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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Relacionamentos no ambiente de trabalho


     Mulher na faixa dos 40 anos, divorciada, mãe de três filhos, e que solicitou atendimento pelos seguintes motivos: dificuldades nos relacionamentos no ambiente de trabalho com colegas e chefia e tbm nos relacionamentos afetivos, inclusive com um dos filhos. Afirma que fez terapia de vidas passadas (TVP) onde surgiram duas vidas relacionadas a comando de trabalhadores em trabalho exaustivo, e ainda segundo a consulente: "Nas TVPs apareceram memórias de vidas passadas em que comandava trabalhadores em construções de períodos remotos (Atlântida e Egito); em outras lidava com rituais (tribo celta, Egito, Grécia e Tibete) e curandeirismo na Alemanha; com participação direta em  guerras na Europa, uma no comando de um exército  e noutra como mensageiro; Em relação ao meu ex-marido foram rememoradas 8 existências com alternâncias do papel vítima-algoz entre nós."   A consulente reclama ainda de ter o sono pesado e acordar cansada e com o corpo dolorido. Por fim, ela afirma: "Sinto-me exaurida, como se as cobranças dos indivíduos que prejudiquei em vidas anteriores estivessem vindo por toda a parte. 


     De fato a impressão que a consulente tem de seus problemas está de acordo com a realidade, pois é exatamente isto que está acontecendo: ela está sofrendo uma cobrança muito grande de espíritos aos quais ela fez mal em vidas anteriores. Esse tipo de situação acontece com TODOS nós e ter que sofrer as consequências na vida atual de nossos atos de vidas passadas faz parte do processo evolutivo. Só que nós não somos agora os bonzinhos que sofrem sem saber o porquê e na grande maioria dos casos como esses as pessoas estão AINDA fazendo mal a outros espíritos, em estado de desdobramento, na dimensão astral, e isto potencializa e aumenta os efeitos do karma negativo que elas estão resgatando na vida atual. Este é o caso da consulente, que estava desdobrada no astral em seis frequências diferentes onde o número de espíritos aos quais ela estava provocando sofrimentos estava na casa dos milhares.
Sobre a TVP - Alerta aos terapeutas
      Apesar de não sabermos com quem ela fez a TVP, podemos afirmar que de fato ela teve acesso a memórias de vidas passadas dela, pois as que ela relatou são condizentes com o que vimos em nosso atendimento, e algumas das vidas passadas que vimos até podem ser as mesmas. O alerta que fazemos sobre a TVP, e aqui ele vai principalmente para os terapeutas, é que não basta apenas relembrar uma vida passada para se resolver um problema da vida atual. Mesmo que a vida passada acessada na TVP seja relacionada com algum problema da vida atual, que geralmente é o que acontece, a simples lembrança não resolve nenhum dos problemas que a pessoa possa estar vivenciando no presente.
      Em muitos dos casos de pessoas que fazem TVP não só os problemas que elas foram tratar não se resolvem, como no caso da consulente, como ainda pioram. Isso pq essas vidas passadas (que chamamos de frequências) são abertas, ativadas, e não são trabalhadas. E o trabalho que tem que ser feito nelas é resgatar os espíritos que estão envolvidos nela e não apenas a pessoa que está se tratando. Sobre isso vejam esse relato no meu blog de TVP: Perigos de uma regressão mal-feita.
     No atendimento da consulente encontramos ela desdobrada em seis frequências diferentes.
O capataz
É noite e um grupo de negros corre furtivamente pela floresta. Alguns homens a cavalo os perseguem e dentre esses um se destaca pelo semblante rude e o ódio no olhar, chapéu escuro, barba rala, alto, magro, a pele queimada pelo sol, é o capataz. Castigar e torturar os negros escravos parece lhe proporcionar um grande prazer e ele não se priva disso.
