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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Mediunidade

A mediunidade, apesar de ser resultado de um carma negativo na grande maioria das vezes, é uma ferramenta que, se bem utilizada pelo médium, pode alavancar sua evolução espiritual. Entenda-se bem utilizada como trabalho e dedicação no auxílio aos espíritos sofredores, tanto encarnados como desencarnados, mas principalmente desses últimos, os desencarnados.


Entretanto, é comum encontrarmos pessoas que possuem mediunidade mas não fazem dela o uso correto. Algumas negam essa faculdade apesar da inúmeras evidências de possuí-la, outras aceitam mas não "desenvolvem" (entenda-se trabalho sério e regular) por 'falta de tempo" ou por não quererem "se envolver" com "essas coisas". Muitas dessas pessoas, numa tentativa de "fugir' do seu próprio karma, se aventuram por vertentes diversas, envolvendo-se com terapias alternativas espiritualistas energéticas e similares, por acreditarem que possuem um "dom" ou uma "missão" de ajudar os demais, e muitas ostentam títulos de iniciações diversas e de mestre disso ou daquilo, adquiridos em cursos diversos.

Na maioria das vezes essas pessoas apenas pioram sua própria situação kármica pois são facilmente acessadas, iludidas e fascinadas por entidades às mais variadas, desde espíritos ignorantes e zombeteiros casuais até entidades trevosas altamente organizadas. Se a criatura se envolver em alguma atividade onde atraia mais pessoas ao seu círculo, como dar cursos, fazer "atendimentos", dar consultas, etc., aí então ela certamente vai ter uma assessoria espiritual em tempo integral, pois além da própria pessoa, essas entidades ainda terão as demais que ela atrair.

Atendemos um consulente que frequenta um desses locais, onde a pessoa possui um certo grau de mediunidade mas não aceita a "teoria espírita", se achando num nível superior onde "orienta" as demais sobre os mais variados assuntos, agindo como uma espécie de pitonisa. E os frequentadores desses locais sempre ficam impressionados pq a tal pessoa "acerta tudo" e essa admiração os prende como mosca no mel.

Pedi ao consulente que lembrasse da pessoa e do local, a fim de abrir aquela frequência e os médiuns poderem sintonizar com a situação. Logo de cara apareceu uma "gira" (entidade feminina ligada ao sexo, pomba-gira, comum em religiões afro) vestida de vermelho. Essas entidades costumam ser muito falantes e debochadas, pretendendo ser sedutoras, mas com vulgaridade.

Conversei um pouco com ela, que disse que ajudava a mulher não tanto por ela, pq ela, a gira, não gosta de mulher (fez questão de frisar que gosta de homem) e tbm pq a tal mulher que ela acompanha não 'trabalha direito', mas como atrai muita gente, ela fica com ela para acessar os que a procuram. Após uma breve troca de palavras já deu pra perceber que a tal gira era uma ignorante abobalhada e que devia haver alguma entidade mais inteligente recolhendo a energia da tal mulher e dos que a procuram.

Mal terminei de expor isso e os médiuns me disseram que já estava ali o "mentor" da tal gira, se apresentando a caráter, juntamente com um serviçal (para demonstrar que tinha poder). O cidadão tinha a aparência clássica do demônio das histórias medievais: chifres, corpo peludo com patas de bode e rabo. Segundo as médiuns ele estava já com muito ódio por ter sido descoberto e como a tal gira era "amante" dele, logo que ele chegou ela foi intimá-lo a defendê-la, pois eu havia comentado que ela era meio abolhada e ela queria que  ele tomasse alguma providência. O serviçal era um anão corcunda com cabelos longos e desgrenhados.

Pedi para uma das médiuns "puxar" ele para si (incorporar) e tentei um diálogo com a criatura. Ele ficou bufando e não queria falar, então para não perder muito tempo, e tbm para ele perceber que as coisas iriam mudar para ele, cortei-lhe os chifes e o fiz voltar à aparência mais humana que tinha antes de assumir aquela forma demoníaca. Segundo uma das médiuns ele era mais bonito como diabo do que como humano, o que fez com que ele a enchesse de desaforos, mentalmente pq ele ficou bufando o tempo inteiro e não queria falar, o que tbm não insisti.

Enquanto isso os outros médiuns já tinham localizado alguns locais onde ele vivia, sendo o principal uma enorme caverna onde ele mantinha aprisionados uma grande quantidade de espíritos, alguns em gaiolas penduradas no teto e outros em nichos com grades nas paredes. Uma grande parte dos seres aprisionados ali eram encarnados desdobrados, pessoas que procuram os conselhos da tal mulher e de outras que estão ligadas a este ser, igualmente iludidas que são intuídas por uma "força maior", de grande sabedoria e de "luz".

Libertamos os espíritos aprisionados e comandamos o retorno ao corpo físico dos encarnados desdobrados. O tal ser tbm foi levado e a médium que o recebeu comentou que ele estava com tanto ódio que teria dito ao exu (guardião) que estava ao lado dela que eles podiam lhe tirar tudo mas que ele só queria ir embora dali, o que ocorreu logo em seguida.

No atendimento deste consulente, ao verificarmos outra situação, nos surpreendemos. Quando o consulente era adolescente, sua mediunidade aflorou e ele começou a ver espíritos. Ficou apavorado e sua mãe o levou a um homem que atendia em sua própria casa, sem cobrar nada, e este teria feito uma espécie de ritual que teria bloqueado a mediunidade do consulente. Segundo ele, depois que foi lá no tal homem ele parou de ver os espíritos e teve uma vida normal, até alguns anos quando começou a sentir algumas coisas e resolveu frequentar um centro espírita e participar dos cursos de médiuns e similares, além de frequentar o grupo da tal mulher que estava ligada ao ser em forma de demônio.

Fizemos uma averiguação e descobrimos que o tal homem, um senhor humilde e de pouca instrução escolar, trabalhava com três entidades, sendo duas de baixa evolução e uma outra realmente trevosa. O interessante nessa situação é que o tal senhor é um espírito bom, e ele sabia que essas entidades não eram "boas", entretanto, após muitos anos trabalhando com ele, esse três espíritos melhoraram seu padrão vibratório, ou seja, eles pensavam que iriam influenciar o tal homem mas na realidade ele é quem os estava influenciando e educando. Trata-se de um raro caso onde esse homem provavelmente assumiu o compromisso de auxiliar na reeducação daqueles três espíritos e obteve algum êxito.

O consulente estava sendo acompanhado por um espírito com a aparência de um 'zé pilintra' (entidade masculina, malandro, costumam se vestir com traje branco, chapéu e bengala, exu de cultos afro). Esta entidade tbm estava bloqueando a mediunidade do consulente para que ele se desencantasse com o trabalho no centro espírita e fosse procurar algum centro de umbanda ou nação para se desenvolver. Não tinha muito o que fazer, apenas o retiramos e pedimos para a equipe espiritual o levar.

Este caso demonstra bem o que acontece com quem tem mediunidade e não a utiliza da maneira correta, auxiliando desinteressadamente os espíritos sofredores. Sem o trabalho regular e dedicado, feito de coração, ninguém logra o auxílio de entidades realmente superiores, os bons espíritos, e só quem se aproximará serão espíritos ignorantes, vampirizadores, fascinadores e entidades trevosas.


Gelson Celistre