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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Obsessão complexa

Atendimento inicial

     Há alguns dias tivemos que fazer um atendimento emergencial para uma mulher, diagnosticada pela medicina convencional com portadora de 'depressão'. A mesma é médium e atua numa casa que, segundo o marido dela, é de 'umbanda branca'. Quando questionamos o que o dirigente do tal centro disse a respeito do caso, o marido relatou que ele apenas disse tratar-se de coisas de 'vidas passadas' e não fizeram nada para ajudá-la.
     Segundo ainda o marido ele já havia tentado 'de tudo', inclusive 'trabalhos' em terreiros de macumba, sendo que às vezes ela saía bem do local mas logo depois voltava ao seu estado doentio. Em alguns locais espíritas chegaram a dizer que não tinha nenhum espirito com ela, que era apenas problemas mentais dela. A mulher apresentava apatia, muito medo, parecia alienada.
     Ultimamente saía de casa sem rumo quando o marido não estava, retornando algumas horas depois sem saber por onde andou e as vezes toda suja de barro, como se tivesse caído no chão. Ela foi trazida pelo marido até nossa residência e não queria nem sair do carro, afirmava que tinha medo e perguntava o que faríamos com ela.
     Quando o marido dela nos relatou os sintomas logo percebemos que se tratava de um caso de obsessão. Com a ajuda de três médiuns do nosso grupo, provocamos a incorporação de um ser que acompanhava a mulher. Na verdade depois verificamos que o primeiro ser que foi percebido junto dela não foi o que incorporou logo em seguida, mesmo assim, com este ser incorporado entramos em casa e comecei a conversar com o tal espírito.
     A mulher que estava no carro mandou o marido 'ver quem era' e 'o que queria', só entrando na casa depois que informamos que se tratava do espírito da mãe dela, que havia falecido há alguns meses, justamente quando se intensificou o estado depressivo da tal mulher.
     O espírito da mãe estava desesperada, griatava que a filha a havia deixado morrer sozinha e que ela estava num local escuro, com pessoas feias, com frio, etc. Estava em profundo sofrimento e afirmava que pensava que se a filha fosse para onde ela estava conseguiria ajuda-la.
     Nós a acalmamos e tratamos dela, encaminhando-a para a equipe espiritual. Logo em seguida provocamos a incorporação do outro ser, que viemos a descobrir ser o 'arquiteto' dessa situção triste. Este ser havia sido casado com a mãe dessa mulher (a que faleceu recentemente) e naquela vida, ele a acusava de ter fugido com a filha dele, tendo-o abandonado. Uma outra médium foi informada pela equipe espiritual que o motivo da fuga foi que ele 'desejava' a filha como mulher e por isso a mãe fugiu quando pôde.
     Para ele esse comportamento era 'normal', ele achava que tinha o 'direito' de possuir a filha. A intenção dele, já que tinha aprisionado a ex-mulher logo que ela passou pro outro lado, era fazer com que essa filha morresse para se vingar dela ter fugido com uma filha sua. Logicamente escolheu essa filha (ela tem várias irmãs) por ela ter mediunidade aflorada e pouco domínio e conhecimento sobre a mediunidade em si.
     Dialogamos com ele, mostramos a aparência que ele tinha agora (ele se achava muito lindo), mostramos como ele ainda iria ficar (deterioração de seu corpo astral), etc. e por fim, após muita conversa, ele aceitou nossa ajuda. Havia vários 'aparelhos' colocados na mulher e ele disse que não sabia como tirar pq foi outro ser que colocou. Este ser tbm estava ali presente e incorporou em outra médium, com o qual dialogamos. Cheio de empáfia, xingava o outro por ser 'fraco'. Ao conversarmos com ele, descobrimos que o mesmo era um cientista das trevas, que fazia experiências com seres humanos encarnados e desencarnados.
     Segundo nossa equipe espiritual informou aos médiuns, ele possuía um laboratório no umbral com muitos seres aprisionados, servindo de cobaias, tanto encarnados como desencarnados. Além disso, ainda supervisionava outros laboratórios onde colocou prepostos seguindo suas instruções. Ela afirmou que quando encarnado foi um famoso geneticista e que continuava com suas experiências no astral.
     Resumindo, disse a ele que iria livrar essa mulher de suas atividades, ao que ele fez pouco caso, aí o informei que iria 'aproveitar' que ele estava ali e iria libertar todas as 'cobaias' que ele mantinha cativas. Aí ele se apavorou pq achou que no máximo libertaríamos essa pobre encarnada.    
     Resgatamos as cobaias e conversamos com ele, sobre as 'punições' que sofreria se voltasse pra la, etc. mas ele se mostrava irredutível. Nesse momento apareceu o espírito de uma mulher que fora mãe dele e que ele utilizara tbm para experimentos macabros no astral, deixando ela sem pernas e toda torta. Ela o incitou a mudar de idéia mas nem isso o comoveu.
     Foi mostrado a ele seu 'superior' que estava muito insatisfeito com o ocorrido mas nem assim ele congitou de não voltar pra lá pois se achava muito competente em seu trabalho, como se fosse indispensável. por fim este ser foi levado por um dos guardiões do nosso grupo, sem ter aceito modificar suas ações. Na casa da mulher havia um sem número de espíritos sofredores e que eram mantidos escravizados no local para manter a vibração baixa.
     Todos foram resgatados, estavam apavorados e alguns até se ajoelharam e choraram quando perceberam que seriam socorridos. Limpamos todo o ambiente. No dia seguinte o marido nos ligou dizendo que ela havia dormido bem e que parecia já outra pessoa.