Escravo sendo açoitado.
Os escravos fugitivos foram todos capturados e o líder da fuga teve um tratamento especial. Após ser açoitado por um dos empregados da fazenda o próprio capataz o espancou com um pedaço de pau. A surra foi tão grande que o escravo ficou aleijado de um dos braços, ficou mancando de uma perna e perdeu a visão de um olho.
O capataz violentava as escravas e tbm matou várias crianças da senzala. Houve um incêndio na senzala e ele mandou manter as portas fechadas para que nenhum escravo saísse. Todos que estavam na senzala morreram. Este fato inclusive nos chamou a atenção pq um escravo custava caro ao fazendeiro e o feitor não estava protegendo o investimento de seu patrão. Investigando isso descobrimos que ele havia envenenado o dono da fazenda, que vivia sempre doente por conta disso, e ele é quem tomava as decisões na fazenda.
Enquanto ele se comprazia observando as chamas e ouvindo os gritos dos negros sendo queimados, ao seu lado pairava uma sombra, uma entidade das trevas. Essa entidade recolhia e aprisionava os negros assim que eles desencarnavam no incêndio. O capataz e a sombra que o acompanha são companheiros de longa data.
Embora os eventos físicos dessa tragédia tenham ocorrido há centenas de anos, na dimensão astral grande parte daqueles espíritos ainda estavam presos naquela situação, como o dono da fazenda e muitos escravos que morreram no incêndio, pq o ser das trevas ainda os mantinha cativos. Além disso a consulente, que naquela vida era o capataz, estava desdobrada lá tbm vigiando os negros e os torturando sempre que podia.
Efetuamos o resgate dos espíritos e prendemos o ser das trevas. A consulente teve a frequência de capataz apagada de sua mente. O escravo que foi cruelmente espancado pelo capataz na vida atual é seu ex-marido.
O centurião
Na época do Império Romano encontramos a consulente agora como um oficial romano, supervisionando a construção de um templo. Os trabalhadores são escravos e são tratados na base do açoite. Os romanos obrigam os escravos a trabalhar até a exaustão, até a morte, e então os substituem por outros. Vimos o  momento em que um dos trabalhadores escravos foi acusado de roubar alguma coisa e seu castigo foi ter três dedos da mão cortados. Mas mesmo assim ainda teve que continuar trabalhando. Este homem na vida atual tem um cargo de chefia onde a consulente trabalha.
Nesta frequência tbm estava lá a consulente desdobrada, assim como seu chefe, e vários outros espíritos ainda desencarnados, revivendo constantemente aquela situação. Foram todos resgatados e a frequência da consulente e do seu chefe foi fechada.
A mina de ouro
Em outra vida passada da consulente ela foi pega pela febre do ouro. Ela era um homem e era mineiro. Enquanto cavavam a picaretas o solo pedregoso da mina tentando encontrar uma pepita, um desmoronamento provocou o isolamento de vários mineiros, inclusive da consulente, numa parte da mina. Depois de oito dias preso a consulente acabou morrendo por conta de um gás tóxico que havia no solo e que foi liberado com o desmoronamento. Muitos espíritos ainda estavam presos lá e foram resgatados.
Esta frequência foi aberta para que os outros espíritos que morreram lá e não reencarnaram fossem resgatados e assim a consulente obtivesse algum "crédito kármico", mesmo que indireto, para ser atendida por nós.
Aborígenes
Num passado muito remoto a consulente viveu numa tribo aborígene. Nessas culturas é comum a existência de rituais de passagem, que marcam o ingresso dos jovens na vida adulta. Nessa tribo eles faziam testes envolvendo a caça e a luta, onde os jovens tinham que demonstra coragem e força para serem aceitos no rol dos homens da tribo e não mais serem vistos como crianças. O xamã da tribo era quem executava esses rituais.
