e com pernas e patas de bode, além de asas como as de um morcego. Demos uma "geral" no bichinho, retirando seus chifres, pelo, patinhas e asas, e ele foi preso. Junto com ele tbm veio um ser feminino com orelhas pontiagudas, esquelético, que reconheceu uma das médiuns de outras épocas onde foram colegas. Foi presa e levada junto com o outro.
     Nesse local havia muitos espíritos de crianças e esse ser de orelhas pontiagudas, que se apresentava como uma caricatura de "fada", era quem efetuava a ligação do espírito ao óvulo no momento da fecundação. É uma modalidade de "reencarnação assistida" pouco estudada pelos espíritas, que crêem que apenas através dos "ministérios da reencarnação" de colônias espirituais é que se promovem reencarnações assistidas, poucos sabem que as entidades trevosas sediadas em cidades e regiões umbralinas tbm promovem reencarnações.


Gelson Celistre.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

686

     No ano passado atendemos algumas pessoas "iniciadas" em cursos "quânticos" e similares (vide
http://apometriauniversalista.blogspot.com/2010/10/mestres-ascencionados-ets-cosmicos.html e http://apometriauniversalista.blogspot.com/2010/09/iniciacao-quantica.html). Em função disso nos deparamos com seres trevosos e vítimas ligadas a essas pessoas e iniciações, que revelamos em nosso blog, pois faz parte da nossa "missão" transmitir o conhecimento e a experiência que adquirimos em nossos trabalhos, a fim de proporcionar subsídios a outros grupos e pessoas que, assim como nós, buscam a verdade.

     É normal que nossas postagens suscitem a insatisfação dos instrutores de tais cursos e iniciações, apesar de não citarmos os nomes dos envolvidos; inclusive, em desdobramento inconsciente (será?!) vários deles já nos atacaram. Mas enfim, faz parte do nosso trabalho e não temos contra essas pessoas nenhum sentimento negativo, mas nos compadecemos de seu estado de ignorância quanto à própria condição espiritual. São cegos guiando cegos.

     No mês passado recebi um  e-mail de uma pessoa que ministra cursos e iniciações de apometria quântica, referindo-se justamente a esses meus posts sobre os "quânticos". Já vi vários casos como esse onde a pessoa vive num estado de auto-fascinação, acreditando piamente que está sendo "canal" de alguma entidade ou força superior, e sei que de nada adianta vc dizer isso a pessoa, pois ela simplesmente não acredita. Por outro lado, como as informações são obtidas através de um trabalho espiritual, mediúnico, chegamos num ponto onde a razão não pode mais agir e caímos no domínio da fé. Assim como eu acredito que trabalho com entidades do "bem", essas pessoas tbm creem estar ligadas a entidades "boas". É uma questão que somente o tempo dirá quem estava com a razão, mas para quem analisa as razões pelas quais cada um de nós realiza um trabalho espiritual não é difícil perceber o escancarado viés mercantilista desses cursos e iniciações quânticas.

     Bem, mas como a tal pessoa me enviou um e-mail, até educado, inclusive se prontificando a me mostrar seu trabalho, resolvemos averiguar com que tipo de entidades ela, especificamente, estava trabalhando. Temos experiência suficiente para saber que não basta a boa vontade para se obter o aval dos espíritos superiores em trabalhos espirituais, é preciso realmente que haja uma dedicação e intenção sincera no sentido de auxiliar o próximo, além de estudo e observação constante dos princípios básicos do espiritismo, isto é, estudo e compreensão das obras de autores como Kardec e Ramatis. Não digo que seja impossível, mas a associação de práticas espirituais com ganhos financeiros é muito difícil de equalizar e, geralmente, quando a pessoa "vive" de seu trabalho espiritual ela acaba se distanciando dos bons espíritos, que agem em nome da caridade e, acima de tudo, com ética. Pessoas que prometem coisas impossíveis apenas para ganhar dinheiro com isso nunca terão apoio espiritual de entidades elevadas, apenas de espíritos maus.

     Para resumir, ao entrarmos na frequência dessa pessoa que nos contactou por e-mail, o que encontramos foi uma comunidade trevosa de baixíssima vibração, extremamente densa, onde imperavam relações de canibalismo entre-vivos, ou seja, haviam centenas de espíritos em situação deplorável, uns comendo partes dos outros, num verdadeiro banquete macabro. Eram entidades infelizes a atormentadas, muitas encarnadas em desdobramento inconsciente. As entidades "mestres" foram aprisionadas e recolhidas por nossa equipe espiritual e esses seres se canibalizando foram todos recolhidos. Como nos outros casos eram milhares de seres, comentei com os médiuns que essa célula trevosa era pequena, e aí a equipe nos informou o número de espíritos resgatados nesse trabalho: 686.

      O que dizer a uma pessoa que acredita estar trabalhando com seres de luz, acreditando que está realizando um ótimo trabalho, há mais de uma década segundo ela, e que na realidade está atendendo a interesses de entidades trevosíssimas, que se aliaram a ela para sugar a energia das pessoas a quem ela atende? A resposta é nada. De nada adianta tentar abrir os olhos de quem não quer ver. As pessoas só vêem aquilo que querem ver.