Segundo atendimento

     Em nossa última reunião fizemos outro atendimento para esta mulher. Estava em condições muito melhores que no outro dia, parecia até outra pessoa, mas ainda tem muito medo e isso facilita a ação de entidades obsessoras. Ela relatou que tem sonhado com um 'bicho' muito feio que a persegue e lhe disse que não era sonho, e sim que quando ela se desdobra no sono normal está sendo perseguida.

Em muitos terreiros há um sincretismo entre a Umbanda e religiões de origem africana,
como o Candomblé, e que se autodenominam de "Umbanda Cruzada". Na prática é apenas para
mascarar para os consulentes as práticas ritualísticas onde se executam trabalhos com a morte de animais e outros.

     Havia duas entidades com ela, por conta de um trabalho onde foi sacrificada uma ovelha, feito provavelmente pelo dirigente de uma casa de 'umbanda cruzada' que ela frequentou durante um tempo, e da qual saiu depois que fez seu primeiro sacrifício, antes de passar a frequentar a tal casa de 'umbanda branca'. Segundo ela no dia seguinte a ter matado um animal na tal casa, que ela fez a contragosto a mando de um 'exu', seu corpo apareceu cheio de feridas.
     Após muita conversa, esses dois espíritos 'optaram' por aceitar nossa oferta de ajuda, mais por temer o que lhes aconteceria por terem sido descobertos e o trabalho desmanchado do que por arrependimento mesmo, mas enfim, é uma oportunidade que tiveram de se redimir e se não a aproveitarem voltarão para onde sua vibração os situa.
     Expliquei algumas coisas a tal mulher e ao marido sobre a necessidade dela trabalhar em algum local sério onde possa exercer a mediunidade com segurança. O marido insistia que o local onde ela frequenta, de 'umbanda branca' era bom, que o dirigente é uma boa pessoa e que seu pai e tbm o avô já eram 'pais de santo', estando portanto na terceira geração a direção do local, que o tal dirigente tem mais de 40 anos de 'umbanda' e tal.
     O marido dessa mulher não se deu conta que se o tal dirigente tivesse um mínimo de contato com a espiritualidade superior lhe teria sido passado a informação de que ela estava sob obsessão complexa, já em estado de subjugação. E tbm se o mesmo tivesse 'conhecimento' saberia distinguir os sintomas que ela apresentava. Tendo o marido perguntado a ele se ela não poderia estar obsidiada este respondeu veementemente que a casa 'dele' era de 'umbanda branca' e que lá não entravam obsessores.
     Perguntei qual entidade ela recebia e ela disse receber uma 'Jurema' e uma outra entidade que não lembro o nome. Pedi que ela pensasse na tal Jurema e usei o pensamento dela para 'puxar' a tal entidade, que incorporou numa médium e dialogou comigo. Questionei pq não avisara a sua 'filha' ou mesmo o dirigente do centro sobre a situação em que ela se encontrava ao que ela respondeu que 'não podia interferir no carma da filha'.
     Percebi logo que a tal entidade não era nenhum ser 'de luz' ou ao menos interessado em ajudar e acabei por dar-lhe uma reprimenda. Logo em seguida foi mostrado aos médiuns que este ser na verdade tinha interesse no marido da mulher atendida (haviam vivido juntos em uma vida passada) e que se comprazia no estado doentio dela pq pensava que por fim o marido a abandonaria. Após 'desmascarmos' essa entidade resolvi dar uma 'olhada' no tal terreiro e enviei os médiuns em desdobramento até lá.
     O que eles viram foi algo que já presenciamos em alguns outros locais, uma nuvem de energia escura cobrindo o local e impedindo que a equipe espiritual ligada à casa consiga chegar até o terreiro. Havia quatro seres postados nos quatro cantos do terreiro, mantidos ali pq o dirigente do local acredita que sejam guardiões 'do bem'.
     Pedi que os médiuns conversassem com a equipe espiritual ligada àquela casa e nos informaram que realmente trabalhavam com a casa desde a época em que o avó do atual dirigente era o encarregado, mas que a vibração da casa mudou muito, alguns médiuns misturando as coisas, muita vaidade, etc. e que não conseguiam chegar no local. Tbm foi-nos dito que o próprio dirigente do local teria que provocar a mudança da energia da casa pois aquelas quatro entidades estavam ali a convite dele.
     Alertamos mais uma vez a tal mulher de que se quizesse voltar a frequentar aquele local deveria se fortalecer emocional e mentalmente, e tbm estudar muito para saber o que ocorre de fato e como se processa o intercâmbio entre o mundo físico e o espiritual, pois senão se veria novamente à mercê de outras entidades de baixa vibração.

Gelson Celistre

Ressonância de 'personalidade' de vida passada na vida atual

No atendimento de uma senhora nos deparamos com um caso de obsessão 'simples'. No passado, na época da inquisição, ela e o atual marido eram bruxos e foram denunciados por uma outra pessoa, uma mulher, que tbm era bruxa. No 'diz que me diz' o casal se deu bem e a outra foi queimada na fogueira. Dialogamos com ela incorporada numa das médiun e, com o auxílio do espírito que fora companheiro dela naquela existência, ela por fim cedeu às nossa rogativas e aceitou ajuda, tendo sido 'encaminhada'.

