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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Sonhos e vidas passadas

Situações envolvendo tragédias coletivas, como naufrágios e guerras, geram uma carga emocional muito forte que impressiona fortemente os espíritos que delas participam. É comum ainda hoje encontrarmos espíritos que morreram em naufrágios e guerras no século passado, ainda presos àquela situação na dimensão astral sem conseguir reencarnar, assim como tbm encontramos espíritos encarnados atualmente que participaram dessas situações trágicas e que inconscientemente ainda se ligam a elas, retornando em desdobramento inconsciente a locais na dimensão astral onde o sofrimento e a mente de quem sofreu a tragédia plasmou um cenário onde ela se perpetua indefinidamente.


Estima-se em um milhão o número de mortos em
campos de concentração na Primeira Guerra Mundial.
Os sonhos podem ser janelas para essas vidas passadas, sinalizando que alguma coisa precisa ser feita em relação a esses eventos. Às vezes os sonhos podem ser diretamente relacionados com os eventos traumáticos, com imagens, flashs do que ocorreu, e outras vezes se misturam com outras coisas que estão em nossa mente ou pela qual estamos passando, como problemas familiares ou de trabalho.


No caso em questão, o consulente teve um sonho que ele relatou dessa forma: "... alguém me ligou e disse que minha mãe tinha sofrido um acidente com minha tia, [...] tinha um médico e pessoas que lembram pessoas do exército. [...] disse que tinha que fazer exames em mim, [...] me vi entrando num laboratório. [...] la dentro ele pegou uma injeção, pra colher meu sangue. [...] depois começou a tirar meu sangue, ele tirava de várias partes do meu braço, mãos e parecia até do osso, no final deixou uma agulha num dedo, com se fosse um tipo de cordão metálico."


Nesse sonho a representação visual de uma vida passada (conteúdo inconsciente) do consulente se misturou com fatos da vida atual, problemas ou situações pelas quais ele está passando (conteúdo consciente). Isso é o que geralmente acontece nos sonhos, uma mistura de conteúdos  inconscientes e conscientes de nossa mente.


Um psicólogo ou psicanalista provavelmente interpretaria esse sonho do consulente sob a ótica de desejos reprimidos, edipianos, etc., mas como temos alguma experiência espiritual e sabendo que o consulente tem mediunidade, além de eventualmente trocarmos algumas idéias pela internet sobre espiritualidade em geral, pois ele participa de nosso grupo de discussão no Yahoo, nós enxergamos mais coisas no sonho dele do que ele próprio.


Fomos investigar o sonho do consulente e nos deparamos com a seguinte situação: em uma vida passada do consulente na época da Primeira Guerra Mundial, ele foi prisioneiro num campo de concentração alemão, um dos quais eu fui o comandante, pois tbm vivi naquela época e fui um general alemão.


Nós usávamos os prisioneiros para tratar nossos soldados feridos e o consulente, que era prisioneiro, em determinado momento foi levado à enfermaria para que retirássemos o seu sangue e usássemos nos soldados feridos. Entretanto, não era uma "doação" de sangue como hoje em dia, o consulente/prisioneiro teve todo seu sangue retirado  e seu corpo foi jogado numa pilha de outros corpos de prisioneiros.


Além da extração sanguínea integral, tbm era comum serem extraídos membros dos corpos dos prisioneiros, o que invariavelmente os levava a morte, pois não se utilizava nenhum tipo de anestesia ou procedimento pós-operatório, os corpos eram mutilados e o corpo ainda com vida era jogado numa vala comum. Se um soldado chegasse com uma perna amputada por uma explosão, por exemplo, buscávamos um prisioneiro com porte semelhante e lhe amputávamos a perna, para tentar colocar no soldado, assim como tbm se amputavam braços e se retiravam órgãos internos dos prisioneiros para transplante. É claro que a maioria dos transplantes não dava certo mas mesmo assim as experiências e tentativas continuavam.


O consulente estava desdobrado nessa frequência na dimensão astral, juntamente com milhares de outros espíritos, alguns já encarnados como ele, e muitos ainda desencarnados. Nesses casos é comum tbm que alguns espíritos desencarnados comandem o local, pois devido à grande carga emocional desses locais e à ligação kármica dos espíritos ligados a eles, principalmente os encarnados, eles acabam podendo coletar uma grande cota de energia (ectoplasma) dos encarnados desdobrados que ficam presos ali, como o consulente.


Vários dos soldados e um oficial, que era o comandante, eram desencarnados e manipulavam a situação para extrair a energia dos encarnados desdobrados. Havia várias valas comuns onde os corpos mutilados eram jogados e enterrados. Como o cheiro ficava insuportável, eles começaram a queimar os corpos amontoados, mesmo muitos ainda estando vivos, antes de jogar terra sobre eles. Tbm havia galpões com vários outros espíritos doentes e mutilados.


Nos apresentamos naquele campo de concentração com a aparência que tínhamos naquela vida, pois este fora um dos campos que comandávamos, e ordenamos aos soldados que se reunissem num determinado local. Eles obedeceram e uma vez reunidos, foram todos presos, juntamente com o comandante que já havíamos prendido tbm. Os espíritos ali aprisionados foram todos resgatados e levados para hospitais no astral, sendo que os que eram encarnados tiveram suas mentes apagadas e foram encaminhados aos seus corpos físicos, como o consulente, embora alguns tenham sido levados tbm para hospitais, desdobrados, por estarem muito doentes e isso estar se refletindo no corpo físico deles.


O sonho do consulente era uma janela aberta para uma vida passada, que ele viu através de uma cortina com fatos da vida atual, e esse sonho permitiu que efetuássemos o resgate de milhares de espíritos sofredores, neste caso inclusive de espíritos que tiveram ligação direta conosco numa vida passada em comum. 


Abraço.




Gelson Celistre