Porém o castigo que o xamã impunha aos que não passavam no teste e que ele considerava inaptos era bastante cruel. Duas enormes toras de madeira eram penduradas por cipós em árvores em sentido horizontal, uma de frente para outra a certa distância, e eram soltas em um movimento de pêndulo. Elas se chocavam com muita intensidade e o castigo de quem não passava no teste era ter um dos braços esmagados por estas toras. Além desse castigo eles ainda eram banidos da tribo.
Os jovens que eram submetidos a esse castigo ficavam muito revoltados. Muitos morriam logo em seguida pois não conseguiam sobreviver sozinhos apenas com um dos braços, tendo que caçar e lutar para sobreviver. Isso ocorreu durante muito tempo nessa tribo e atualmente, cinco deles ainda estavam desencarnados e presos naquela frequência, além da consulente e de seu ex-marido. A consulente foi um dos jovens que teve seu braço esmagado e o xamã é o seu ex-marido na vida atual. Os espíritos foram resgatados e a consulente e o ex-marido tiveram essas frequências fechadas.
Segunda Guerra Mundial
Encontramos a consulente em sua vida passada, anterior à vida atual, num campo de concentração nazista. Na verdade a vimos em vários campos, na fase de construção deles, pois ela era um oficial nazista que comandava os operários, que eram judeus que seriam presos e morreriam nesses mesmos campos que ajudavam a construir.
Resgatamos muitos espíritos ainda presos nessa frequência e fechamos a frequência da consulente. Embora para nós aqui a guerra tenha acabado a muito tempo, mais de 50 anos, no astral 50 anos pode ser como um piscar de olhos, e dos muitos milhões de espíritos (algo em torno de 60 milhões) que morreram, muitos ainda não reencarnaram e continuam vivendo a guerra constantemente, seja como soldados ou como prisioneiros, além disso muitos que já reencarnaram voltam a esses locais no astral desdobrados.
Tempo presente
Após trabalharmos essas frequências de vidas passadas da consulente, mas onde ela se mantinha ativas no astral fazendo o mal a outras pessoas, nos deparamos com uma situação da consulente da vida atual. Foi visto um prédio de vários andares e com várias salas. O estranho é que nessas salas as pessoas que trabalham nelas estão amarradas em suas cadeiras e muito irritadas por conta disso.
Essas pessoas são colegas de trabalho da consulente e adivinhem quem as prendeu? Isso mesmo, a própria consulente. E logo que começamos a soltar as pessoas e as mandar de volta ao corpo ela mesmo apareceu em desdobramento tentando nos atacar, eu e a médium que estava desdobrada lá. Tivemos que paralisar a consulente e mandá-la de volta ao corpo físico.
 Conclusão
A consulente está convivendo na vida atual com espíritos aos quais ele fez muito mal em vidas passadas e a cobrança que ela sente não é nem de espíritos desencarnados mas de pessoas que convivem com ela e que não gostam dela. Na realidade ela é quem estava obsidiando os colegas de trabalho e embora eles não tenham conhecimento do fato, a antipatia que ja sentiam por ela é potencializada por conta disso. Sem contar as frequências de vidas passadas onde ela tbm era o obsessor de espíritos desencarnados.
Quando reencarnamos nós esquecemos os fatos de vidas anteriores mas trazemos conosco a memória emocional. Se reencontramos na vida atual uma pessoa que foi nossa amiga ou inimiga em vida passada nós não vamos lembrar de coisas que vivemos com essa pessoa, mas o sentimento que tínhamos por ela aparece automaticamente. Por isso podemos gerar antipatias ou simpatias nas pessoas que convivem conosco no trabalho ou escola, mesmo sem nos conhecermos, à primeira vista. 
A lei do karma sempre age no sentido de nos beneficiar, mesmo que estejamos ainda agindo mal no astral, como no caso da consulente e resgatando um karma difícil, o que nos acontece é sempre o melhor que podia acontecer.
Gelson Celistre