Uma outra médium esteava sentindo uma certa angústia e a sensação de 'choro represado' na consulente. Ao averiguarmos foi visto então junto dela uma menina de uns 8/9 anos aproximadamente, muito assustada e que havia sido morta com aquela idade. Pedi a uma das médiuns que observasse se dessa menina saía algum 'fio' ligando-a à consulente, ao que a médium percebeu um fio tênue, que ela achou parecido com um fio de teia de aranha, ligando a menina à consulente. Confirmamos então que a menina era uma projeção da consciência da consulente, se aprensentando com a 'aparência' que teve numa vida passada, quando morrera muito jovem.

O que aconteceu é que essa menina assitiu a uma cerimônia de sacrifício humano realizada numa caverna, possivelmente de uma antiga mina, onde pessoas influentes na comunidade dela sacrificavam mulheres jovens num ritual. Uma das médiuns viu a cena em detalhes, o que lhe chocou um pouco devido a antigas recordações de seu próprio passado, onde a jovem sacrificada estava deitada num altar de pedra e tinha seus pulsos cortados para retirada do sangue, que era bebido pelos participantes do ritual, todos com mantos com capuz, e partes do corpo da jovem eram cortados e eles comiam, isso ainda com ela viva. Por fim abriam o peito da jovem e cravavam um punhal no coração da mesma. Após isso o corpo era cremado.

A consulente, naquela existência uma jovem menina ainda, desobedeceu as ordens de sua mãe (a família dela tbm participava dos rituais) e foi espionar o que faziam na tal caverna, tendo sido descoberta e morta. Havia ainda vários espiritos das jovens sacrificadas presas a este local do astral, em estado de profundo sofrimento e demência pois elas morriam e permaneciam no local, assistindo o sacrifício de outras jovens. Todas foram adormecidas e resgatadas e o local foi destruído.

O que ocorre é que devido à situação atual em que ela se encontra, enfrentando problemas financeiros e de saúde de seu esposo, seu sentimento de angústia despertou em seu inconsciente as lembranças daquela vida onde ela viveu momentos angustiantes quando assistiu a cena do sacrifício, onde queria chorar mas não podia por temer ser descoberta. Some-se a isso o fato dela ter sido bruxa em existências anteriores e tbm que o marido atualmente recorreu a um 'trabalho', regado a sangue de um animal de quatro patas, para tentar reverter a má situação financeira, estando sendo 'cobrado' por entidades do terreiro onde contratou o tal trabalho, além de outras entidades de seu passado meio 'tenebroso', situação que resolvemos parcialmente com o 'resgate' da entidade que diriga o tal terreiro no astral, mas que vai depender em muito da 'reforma íntima' do cidadão em questão.

Então vemos que houve um conjunto de fatores que propiciou a ressonância da consulente com uma vida passada dela mesma, onde ela aprendeu uma dura lição que foi a responsável por ela ter 'mudado de vida' pois daquela vida em diante ela não mais atuou com magia negra. Uma das médiuns se perguntou qual seria a utilidade daquela criança ter presenciado aquela cena naquela vida passada, tendo vindo a morrer em consequência disso inclusive, e foi lhe dito que era justamente para que ela tivesse aquela conscientização. O que ocorreu naquela existência da consulente foi o resgate na carne de atos dela mesmo em outras vidas passadas, onde ela participava desse mesmo tipo de ritual.

Não foi mostrado aos médiuns como ela morreu mas é provável que tenha sido sacrificada tbm. Nesse caso não houve nenhum tipo de 'doutrinação' da 'personalidade' de vida passada da consulente pois a própria consulente naquela existência, depois de 'morrer', se conscientizou da finalidade de passar por aquilo. Essa dissociação da personalidade da consulente provavelmente foi provocada pela equipe espiritual para que pudessemos acessar aquela frequência de passado e resgatar os espíritos em sofrimento que ainda viviam naquela situação, pois apesar dela ter 'despertado' em seu inconsciente a ligação com aqueles fatos, o 'momento' que ela viveu naquela existência não estava influenciando-a por si só, mas mais por conta dela ter se conectado com aquele grupo de espiritos sofredores.

Notem que essa 'personalidade' de passado dela não tem 'vida própria', é apenas uma projeção de sua consciência atual que assume a forma de outrora pq estava ligada a fatos carregados ainda de muita energia, em virtude do bolsão de espíritos sofredores, e é provável que se não houvesse esses espíritos e o local ainda plasmado no astral essa ressonância se manifestaria apenas pela intensificação da angústia, e talvez fosse perceida pelos médiuns como uma cena de vida passada, mas sem a 'projeção' da 'persona' com tal intensidade, a ponto de arrojar de si uma porção de matéria etérico-astral capaz de 'recriar' o corpo de outrora, inclusive com suas características psíquicas.

Abraços.

GELSON CELISTRE


Reorganização mnemônica

Percebi uma energia muito 'pesada' com um moça que trabalha comigo. Como não era a primeira vez que sentia isso quando ela se aproximava,. pedi a uma amiga médium que tbm trabalha no mesmo andar para 'dar uma olhada' na situação. Junto de mim estava o espírito de uma mulher, vestida de cigana, e que se dizia amida da tal moça, afirmando que não fazia mal a ela e que iriam sair para dançar mais tarde, ela e a jovem encarnada (a moça iria numa 'balada').

Conversamos um pouco e comandei uma regressão nesse espírito para ver qual a ligação dela com a jovem. Em uma vida passada este espírito fora mãe da moça, que foi violentada pelo pai quando criança. Ela disse que se 'vestia' assim, como cigana, para que 'ele' não a reconhecesse, pois ele estava por ali atrás delas e ela tentava proteger a sua 'filha'. Como ela se emocionou quando descobrimos a situção eu a tranquilizei dizendo que não precisava temer se afastar da moça pq nós a protegeríamos, inclusive garantindo a ela que eu 'cuidaria' da moça. Ela se tranquilizou (tbm lhe aplicamos passes) e foi encaminhada.

