Caso 'A'
Um caso interessante que tivemos há pouco tempo foi o de um consulente, um senhor já algo idoso, que nos procurou por sentir fortes dores em uma das pernas, sem causa aparente. Ao abrirmos a frequência do mesmo solicitamos que os médiuns investigassem primeiramente a perna do referido senhor, pois é comum nos colocarem 'apetrechos" no corpo astral, como pregos, estavas, larvas, punhais, instrumentos de tortura, etc. Eventualmente encontramos tbm algum 'chip' mas a frequência ultimamente tem sido maior de artefatos 'manuais' menos elaborados, como esses que citei. Os videntes logo perceberam um artefato semelhante a uma corrente de metal que identificamos como um cilício, uma correia usada na perna para se auto-penitenciar (vide o filme Código Da Vinci).
Cilício |
Solicitei para alguns membros que desmaterializassem o artefato, enquanto isso, 'puxei' o ser que o havia colocado e o fiz incorporar em um dos médiuns. Apresentou-se uma entidade muito cheia de si, pomposa, e afirmando que ele merecia aquilo e que não deveríamos retirar dele. Exigia respeito afirmando que ele era um arcebispo. Os médiuns captaram a situação da vida passada do consulente então, que era monge em uma organização religiosa e durante muitos anos enganou a todos fingindo se auto-flagelar com o uso do cilício. Ele andava sempre mancando, simulando que estaria se auto-flagelando, o que era considerado uma virtude entre seus pares. Ocorre que em determinado momento, o tal arcebispo descobriu a farsa e
então mandou cortar fora a perna do tal monge, nosso atual consulente. Em diáogo com o arcebispo, estre se mostrou muito orgulhoso e criticando muito o ex-monge, apregoando disciplina e regras que
deveriam ser cumpridas. Nesse ínterim foi mostrado a outro médium que o arcbispo mantinha em sua catedral no astral um calabouço com algumas mulheres que haviam sido prostitutas acorrentadas, e tbm uma outra ala onde jaziam alguns jovens, filhos de pessoas pobres que eram dados a igreja, e que com ambos os grupos ele mantinha 'relações'. Era um ser que gostava muito do poder que obtivera nesse cargo e se locupletava com ele de variadas formas, bem pouco éticas diríamos assim. Libertamos
todos os seres que se encontravam lá aprisionados e destruímos o local. Ao arcebispo, após muita conversa e com as tentativas de sempre de fazê-lo aceitar ajuda, inclusive com a presença de um espírito que foi sua mãe e que ele menosprezara, tanto naquela vida como agora, foi lhe facultado escolher se preferia ficar livre ou ir com nossa equipe espiritual, ao que ele escolheu sair só, pois disse que precisava de 'tempo para pensar', senti que ele ficou um pouco abalado mas não sei se a ponto de nos procurar novamente.
Fizemos mais uma 'varredura' no consulente e foi percebido uma outra entidade, que tentava se ocultar à visão dos médiuns, usando um chapéu e capa pretas. Fizemo-lo se manifestar através de um dos médiuns e durante a conversa, descobrimos que este ser era companheiro do consulente naquela mesma vida onde ele fora monge, mas que antes mesmo de entrar para a ordem religiosa, já pertencia a uma seita de adoradores do demônio e que entrara justamente para se infiltrar no seio da igreja com finalidades escusas. Ocorre que nesta encarnação, insatisfeito com sua situação financeira, o consulente, durante o desdobramento natural do sono, foi buscar auxílio com este seu antigo comparsa, fazendo um pacto com este para ficar rico na atual existência, provavelmente foi aí que ele sintonizou com seu outro amigo
arcebispo. Indagamos o que o consulente havia prometido em contrapartida ao seu antigo amigo bruxo (naquela época era comum sacrificios de humanos para entidades trevosas) atualmente para que
ficasse rico e este respondeu que ele tinha lhe prometido seu corpo. Obsevando com mais atenção nosso amigo de capa e chapéu pretos, os médiuns notaram que ele não tinha corpo astral e que se fazia notar
apenas pela capa e o chapéu, tirando isso só havia algo minúsculo como uma cápsula, do tamanho de um comprimido. Como ou se ele conseguiria utilizar o corpo astral do outro não sabemos, mas eles tinham esse acordo e o outro aguardava a morte do consulente para lhe cobrar o pagamento. Este ser não quiz saber de doutrinação de jeito nenhum e o deixamos aos cuidados da equipe espiritual, que melhor do que nós sabe como tratar com esses casos.
O interessante é que o consulente não tem noção consciente desse seu pacto e atualmente seu conhecimento sobre espiritismo ou magia é nenhum. Como foi bruxo no passado, possui habilidades esconhecidas em seu inconsciente, mas que, devido ao seu desejo de riqueza, ativou a fim de realizar seu desejo.