domingo, 5 de dezembro de 2010

Desunião familiar

     A queixa da consulente era a desunião familiar, é cada um para o seu lado, os filhos não se entendem com os pais, etc. Tbm afirma sentir muita ansiedade e, questionada, disse que sempre acorda cansada. O sono é um período de refazimento do organismo e se a pessoa acorda cansada frequentemente isso é indício de que, enquanto dorme, está dispendendo muita energia.
     A maneira mais comum de gastarmos energia durante o sono é fazendo sexo na dimensão astral mas tbm ocorre comumente por conta de obsessões. Em muitos casos isso tbm ocorre por conta de outras atividades, frequentemente realizadas em locais de baixa frequência, ou seja, em regiões umbralinas densas. A ligação com grupos de espíritos desencarnados (bolsões) vivendo em sofrimento tbm pode ser um fator.
     Inicialmente a encontramos desdobrada num calabouço. Estava amarrada e era espancada rotineiramente, apresentava feridas por todo o corpo, já putrefatas e com vermes sobre elas. Quem a espanca é seu marido da vida atual, em razão de ambos estarem sintonizados numa frequência de vida passada onde viveram um drama muito desagradável.
     Na época da escravidão no Brasil a consulente era uma 'escrava branca' (devia ser mestiça, filha de uma escrava com algum homem branco) e trabalhava na 'casa grande'. O senhor dos escravos gostava dela e queria 'desfrutar' de seus dotes físicos mas ela se recusava a 'se deitar' com ele pq era apaixonada por um outro escravo. Esse outro escravo daquela vida é o filho atual dela.
     Havia muitos escravos nessa frequência que foram resgatados, Naquela existência a consulente acabou se suicidando ingerindo uma planta venenosa,  que tinha umas bolotinhas verdes. Nessa mesma vida encontramos a filha atual da consulente, que era então a esposa do senhor da fazenda, e apesar de sentir ciúmes da paixão do marido pela escrava, a admirava por ela ter coragem de enfrentar o 'patrão'.
     Enquanto resolvíamos essa questão dois dos médiuns sentiram algo em seus pescoços, fomos averiguar e viram que um espírito com roupa e chapéu pretos havia colocado grilhões em seus pescoços. Puxamos ele para incorporação numa das médiuns e conversamos um pouco com o cidadão, era o capataz da fazenda de escravos. Estava feliz por ter nos encontrado!
     Ele identificou quatro dos médiuns do nosso grupo como escravos que tinham fugido da fazenda onde ele era capataz, aliás por conta disso ele foi açoitado. Ele jurou a si mesmo que encontraria todos, e os prenderia, um por um. Além dos quatro escravos da fazenda dele, ele me identificou tbm como sendo escravo de uma fazenda vizinha e que tbm havia fugido. O sujeito morreu velho e cansado, foi atacado por uma onça, e nem tinha noção de que estava morto. Adormecemos ele e deixamos que a equipe espiritual o levasse.
     Durante o atendimento desses seres um outro observava e logo em seguida incorporou. Era uma escrava negra que foi torturada  e morta pela consulente em outra vida passada dela onde, dessa vez, ao invés de escrava a consulente era esposa do senhor dos escravos.
    Como seu marido tivesse uma certa predileção por essa escrava, a consulente ficou enciumada e descontou sua ira na escrava, que nem dormia com o patrão por querer, mas por ser obrigada. A consulente mandou enterrar a negra escrava por cinco dias num formigueiro, deixando apenas a cabeça de fora, e depois a matou com golpes de machado na cabeça. Foi curada e adormecida, depois foi resgatada junto com mais um monte de escravos nessa frequência.
     Havia tbm uma bruxa, ligada a um calabouço cheio seres presos, principalmente crianças presas, era uma antiga conhecida da consulente, que a procurara em outra vida para fazer um pacto, em busca de riqueza, e já trabalhara para ela em várias ocasiões, algumas vezes quando estava encarnada, outras em períodos inter-vidas no astral, etc.  
     Resgatamos as crianças presas e durante o resgate agrediram o médium com uma espada, era o espírito que vigiava  o local. Incorporado, estava apavorado dizendo que iam 'arrancar o couro dele'. Aproveitamos ele apenas pra puxar o chefe do local, este, tbm incorporado, estava revoltado.
     Estávamos abrindo as celas pra retirar os prisioneiros e quando puxamos o 'chefe' ele transformou as portas das celas em paredes de pedra. O médium que estava lá pediu ajuda à equipe e eles desmancharam tudo.
O tal 'chefe' quando chegou disse que faz meses que eu estou tentando 'chegar nele' e que agora conseguimos, mas que a gente desmancha e ele monta tudo de novo. Descobrimos que esse calabouço tbm tinha ligação com um hospício e haviam diversos seres que estavam 'emparedados'.
     Nesse hospício, que devia ser mais uma sucursal do inferno, os doentes que estavam velhos eram emparedados, quase vivos, antes de fechar eles dentro da parede eles abriam a barriga com uma lâmina, a fim de espalhar o sangue dentro desse nicho na parede, que era lacrado. A finalidade era manter o espirito preso ali. A própria equipe retirou esse ser da médium e o levou, não tinha muito o que fazer com ele, tinha plena consciência de estar fazendo o mal, das consequências, mas não queria mudar.
     Havia ainda uma cigana com a consulente, bebendo um cálice de sangue, era a própria consulente desdobrada, na frequência de uma outra vida onde fez um pacto com um cigano de bigodes, algo a ver com amor eterno, o cigano é o marido atual. Poderia ser apenas uma ressonância sem maiores consequências, mas a cigana ia pra sua tenda, onde funcionava um cabaré. Memória despolarizada em ambos.
     Identificamos tbm uma 'pomba-gira', ligada à consulente por conta de um trabalho de magia que foi encomendado há varios anos, onde sacrificaram um galo, e que ainda estava ativo, mesmo tendo mudado os interesses de quem contratou o feitiço. O trabalho foi desfeito e a gira retirada.
Além de tudo isso, ainda havia uma outra frequência ativa da consulente onde desdobrada ela realizava sacrificios humanos, mais precisamente de crianças e de bebês, onde eles tinham seus corpos abertos com uma adaga, eram retirados os órgãos internos, que eram comidos, e o sangue era bebido. Foi despolarizada dessa frequência.
     A presença na mesma família desse grupo de espíritos, que tinham essas ligações da época da escravatura, fez com que abrissem essas frequências de vidas passadas e se ligassem a esses bolsões de espíritos, abrindo brechas para outras frequências, como a da bruxa e a da cigana. A falta de espiritualidade/religiosidade tbm contribui bastante para a abertura dessas frequências de vidas passadas. A melhora nas relações entre esses familiares vai depender principalmente da mudança interior, da conscientização da necessidade da espiritualização, da busca por uma mudança de padrões mentais e emocionais, etc. É uma tarefa que compete a cada um individualmente e que não pode ser feita por outra pessoa.