Logo em seguida, promovemos a incorporação do seu antigo companheiro, que estava junto da moça (a energia 'pesada' era dele) passamos a dialogar. Ele disse que 'precisava terminar o que tinha começado' e insistia em 'possuir' a tal moça, que fora sua filha em vida passada. Afirmou que a mãe da menina era uma 'vagabunda' e que a criança não era sua filha, por isso a odiava. Após trocarmos algumas palavras sintonizamos ele com seu 'futuro' a fim de lhe mostrar a 'direção' que estava seguindo e comandamos uma regressão para que ele visse outra situação onde se relacionara com a jovem. Ele viu então que ela havia sido sua mãe em uma outra vida e isso o perturbou muito pois passou a vê-la com a aparência de mãe enquanto a tinha vioalado. O ser ficou muito perturbado com essa situação e dizia consternado que não queria mais ver aquilo, que não aguentava isso.

Aproveitamos a situação para direcionar os esforços desse irmão no sentido da recuperação e lhe perguntamos se ele gostaria de recomeçar, esquecendo esses fatos desgradáveis e, tendo ele consentido, comandamos o 'apagamento' desses fatos de seua memória recente e o fizemos adormecer, a fim de ser levado para o posto de atendimento no astral, de onde seria preparado para a sua próxima reencarnação.
Temos usado habitualmente, quando o espirito consente, o 'apagamento' de sua memória ou 'reorganização mnemônica'.

A técnica é simples e consiste em se comandar o esquecimento de fatos, sentimentos, pessoas, etc. que estejam causando perturbação no ser. Um ferrenho obsessor que não consegue deixar de pensar em determinada pessoa com a qual possui ligações emocionais fortes e desarmônicas, um alcóolatra que não consegue se livrar do vício do álcool, etc. , são exemplos de casos que já tratamos com essa técnica e que apresentaram resultados positivos. É preciso lembrar que este 'apagamento' da memória é algo temporário e que na verdade é uma espécie de 'ocultamento' no inconsciente do ser daqueles fatos pois a memória é um patrimônio do ser e ninguém consegue realmente apagá-la.

Quando estamos atuando no grupo apométrico nossa energia se potencializa por estarmos ligados na 'corrente' e as sugestões e comandos que emitirmos precisam ser bem pensados pois até uma ordem mental ou pensamento nosso pode ser captada pelo espirito que está sendo atendido e ele pode 'receber' isso como um 'comando' ou uma ordem que ele precisa obedecer. Por isto os membros do grupo precisam estar todos focados no atendimento e 'vigiando' seus pensamentos. Sabemos que o ser atendido vai receber exatamente aquilo que ele merece mas no caso de 'emitirmos' algum comando que lhe causa mal poderemos, dependendo do que tivermos pensado, estar criando um carma negativo para nós mesmos.

Abraços.

GELSON CELISTRE

Pacto de sangue

    Atendemos um casal cuja mulher é 'mãe-de-santo' de culto de nação há décadas, sendo que o marido tbm é da mesma religião. Nos procuraram pq queriam saber pq vivem brigando mas não conseguem se separar (já devem estar na casa dos 60 anos). No ambiente, fora duas entidades 'guardiãs' que vieram com o casal (um 'exu' e uma 'gira' - quiumbas) havia ligado a eles vários espíritos sofredores acorrentados e uma 'feiticeira', além de um outro ser que fora irmã do homem em vida passada.