Gelson Celistre.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Aldeia Kaigang

Observamos comumente a existência de comunidades vivendo na dimensão astral exatamente como viviam quando estavam aqui na dimensão física, a grande maioria sem ter noção de estar "morta", numa situação cultural e tecnológica que, se comparada ao nosso estado atual, seria como se eles estivessem vivendo no passado.

Uma das médiuns do nosso grupo visita frequentemente a zona rural do município de Novo Hamburgo, chamada de Lomba Grande, onde seu pai possui uma fazenda. No local existe uma casa muito antiga, construída na época da chegada dos imigrantes alemães na região (1824). Nessa casa recentemente ela sentiu a presença de um índio e resolvemos averiguar do que se tratava..


Descobrimos que a própria médium já havia vivido naquela casa em uma vida passada, ou seja, ela fez parte da leva dos primeiros imigrantes que colonizaram a região. A região ainda era habitada por índios Kaigang e eles mantinham um certo contato com os colonos, embora algumas vezes houvesse conflitos. Essa casa onde viviam era relativamente próxima de uma aldeia Kaigang e os indígenas costumavam se aproximar dos colonos para trocar alguma coisa ou em busca de alimento, mais numa tentativa de integração do que por necessidade.

Naquela vida passada a médium estava grávida e teve um problema na hora do parto. Ela teria perdido o filho se o pajé da tribo Kaigang não a tivesse auxiliado. Mesmo assim, havia um clima de desconfiança entre os colonos e os índios (por volta de 1850 essas comunidades indígenas foram transferidas para outros locais pelo Governo) e como o local onde moravam fosse meio afastado da colônia, eles resolveram sair do local e ir morar mais perto dos demais colonos.

O pajé daquela tribo sentiu-se magoado com a situação pois se ele quizesse fazer mal a eles não teria salvo o filho dela. Entretanto, não desejava mal a ninguém e quando conversamos com ele revelou que queria apenas ajuda para o seu povo, que continuava vivendo na aldeia e estavam adoecendo. Efetuamos o resgate da aldeia Kaigang, juntamente com o pajé.

O que abriu essa frequência de passado foi o fato dessa médium estar grávida atualmente, sem contar que o marido dela naquela existência é o seu pai na vida atual, e o seu marido na vida atual era o filho que foi salvo pelo pajé Kaigang, além é claro da relação energética "geográfica" entre essa dimensão astral e o local da fazenda.


Gelson Celistre.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Mediunidade

A mediunidade, apesar de ser resultado de um carma negativo na grande maioria das vezes, é uma ferramenta que, se bem utilizada pelo médium, pode alavancar sua evolução espiritual. Entenda-se bem utilizada como trabalho e dedicação no auxílio aos espíritos sofredores, tanto encarnados como desencarnados, mas principalmente desses últimos, os desencarnados.


Entretanto, é comum encontrarmos pessoas que possuem mediunidade mas não fazem dela o uso correto. Algumas negam essa faculdade apesar da inúmeras evidências de possuí-la, outras aceitam mas não "desenvolvem" (entenda-se trabalho sério e regular) por 'falta de tempo" ou por não quererem "se envolver" com "essas coisas". Muitas dessas pessoas, numa tentativa de "fugir' do seu próprio karma, se aventuram por vertentes diversas, envolvendo-se com terapias alternativas espiritualistas energéticas e similares, por acreditarem que possuem um "dom" ou uma "missão" de ajudar os demais, e muitas ostentam títulos de iniciações diversas e de mestre disso ou daquilo, adquiridos em cursos diversos.

Na maioria das vezes essas pessoas apenas pioram sua própria situação kármica pois são facilmente acessadas, iludidas e fascinadas por entidades às mais variadas, desde espíritos ignorantes e zombeteiros casuais até entidades trevosas altamente organizadas. Se a criatura se envolver em alguma atividade onde atraia mais pessoas ao seu círculo, como dar cursos, fazer "atendimentos", dar consultas, etc., aí então ela certamente vai ter uma assessoria espiritual em tempo integral, pois além da própria pessoa, essas entidades ainda terão as demais que ela atrair.

Atendemos um consulente que frequenta um desses locais, onde a pessoa possui um certo grau de mediunidade mas não aceita a "teoria espírita", se achando num nível superior onde "orienta" as demais sobre os mais variados assuntos, agindo como uma espécie de pitonisa. E os frequentadores desses locais sempre ficam impressionados pq a tal pessoa "acerta tudo" e essa admiração os prende como mosca no mel.

Pedi ao consulente que lembrasse da pessoa e do local, a fim de abrir aquela frequência e os médiuns poderem sintonizar com a situação. Logo de cara apareceu uma "gira" (entidade feminina ligada ao sexo, pomba-gira, comum em religiões afro) vestida de vermelho. Essas entidades costumam ser muito falantes e debochadas, pretendendo ser sedutoras, mas com vulgaridade.