Caso 'B'
No atendimento de uma moça nos deparamos com um espírito junto dela, afirmando que não a deixaria, que ela era dele, que não conseguiríamos tirá-lo de perto dela, etc. A história deles é a seguinte: Ambos eram atores em uma trupe mambembe, há muito tempo atrás, e contracenavam juntos. O rapaz nutria sentimentos amorosos em relação à moça mas nunca teve coragem de se declarar. Em determinado momento, em uma das cidades onde estavam se apresentando, a moça conheçeu um outro rapaz que residia ali e pretendia abandonar o teatro para viver com ele. O seu colega de palco, inconformado, assassinou o outro rapaz, degolou a moça e se suicidou em seguida. Agora, pelas voltas que o destino dá, ele a encontrou nesta vida e vivia atormentando a moça, que reclamava justamente de que seus relacionamentos nunca dão certo, que nada vai pra frente, etc. Mas o que nos chamou a atenção não foi esta história, que apesar de dramática, é um tanto 'corriqueira'.
Já estávamos para liberá-la quando um dos médiuns captou uma voz 'xingando' a moça, dizendo que ela era arrogante, que não iria "roubar meu filho tbm", etc. Ao investigar do que se tratava o médium foi informado pela equipe espiritual que se tratava de uma pessoa encarnada. Procedemos então ao comando de acoplamento da mesma em outra médium e dialogamos com ela. Tratava-se de uma senhora que, em vida passada, teria oferecido emprego a esta moça, naquela ocasião tbm uma jovem, e parece que esta angariou a simpatia das pessoas que trabalhavam no local e, como tinha algum talento, se sobressaiu em relação à tal senhora.
Ocorre que nesta vida, a tal senhora é mãe de um rapaz que foi namorado desta moça. Provavelmente os sentimentos de 'posse' e 'ciúme' que esta mãe sente pelo filho provocaram o despertamento, em seu inconsciente, das recordações daquela existência onde ela nutriu um sentimento negativo por esta moça, pois ela ficou com o sentimento de que a moça a traiu e 'roubou' dela alguma coisa. Ao conversarmos com ela (a tal senhora 'incorporada' - o mental) esta disse que nesta vida até 'gosta' da moça, mas pelo desdobramento 'espontâneo' deduzimos que a carga emocional associada a esses eventos de seu passado é muito forte. Na verdade cremos que para que ocorra este tipo de fenômeno (desdobramento inconsciente e involuntário a nível consciente) é preciso uma carga energética emocional muito forte, associada a outros fatores como predisposição ao desdobramento (que pode ser 'fisiológica, cármica, etc.)
Tbm enquanto 'doutrinávamos' a tal senhora um outro espírito se manifestou através de outra médium para 'defender' a moça e 'acusar' a tal senhora, dizendo que ela era má, que a moça os defendia dela, etc. Este ser afirmava já estar em tratamento no astral e disse que lhe trouxeram ali para que ele pudesse falar. Apesar deste ser aparentemente ter vindo 'colaborar' no esclarecimento da história, lembramos a ele que os necessitados de médico são os doentes e não os sãos, e que naquele momento o doente era a tal senhora, que era quem nutria sentimentos negativos, e que ele deveria tbm perdoar e não sentir mágoa pelo que houve com ele ou com o que a tal senhora fez a ele. Eventualmente são trazidos ao grupo seres que já estão em tratamento no astral mas que não aceitam algum fato envolvendo sua vida e isso os impede de conseguir evoluir.
Um outro caso que tivemos desse tipo foi o de um rapaz que não aceitava o fato de que em sua última vida ter sido abandonado quando criança pela mãe. Disse ter passado a vida toda procurando por ela e quando a encontrou esta o rejeitou novamente. Este acontecimento o feriu muito profundamente e mesmo estando recebendo auxílio no astral não consegruia superar isso. Quando atendemos uma mulher que foi a mãe dele naquela vida, ele foi trazido ao grupo para ser esclarecido, ele queria saber o motivo de ter acontecido aquele abandono com ele. De pronto comandamos a regressão de memória nele e ele viu uma vida anterior àquela em que foi abandonado. Ele era sogro da mulher que foi sua mãe na vida seguinte e arrancou de seus braços o filho recém-nascido e ela nunca mais o viu. Ele ficou emocionado pois disse que viu o leite escorrendo do seio dela quando ele arrancou o bebê de seus braços e as lamentações dela. Muitos de nós ainda precisam desse tratamento 'de choque' para aceitar o inevitável, que é a justiça divina.
Gelson Celistre