     A história desse grupo é a seguinte. Em vida passada os dois pertenciam a famílias de classes sociais diferentes, o rapaz de família extremamente pobre e a moça de família muito rica. A família do rapaz era tão pobre que a mãe dele fazia 'sopa' com grama e pregos 'cor de laranja' para eles não morrerem de fome. O espírito da menina nos relatou através da psicofonia de uma das médiuns o seguinte: que a mãe dela criou uma 'brincadeira' para ela que consistia em fingir que aquilo que comiam não era capim e pregos e sim sopa de galinha, sendo os tais pregos as coxas.
     Bem, o pai da moça era contra a união dos dois e eles, temerários de não conseguirem ficar juntos, procuraram uma feiticeira, a fim de fazerem um feitiço, um pacto, que os mantivesse unidos 'por toda a eternidade'. A feiticeira concordou e organizou um ritual onde eles fizeram sexo e 'misturaram seu sangue'. A menina, então com a idade de 5 anos, acabou presenciando o ritual e, para que ninguem soubesse, seu irmão a fez prometer que não contaria a sua mãe, invocando a 'brincadeira' que a mãe ensinara à menina, dizendo que ela deveria 'fazer de conta' que o que vira era outra coisa.
     A menina ficou meio perturbada com o que presenciara mas como prometeu ao irmão não contar nada para a mãe, resolveu contar ao pai da moça. O que se sucedeu depois foi que o pai da moça mandou matar toda a família do rapaz. Ele foi enforcado e essa menina degolada. Ela disse que ele estava pendurado 'dormindo' numa árvore. A situação estava embaralhada na mente dela e a fizemos lembrar um pouco dos fatos para clarear. A moça a acusava de ter matado o irmão mas ela não entendia bem pq achava que ele estava pendurado dormindo. O que ela 'lembrava' é que depois que viu o irmão pendurado e a moça a acusou ela saiu correndo pelo campo arrancando os próprios cabelos, na verdade provavelmente já estava 'morta' quando isso ocorreu.
     Ainda tem uma outra faceta dessa história que é o pagamento pelo tal pacto, que deveria seria o primogênito do casal. O primeiro filho deles deveria ser entreque à feiticeira. A princípio imaginamos que o mesmo seria sacrificado para algum ser trevoso mas a situação era bem mais complexa. Um dos seres trevosos que auxiliava a tal feiticeira no astral queria reencarnar e o ritual que ela montou era justamente para que este ser viesse a habitar no filho do casal. Como naquela oportunidade ela não conseguiu ter o filho pq foi abortado, provavelmente por ordem do pai, aquele grupo intentou novamente promover a reencarnação do 'ser trevoso' num dos filhos que essa mulher teve nessa vida mas, como da outra vez, ocorreu um aborto (dessa vez creio que por iniciativa dela mesma) e o ser não pode 'nascer'.
     Ainda apareceu o 'pai da moça' esbravejando se teria que 'matar ele novamente' mas conversamos com ele e por que por fim acabou aceitando se 'regenerar'. O desfecho foi o seguinte: a menina socorrida, o pai da moça doutrinado e vários outros seres que estavam ligados ao casal aprisionados e em sofrimento libertados e resgatados. A tal feiticeira foi solta e o casal saiu, acompanhado da 'dupla' que veio com eles, sabendo o motivo de suas desavenças, e tendo sido orientados a um perdoar o outro a fim de tentarem viver melhor.
     É um casal que já nasceu bastante 'endividado' carmicamente e que está agravando sua situação pela prática de atos de magia negra, ainda ligados a entidades trevosas. Não tem muito o que fazer por eles e nesse caso, como na maioria, os maiores beneficiados são as entidades desencarnadas ligadas a eles.

Gelson Celistre

Dissociação da consciência e 'parto no astral'

Atendemos uma mulher que nesta vida não pode ter filhos, tendo inclusive já retirado o útero numa cirurgia, e nos deparamos com sua consciência 'dissociada' e chorando muito. Ela se apresentava com a aparência que tinha em uma existência onde ela fora 'aborteira', ou seja, fazia abortos para quem a procurava. Havia um espírito de uma mulher lhe obsidiando que tinha ligação daquela encarnação, além de vários outros seres que foram abortados e que não aceitaram a situação, permanecendo no astral em estado 'fetal'.

Esta mulher lhe cobrava que ela tinha matado seus filhos, disse que ela procurou a mulher para ter os filhos e que ela os matou mas o que ocorreu na verdade foi outra situação. Esta mulher a procurara para abortar, mas não sabia que estava esperando trigêmeos. A 'aborteira' só 'viu' dois fetos e os retirou, sem perceber que no procedimento havia tbm 'matado' ou terceiro feto, que ficou no ventre da mulher, que veio a falecer algum tempo depois por conta da infecção que se originou do feto morto em seu útero.
Só que este ser não aceitou a rejeição e permaneceu 'dentro' dela ainda no astral depois que ela morreu.

Investigamos o passado deles dois e vimos que ela já o abortara numa vida anterior pq em uma vida anterior ainda ele fora seu pai e a espancara até ela abortar um bebê que estava esperando. O sentimento de ódio foi tão grande que nas existências seguintes ela não conseguia dar-lhe a vida. Ela não tinha nenhum sentimento de amor pela criança e estava revoltada por sentir ainda dentro de si aquele ser. A equipe espiritual de 'médicos' fez então um parto (exatamente como se a mulher estivesse encarnada, ou seja, saiu pela vagina) na entidade enquanto ela estava incorporada e retirou o pequeno ser, que foi levado junto com os demais para uma maternidade no astral.

A consulente que nos procurou continuava a chorar copiosamente com sua consciência desdobrada, só que não era de remorso ou arrependimento pelo que ela havia feito no passado, mas pq não aceitava nesta vida que estivesse sendo 'castigada' pelo que fez numa vida passada.
Conversamos com ela a fim de tentar fazê-la entender e aceitar a situação e a equipe espiritual tbm, lhe aplicando passes inclusive, a fim de que se acalmasse, para posteriormente efetuar a 'reintegração' dela ao seu corpo físico.

Notem que novamente a dissociação da consciência aparece quando ligada a um bolsão de espíritos sofredores, os fetos abortados e a outra mulher, que é o que provocava o desdobramento da consulente e sua 'modelagem' astral na antiga aparência, juntamente com o fato dela não aceitar a justiça divina e se revoltar pela sua condição atual de não poder ser mãe. Já havíamos atendido ela há alguns meses e apareceram outras situações onde ela era prostituta e tbm fizera inúmeros abortos. Como nos diz Ramatis em seus livros, a semeadura é livre mas a colheita é obrigatória.

Abraço.

GELSON CELISTRE

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Profissão: Terapeuta

     Atendimento de uma mulher que trabalha com terapeuta (reiki, floral, numerologia, radiestesia, etc.) há cerca de nove anos, segundo nos informou. Estava com dificuldades na vida, pouca procura pelo seu trabalho, dificuldade de recolocação no mercado, etc. Tinha sensação de 'inchaço' no corpo todo, como se estivesse 'estufada'.