Gelson Celistre.

sábado, 2 de outubro de 2010

O capataz

     A filha de uma das médiuns do grupo estava vendo em sua casa um espírito, um homem vestido de roupa preta, com uma capa. A própria médium mãe da menina tbm viu este ser. Fui até a casa dela para realizarmos uma sessão, haja vista que ela se encontrava impossibilitada de sair por conta de um acidente doméstico, a fim de 'encaminharmos' o tal ser.


     Pela descrição imaginei que fosse algum ser trevoso, um mago ou 'exu' desses de terreira de macumba, mas conversando com o cidadão incorporado na médium percebi que ele não sabia nem que havia morrido. Ele cuidava daquelas terras, onde hoje a médium reside, e estava muito preocupado com os 'italianos' imigrantes, uns gringos que iriam chegar e sobre os quais seu patrão já lhe havia alertado.
     O patrão do capataz temia que esses imigrantes invadissem suas terras e cobrava muita atenção de seu empregado. Próximo dali, na dimensão astral ainda havia um grupo de negros escravos que pertenciam ao fazendeiro. 
     Nossa cidade, São Leopoldo (RS), fica no vale do Rio dos Sinos e foi fundada em 1824 por imigrantes alemães. Os italianos se estabaleceram a cerca de 100 km ao norte, na região da serra gaúcha, mas só chegaram algumas décadas depois. Este espírito se encontrava perdido no espaço há quase duzentos anos, sem ter a menor noção de ter morrido.
     Perguntei a ele se não notara que havia muito mais casas agora no local e ele disse que percebeu, mas que achou que eram as casas dos empregados da fazenda. Como o espírito fica num estado meio que de torpor, ele confundia-se entre a dimensão astral e a física. É provável que quando morreu tenha se localizado numa região do astral ligada vibratoriamente a essa localidade fisica e que, com o passar dos anos, como fosse sofrendo atração da massa planetária (rebaixamento vibratório) foi ficando cada vez mais próximo da crosta, embaralhando-se para ele as duas dimensões.
     Mas enfim, conversando fiz ele lembrar de como tinha morrido, pois ele nem sabia estar 'morto', e ele viu que foi seu próprio patrão quem o matou com um tiro nas costas por achar que ele não estava cuidando direito das terras. Este ser foi resgatado sem maiores problemas, assim como uma senzala próxima, onde vários escravos negros ainda viviam, em iguais condições sem saber que estavam desencarnados.



Gelson Celistre.