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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Um pequeno capítulo da Inquisição

     A Inquisição foi um tribunal instituído pela igreja católica na idade média para investigar feitiçaria, heresia, etc.. Na prática era uma forma de coibir toda e qualquer oposição ao poder da igreja, representado na figura do Papa. Muitos de nós participamos desse 'movimento' em várias vidas durante aquele período, algumas vezes como algozes, outras como vítimas, e no caso abaixo, participamos (eu) como um padre que praticava feitiçaria. Vejamos o que se sucedeu.


     Na reunião manifestou-se um ser me dirigindo palavras pouco elogiosas, em função de eu ter cometido uma traição contra ele e outros, numa vida passada. Eram os idos de 1300, na Itália, e um grupo de membros do clero, padres, num total de 27, reuniam-se com regularidade para estudar e fazer experiências 'proibidas', onde se misturava a ciência com a magia.
     Ansiavam pelo conhecimento e faziam experiência com animais, com outros seres humanos e entre eles mesmos, experimentavam feitiços e magias que ouviam das pessoas 'comuns', possivelmenta acossadas por eles em função da Inquisição. Essa entidade e eu éramos membros desse grupo de 27. Segundo ele eu os traí e todos morreram por conta disso.
     Essa entidade era responsável por 18 cidades nas regiões umbralinas, de onde resgatamos todos os seres que lá se encontravam, uma quantidade bastante expressiva. Após o encaminhamento desses seres, inclusive da entidade manifestante, que teve sua mente vasculhada em busca de informações antes de partir, um outro padre daquele grupo se manifestou, afirmou que era mantido prisioneiro numa daquelas cidades pelo outro, a quem identificou como Onofre. Este sentia muitas dores e demos uma 'melhorada' nele, que comentou que eu 'ainda estava envolvido com magia' e então nos deu mais detalhes sobre o que ocorreu naquela existência.
     Ele disse que para a época éramos um grupo grande, 27 padres, e que nos movia o interesse em desvendar os mistérios da vida, pois tudo era proibido. Começamos então a fazer experiências de magia, experiências com animais, fazíamos tbm orgias sexuais e, segundo ele, quando indaguei se não sacrificávamos pessoas, ele disse que 'usamos' como cobaias dois serviçais que já 'estavam morrendo'.
     Esse ser afirmou que eu convoquei eles todos para um ritual onde todos fariam sexo com uma mulher que depois seria sacrificada. A idéia era a de que a troca de energias sexuais nos daria alguns 'poderes' ou algum tipo de 'força mágica'. Eu teria convocado a reunião com a intenção de entregá-los aos nossos maiorais, com a finalidade de me resguardar e de ser o único a deter o conhecimento de alguma coisa que imáginavamos saber ou possuir, ou seja, por interesses menos nobre, maldade, egoísmo, orgulho e vaidade.
     Eles foram descobertos e mortos, todos foram esquartejados, saindo eu incólume após essa inominável traição ao grupo do qual fazia parte. Aquela primeira entidade, o Onofre, tinha toda razão em me odiar mas, enfim, esse outro padre disse tbm que suas familias sofreram pq elas recebiam uma certa quantia a título de ajuda por conta deles serem padres, disse que seus familiares tiveram suas casas queimadas e sofream muitas privações pois deixaram de receber essa ajuda e ainda ficarm estigmatizados. Disse que naquela vida eu era 'rico' e não sofrera como eles.
     Após essas 'revelações' sobre meu passado trevoso, encaminhamos o tal padre para nossa equipe espiritual, que o ajudará a recomeçar sua jornada evolutiva em melhores condições.

Abraço.

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