     Logo que sintonizou com a consulente uma das médiuns incorporou um espírito feminino, que afirmou estar junto dela há três anos, tendo ido parar junto dela pq sua sobrinha (encarnada) a procurou para algum tipo de consulta, disse ter ficado junto dela pq achou que ela a encaminharia para algum lugar. Uma vez esclarecido este espírito, logo se manifestou outro na mesma médium.
     Este segundo ser afirmava que ela era 'metida', que 'a casa era dele' e que não iria sair. Conversando com ele soubemos que um casal de pessoas (encarnadas) mudara-se para a casa onde ele morava quando vivo e que este passou a 'assombrá-la' na tentativa de afugentar os 'invasores'. Na realidade a casa deste homem já havia sido demolida e construíram outra no local, mas ele a enxergava da maneira que era quando ele era vivo.      A consulente, em sua atividade de 'terapeuta', nos relatou que há alguns anos atrás fazia este tipo de trabalho de 'limpeza' em residências. Este homem havia morrido em 1928. Dialogamos com ele, perguntamos sobre seus familiares, e logo ele percebeu no ambiente a esposa, tendo aceitado ir embora com ela com certa relutância.
     Uma terceira entidade se manifestou em outro médim, gargalhando ruidosamente. Era um ser da linha 'africana', manifestando trejeitos de exu. Mandei ele parar com o 'teatrinho' pq ninguém ali se impressionava com essas coisas e pedi que dissesse logo qual sua ligação com a consulente. Outra médium captou (inclusive o cheiro) de um cadáver em decomposição, com a cabeça partida. 
     Juntamos as peças e descobrimos que em uma vida passada a tal entidade 'africana' era 'pai-de-santo' de um terreiro de macumba, sendo a nossa consulente uma de suas 'filhas'. Tendo ele se apaixonado por ela e não sendo correspondido, recorreu a tudo quanto foi feitiço para conquistá-la, e não obtendo sucesso, decidiu fazer um trabalho para 'acabar' com ela. Foi a um cemitério e profanou um túmulo, abrindo a cabeça de um cadáver em decomposição, fazendo com ele um feitiço. Naquela existência a consulente veio a falecer de uma doença, possivelmente fruto do tal trabalho mesmo, uma vez que ela era já comprometida com esse tipo de atividade.
     Uma vez desencarnado, o tal pai-de-santo percebeu que 'grudado' a ele estava o espírito que habitara o corpo daquele cadáver que ele profanou. Este espírito era um tanto perverso e enquanto conversávamos dois dos nossos exus (guardiões) se posicionaram ao lado dele. Por fim, após conversarmos com o ex pai-de-santo, o ajudamos a 'esquecer' seu antigo amor pela consulente para ele poder começar uma nova etapa em sua jornada evolutiva. O outro espírito, que teve seu cadáver profanado, tbm foi socorrido e encaminhado ao hospital do astral.
     Logo em seguida as médiuns captaram uma outra situação. Uma moça que caíra numa vala de trincheira da 2ª Guerra Mundial, sendo observada por outras duas que nada puderam fazer para ajudá-la. Uma dessas duas era a consulente, que naquela existência, provavelmente a sua existência anterior a vida atual, contrariando as ordens de seus pais convidou as amigas para brincarem naquele local, inclusive insistindo ante a recusa das amigas. A jovem que caiu na vala quebrou o pescoço e as pernas, tendo morrido rapidamente.
     Resgatamos a moça mas a cena continuava a aparecer, então averiguando uma das médiuns percebeu que haviam sido cavado túneis ligados àquelas trincheiras, provavelmente para proteção contra ataques aéreos, e que muitas pessoas haviam padecido ali, soterradas por desabamentos durante os bombardeios. Somente após o resgate destas pessoas conseguimos 'desmanchar' este sítio do astral.
     Verificar onde a consulente 'andava' quando sevdesdobrada e então uma das médiuns viu uma cena onde 13 bruxas formando um círculo dentro de um galpão de madeira, observavam uma fogueira ao centro, onde uma mulher estava sendo queimada. Esta mulher era a consulente.
    A líder do grupo de bruxas percebeu que estava sendo observada pela médium e se dirigiu enfurecida ao grupo. Tendo incorporado nesta mesma médium, conversamos um pouco, tendo ela me dito que desencarnara no século XVI. Ela questionava nosso direito de interferir no ritual da sua 'irmandade', pois todas que estavam ali se afinizavam, etc. Perguntei o nome da irmandade e ela disse que se chamavam de 'Valentinas' e que todos os anos no dia 13 de outubro uma delas era queimada em honra ao seu deus. 
     Indaguei como era o 'sorteio' e ela disse que ela era 'comunicada' pelo 'alto' de quem deveria ser. Logicamente nunca era ela que devia ser queimada. As outras 12 bruxas tbm estavam todas desencarnadas mas só estavam ali por medo desta bruxa que conversava comigo. Ofereci 'asilo' e proteção contra a tal bruxa e todas aas outras aceitaram. Após conversar mais um pouco com ela apaguei sua memória para que fosse tratada e mais facilmente reconduzida ao processo reencarnatório.
     A médium que incorporou a bruxa 'líder' já as havia visto duas noites antes quando, em sonho, foi levada àquele local. Quando acordou imaginou que se tratava de alguma lembrança de uma vida passada sua e de outra médium pois não sabia que era relativo ao atendimento que faria dias depois. Somente na hora do atendimento é que percebeu que seu sonho era já parte do atendimento que estávamos realizando.
     Para finalizar, os médiums perceberam a consulente meio 'inchada' no astral e então a médium lembrou que em seu sonho ela fazia uma espécie de massagem no tronco da consulente, apertando-o, e dele saíam gases, como uma névoa acinzentada.
     Pedi que ela repetisse o ato e ela o fez mentalmente. Então ela e outra médium viram a tal névoa saindo de dentro da consulente e perceberam que se tratava de um ser. Perguntei à consulente se ela já havia feito algum aborto e ela disse que sofrera um aborto espontâneo aos dois meses de gestação, há mais de vinte anos. Era este ser que estava 'dentro' dela. Demos uma breve olhada e vimos que este ser fora mãe dela em uma vida anterior e depois o encaminhamos para a equipe espiritual.
     Ser terapeuta não é uma atividade para qualquer um. Não basta ler algumas apostilas e encher a sala com bonequinhos de anjos, cristais, pêndulos, mandalas, figuras de 'mestres', etc. É preciso que se tenha algum conhecimento da realidade astral e uma intenção verdadeira de ser um instrumento do Criador no auxílio aos seus companheiros de jornada, para assim angariar o auxílio dos bons espíritos, ter ética e responsabilidade, não prometendo aquilo que não pode cumprir, pois ninguém está acima da Lei.