Conversei um pouco com ela, que disse que ajudava a mulher não tanto por ela, pq ela, a gira, não gosta de mulher (fez questão de frisar que gosta de homem) e tbm pq a tal mulher que ela acompanha não 'trabalha direito', mas como atrai muita gente, ela fica com ela para acessar os que a procuram. Após uma breve troca de palavras já deu pra perceber que a tal gira era uma ignorante abobalhada e que devia haver alguma entidade mais inteligente recolhendo a energia da tal mulher e dos que a procuram.

Mal terminei de expor isso e os médiuns me disseram que já estava ali o "mentor" da tal gira, se apresentando a caráter, juntamente com um serviçal (para demonstrar que tinha poder). O cidadão tinha a aparência clássica do demônio das histórias medievais: chifres, corpo peludo com patas de bode e rabo. Segundo as médiuns ele estava já com muito ódio por ter sido descoberto e como a tal gira era "amante" dele, logo que ele chegou ela foi intimá-lo a defendê-la, pois eu havia comentado que ela era meio abolhada e ela queria que  ele tomasse alguma providência. O serviçal era um anão corcunda com cabelos longos e desgrenhados.

Pedi para uma das médiuns "puxar" ele para si (incorporar) e tentei um diálogo com a criatura. Ele ficou bufando e não queria falar, então para não perder muito tempo, e tbm para ele perceber que as coisas iriam mudar para ele, cortei-lhe os chifes e o fiz voltar à aparência mais humana que tinha antes de assumir aquela forma demoníaca. Segundo uma das médiuns ele era mais bonito como diabo do que como humano, o que fez com que ele a enchesse de desaforos, mentalmente pq ele ficou bufando o tempo inteiro e não queria falar, o que tbm não insisti.

Enquanto isso os outros médiuns já tinham localizado alguns locais onde ele vivia, sendo o principal uma enorme caverna onde ele mantinha aprisionados uma grande quantidade de espíritos, alguns em gaiolas penduradas no teto e outros em nichos com grades nas paredes. Uma grande parte dos seres aprisionados ali eram encarnados desdobrados, pessoas que procuram os conselhos da tal mulher e de outras que estão ligadas a este ser, igualmente iludidas que são intuídas por uma "força maior", de grande sabedoria e de "luz".

Libertamos os espíritos aprisionados e comandamos o retorno ao corpo físico dos encarnados desdobrados. O tal ser tbm foi levado e a médium que o recebeu comentou que ele estava com tanto ódio que teria dito ao exu (guardião) que estava ao lado dela que eles podiam lhe tirar tudo mas que ele só queria ir embora dali, o que ocorreu logo em seguida.

No atendimento deste consulente, ao verificarmos outra situação, nos surpreendemos. Quando o consulente era adolescente, sua mediunidade aflorou e ele começou a ver espíritos. Ficou apavorado e sua mãe o levou a um homem que atendia em sua própria casa, sem cobrar nada, e este teria feito uma espécie de ritual que teria bloqueado a mediunidade do consulente. Segundo ele, depois que foi lá no tal homem ele parou de ver os espíritos e teve uma vida normal, até alguns anos quando começou a sentir algumas coisas e resolveu frequentar um centro espírita e participar dos cursos de médiuns e similares, além de frequentar o grupo da tal mulher que estava ligada ao ser em forma de demônio.

Fizemos uma averiguação e descobrimos que o tal homem, um senhor humilde e de pouca instrução escolar, trabalhava com três entidades, sendo duas de baixa evolução e uma outra realmente trevosa. O interessante nessa situação é que o tal senhor é um espírito bom, e ele sabia que essas entidades não eram "boas", entretanto, após muitos anos trabalhando com ele, esse três espíritos melhoraram seu padrão vibratório, ou seja, eles pensavam que iriam influenciar o tal homem mas na realidade ele é quem os estava influenciando e educando. Trata-se de um raro caso onde esse homem provavelmente assumiu o compromisso de auxiliar na reeducação daqueles três espíritos e obteve algum êxito.

O consulente estava sendo acompanhado por um espírito com a aparência de um 'zé pilintra' (entidade masculina, malandro, costumam se vestir com traje branco, chapéu e bengala, exu de cultos afro). Esta entidade tbm estava bloqueando a mediunidade do consulente para que ele se desencantasse com o trabalho no centro espírita e fosse procurar algum centro de umbanda ou nação para se desenvolver. Não tinha muito o que fazer, apenas o retiramos e pedimos para a equipe espiritual o levar.

Este caso demonstra bem o que acontece com quem tem mediunidade e não a utiliza da maneira correta, auxiliando desinteressadamente os espíritos sofredores. Sem o trabalho regular e dedicado, feito de coração, ninguém logra o auxílio de entidades realmente superiores, os bons espíritos, e só quem se aproximará serão espíritos ignorantes, vampirizadores, fascinadores e entidades trevosas.


Gelson Celistre