Gelson Celistre

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Semeando e colhendo

Atendimento de um menino de oito anos, com diagnóstico médico de esquizofrenia. O menino não dormia até pouco tempo e só começou a dormir por conta de medicamentos. Os pais já consultaram médicos especialistas de várias áreas e nada é detectado de anormal em seus exames. Tem dificuldade de concentração, vive meio 'ausente' e alheio ao mundo.


Na consulta solicitamos o comparecimento apenas dos pais. O pai não demonstra interesse pela espiritualidade e a mãe passou a se interessar em função da doença do filho, estando frequentando um centro espírita há alguns anos. Antes mesmo deles entrarem na sala de atendimento já havia três seres ligados a eles, sendo um mais irritado, afirmando que ninguem via ele, apenas o menino. Este ser havia sido pai do garoto numa vida passada. Outro era uma entidade 'preta-velha', que já havia trabalhado com a mãe do garoto no passado e que pretendia ajudá-la, na verdade tava meio perdida e se agarrou na encarnada.

O terceiro ser era um menino muito assustado com o pai do garoto esquizofrênico. Este fazia parte de um bolsão de espíritos sofredores ligados ao consulente de uma vida passada onde ele era encarregado de cuidar de uma espécie de orfanato, entretanto, era muito cruel e deixava as crianças passando fome e as agredia violentamente a chicotadas. Neste bolsão haviam mais de 50 crianças, sendo que umas 30 ainda se encontravam desencarnadas e o restante eram de encarnados, sendo inclusive um deles o menino que estávamos tratando. Socorrido este grupo inicial fomos averiguar o menino.

A situação capatada pela médium foi a seguinte: o menino plasmou no astral uma casa e para lá se desdobrava constantemente para fugir da vida real. Nesta casa ele convivia com uma família que ele tivera em outra existência onde ocorreu um evento muito traumático para todos. Eram pessoas simples moradoras de um povoado, uma família comum, sendo que um homem morador desse povoado desejava ardentemente se relacionar com a mãe do menino. Em certa ocasião ele invadiu a casa deles e tentou estuprá-la, o marido apareceu na hora, lutaram e ele acabou o matando. Para que o resto do povoado não ficasse sabendo de seu crime ele matou tbm a mulher e o restante da família, tendo o garotinho, ainda pequeno, fugido do local.

O tal homem o encontrou e não querendo ou podendo matá-lo, levou-o para sua casa e o criou como seu filho. A esposa desse homem foi a única pessoa da aldeia a ter conhecimento do que ocorreu, além do próprio assassino e do menino. Ela entretanto odiava o menino por ser filho de uma outra mulher a qual o seu marido desejara e chegara a cometer um crime, e ainda ela tendo que o criar. Esta mulher maltratava muito o menino e este antes de completar 20 anos suicidou-se. O que estava ocorrendo com o menino é que ele plasmou no astral sua antiga casa e para lá se desdobrava, vivendo em dois mundos ao mesmo tempo, estando ele em ressonância vibratória com aquela vida passada. O que ocasionou esta ressonância foram as circusntâncias cármicas de sua vida atual pois os seus pais de hoje são aquele casal que o criou na outra vida até ele não suportar mais e se suicidar, o assassino de sua família e sua mulher, que fora a madrasta que tanto o maltratara.

Como estava em ressonância com aquela vida passada ele trouxera para a vida atual todos os sentimentos e emoções que tinha naquela vida, principalmente pelos causadores de sua desgraça, o tal homem e sua esposa, e que atualmente são seus pais biológicos. Isso fazia com que o menino sentisse aversão por seus pais e inclusive quando desdobrado desejava mesmo fazê-los sofrer.

O tratamento consistiu em fazermos a despolarização, apagando da memória inconsciente do menino daquela existência e tbm destruindo o local que ele havia plasmado no astral. Tbm conversamos um pouco com ele desdobrado para conscientizá-lo. Como fazem vários anos que ele vive assim e tbm por conta de sua própria provação nesta existência visto que ele foi um suicida, ele provavelmente ainda vai ter muitas 'ausências', mas ao se desdobrar não vai mais lembrar daquele passado nem vai ser atraido para aquele local no astral. É o momento de os pais se aproximarem mais e tentar, com muito amor, criar um vínculo forte com o menino, que até agora não os sentia como sendo seus pais.

Pela nossa experiência sabemos que situações com forte conteúdo emocional, principalmente onde existe algum 'bolsão' de espíritos sofredores, costumam ser 'utilizadas' por mentes mais poderosas e nossa intuição nos alertava para que investigássemos mais a fundo. Foi notado outro ser próximo ao consulente e nos deparamos com mais um bolsão de seres ligados a eles, era um grupo de clérigos que em vida passada, sob o manto da Igreja, realizavam rituais satânicos. Este ser pedia punição para o consulente que segundo ele era o lider dessa seita e quando foram descobertos incriminou os demais.

Disseram que lhes fizeram beber óleo fervente para que confessassem seus crimes heréticos e ele e vários outros membros da seita que sucumbiram com ele queriam ver a 'justiça' para o seu delator. Argumentei com eles que ele já estava sofrendo e que eles não tinham conhecimento do que acontecera com ele depois daquilo. Para que eles aceitassem a ajuda e desistissem da vingança, mostrei a ele o que sucedera com o consulente depois do episódio da delaçaõ e depois mostrei a eles todos qual o acontecimento cármico que eles haviam 'semeado' no passado e que haviam colhido com aquele tipo de morte, enfatizando inclusive que naquela própria vida eles já agiam de maneira errada por se associarem ao 'demônio'. Enquanto eu conversava com ele foi mostrado à médium que a esposa do consulente, a mãe do menino, havia sido uma das vítimas humanas que foram sacrificadas por aquele grupo em seus rituais diabólicos.

A médium então disse que o menino desdobrado, antes de voltar ao corpo tinha lhe mostrado um homem no quarto dele dizendo que era ele que lhe dizia que não deveria esquecer o que seus 'pais' desta vida lhe fizeram no passado. "Puxamos" este ser para conversarmos com ele que se apresentava com aparência semi-humana, semelhante a um lagarto com um longo rabo e com protuberâncias pontiagudas saindo de suas costas, na linha da coluna, semelhante a alguns dinossauros do período jurássico. Quando ele incorporou a médium sentiu um mal-estar e transformei a forma dele em algo mais humano. Era um ser muito inteligente e que conhecia o 'protocolo', foi logo dizendo que ele mesmo libertaria os escravos que mantinha e que tbm destruiria o local, pensando no seu íntimo que depois ele reconstruiria tudo facilmente, como já fizera em outras ocasiões em que esteve em outros grupos. Este ser num passado distante foi irmão do consulente e na ocasião em que este buscou associação com o demônio, aproveitou-ase de sua afinidade para se apresentar como tal, absorvendo para si as 'ofertas' enderaçadas ao diabo por aquele grupo.

Tentamos dialogar com o mesmo no sentido de fazê-lo mudar de idéia mas este se mostrava irredutível, sabia de todas as consequências de seus atos mas não queria mudar de vida. Invesrigando seu passado vimos que em sua última encarnação era de uma família muito pobre, onde todos estavam morrendo de fome, e que se envenenaram para fugir desta situação, ele mesmo sabia o motivo daquilo pois quando lhe disse que iria mostrar uma vida anterior àquela, onde estaria o motivo cármico, ele revelou que antes eles eram uma familia nobre, proprietários de um feudo, e que deixavam seus vassalos morrerem de fome. Apelei para algum ser amado do passado, ao que ele disse que vários já o procuraram 'lá embaixo' mas que ele nunca quisera ir com eles. Ele disse que só queria voltar para onde estava e então lhe disse que por mim podia ir, mas que em função dos atos maliagnos que ele cometia iria deixar essa decisão para nossa equipe espiritual. Ele não retornou para o local onde vivia pois havia no ambiente um ser que o amava e que lhe era caro e ele estava inclinado a aceitar a ajuda, provavelmente não o tendo feito para mim para não 'dar o braço a torçer', mas foi com o tal ser.

Antes de terminarmos o pai do consulente, falecido há vários anos 'apareceu' para lhe dar um recado. Como o filho não é afeito a frequentar algum centro espírita, ele aproveitou a oportunidade e veio lhe dar uns conselhos familiares. A consulente, esposa dele, perdeu a mãe na infância para o câncer e tbm teve uma madrasta, tal qual ela fora no passado para seu filho desta vida, e percebemos que ela gostaria de poder ter um contato com ela. Questionamos a equipe sobre esta possibilidade e logo em seguida ela apareceu, amparada por um outro ser pois se encontrava ainda enferma pois mesmo tendo-se passado quase trinta anos de seu falecimento, como não aceitou a morte e sua situação, espírito algo endurecido, não consegiu ainda se desvencilhar dos fluídos deletérios que a fizeram desencarnar. A consulente teve então oportunidade de conversar com sua falecida mãe através da psicofonia da médium.

Neste caso os envolvidos tiveram a oportunidade de ver claramente como suas ações de vidas passadas se refletem em sua vida atual e acabaram descobrindo que a 'doença' de seu filho, que tanta dor lhes causa nesta vida, é decorrente de um trauma ocasionado por eles mesmos em uma vida passada. Certamente, assim como acontece com todos os seres de nossas relações que nos são próximos, este grupo de espíritos devem ter ainda várias outras passaagens terrestres e astrais juntos, que encheriam centenas de páginas com histórias e dramas semelhantes já vividos por eles no passado.

Como nos diz Ramatis, 'a semeadura é livre mas a colheita é obrigatória'. Colhemos hoje o que semeamos no passado e a assim, de uma vida a outra, temos a oportunidade abençoada de reparar as faltas cometidas por nós contra nossos companheiros de jornada.
Abraço.

GELSON CELISTRE