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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Uma bruxa em desdobramento inconsciente

Uma situação muito comum para nós na apometria mas que não é estudada pelos seguimentos espíritas mais conservadores é o desdobramento inconsciente. Como a pessoa que está em desdobramento geralmente não sente nada de anormal e tbm nem sabe que isso existe, é algo difícil de ser percebido e somente num atendimento apométrico é que acabamos percebendo que isso está ocorrendo com a pessoa.


O desdobramento inconsciente é um estado onde a pessoa encarnada encontra-se desdobrada (fora do seu corpo físico, em corpo astral) na dimensão astral. Nesses casos geralmente o grau de consciência da pessoa no desdobramento é limitado e ela costuma se apresentar com a personalidade de uma outra vida, ou às vezes com a junção de várias personalidades que possuem frequência semelhante.

Por exemplo, uma pessoa que já foi bruxa em várias existências passadas pode se desdobrar e aparecer no astral como uma bruxa, tanto com as memórias (personalidade) que ela tinha em uma dessas vidas como com a memória de mais de uma dessas vidas onde foi bruxa. E pra quem acha que as bruxas só faziam poções do amor e remédios com ervas, saibam que as atividades mais comuns delas envolviam sacrifícios humanos, principalmente de crianças.

Essa consulente é uma mulher jovem, menos de 30 anos, professora, tem "rinite alérgica também desde criança e fortes dores no estômago quando me incomodo. Na adolescência surgiram as dores de cabeça e atualmente também no pescoço, muito seguidamente." O pais são separados, sendo que o pai é alcoólatra, e há um distanciamento entre eles (pai e filha). Tem um histórico de algumas relações amorosas que não deram certo pq "sempre algum problema acontece e meus namoros acabam, ficam insustentáveis." O pai atualmente está com câncer e ela tem a percepção de que precisa se "resolver com ele antes que queira que algum relacionamento meu dê certo." Ela tbm relata que "me estresso com os alunos por tentar ensinar e a maioria deles não se interessar em aprender, .."


Esses fatos sobre a consulente são importantes para que se perceba as relações da vida dela no plano físico com o estado de desdobramento inconsciente em que ela estava quando a atendemos. Os eventos que ocorrem em nossa vida (situação familiar, relacionamentos amorosos, problemas de saúde, etc.) muitas vezes despertam lembranças e desejos em nosso inconsciente e isso pode provocar situações de desdobramento inconsciente, às vezes como uma fuga ou compensação da realidade, outras vezes como forma de nos proteger, outras para nos vingarmos de alguém, etc.

Como é comum convivermos com pessoas ao nosso redor que já são nossos conhecidos de várias vidas, e com as quais já tivemos vários tipos de relação (marido/mulher, pai/filha, amante, amigos, inimigos, etc.) a presença dessas pessoas em nossas vidas recriando situações similares às que ocorreram em outras vidas ocasionalmente se abrem frequências de vidas passadas que tbm podem induzirnos a um estado de desdobramento inconsciente, principalmente se nessas vidas houver seres ligados a nós ainda vivendo na dimensão astral.

Inicialmente vimos que o pai da consulente, em desdobramento inconsciente, a persegue e prejudica seus relacionamentos, por não estar conformado com a situação da vida atual, onde é pai dela, em função de lembrar em desdobramento que ela já foi mulher dele em pelo menos duas outras vidas. O que se pode fazer nessas situações é apagar essa lembrança da mente inconsciente dele para tentar evitar que isso ocorra, mas como ambos possuem ligações fortes de várias vidas nem sempre o efeito é o desejado ou ao menos duradouro, pq depende dos sentimentos que nutrem um pelo outro.

O mais interessante nesse caso foi o desdobramento inconsciente da própria consulente, que antes mesmo de entrar fisicamente na sala de atendimento, entrou em desdobramento e se posicionou ao lado de uma das médiuns, que está grávida, e tentava convencê-la a lhe dar o filho assim que nascesse. Ela queria o bebê para sacrificá-lo em um ritual demonìaco. Ela estava em sintonia com uma vida passada dela onde era uma bruxa que, para obter mais poder, sacrificou o próprio filho recém-nascido para o demônio, acreditando que isto aumentaria o poder dela.

A consulente estava vivendo uma vida dupla pois em desdobramento ela ia para um local no astral onde se reunía com outra bruxas e continuavam a fazer seus rituais macabros. Nesses casos as entidades desencarnadas gostam e precisam de um encarnado desdobrado entre eles para terem um bom aporte de energia, pois somente os encarnados possuem ectoplasma. Como geralmente estão com a consciência limitada no desdobramento agem como marionetes das desencarnadas.

As dores de cabeça e estômago são em virtude dela estar constantemente em contato com energias densas, tanto das vítimas dela ainda presas na dimensão astral como das outras bruxas. Os problemas de relacionamento já vimos que tinham uma ajuda do pai dela (em desdobramento inconsciente pois ele ainda está vivo). O trabalho dela com crianças tbm ajudou a manter essa frequência aberta pois como ela se irritavba com o comportamento das crianças acabava sintonizando mais com as atividades dela como bruxa no passado, onde as crianças eram um objeto que ela usava para aumentar os poderes que tinha, pelo menos era o que ela pensava.

Abraço.

Gelson Celistre

sábado, 2 de outubro de 2010

O capataz

     A filha de uma das médiuns do grupo estava vendo em sua casa um espírito, um homem vestido de roupa preta, com uma capa. A própria médium mãe da menina tbm viu este ser. Fui até a casa dela para realizarmos uma sessão, haja vista que ela se encontrava impossibilitada de sair por conta de um acidente doméstico, a fim de 'encaminharmos' o tal ser.


     Pela descrição imaginei que fosse algum ser trevoso, um mago ou 'exu' desses de terreira de macumba, mas conversando com o cidadão incorporado na médium percebi que ele não sabia nem que havia morrido. Ele cuidava daquelas terras, onde hoje a médium reside, e estava muito preocupado com os 'italianos' imigrantes, uns gringos que iriam chegar e sobre os quais seu patrão já lhe havia alertado.
     O patrão do capataz temia que esses imigrantes invadissem suas terras e cobrava muita atenção de seu empregado. Próximo dali, na dimensão astral ainda havia um grupo de negros escravos que pertenciam ao fazendeiro. 
     Nossa cidade, São Leopoldo (RS), fica no vale do Rio dos Sinos e foi fundada em 1824 por imigrantes alemães. Os italianos se estabaleceram a cerca de 100 km ao norte, na região da serra gaúcha, mas só chegaram algumas décadas depois. Este espírito se encontrava perdido no espaço há quase duzentos anos, sem ter a menor noção de ter morrido.
     Perguntei a ele se não notara que havia muito mais casas agora no local e ele disse que percebeu, mas que achou que eram as casas dos empregados da fazenda. Como o espírito fica num estado meio que de torpor, ele confundia-se entre a dimensão astral e a física. É provável que quando morreu tenha se localizado numa região do astral ligada vibratoriamente a essa localidade fisica e que, com o passar dos anos, como fosse sofrendo atração da massa planetária (rebaixamento vibratório) foi ficando cada vez mais próximo da crosta, embaralhando-se para ele as duas dimensões.
     Mas enfim, conversando fiz ele lembrar de como tinha morrido, pois ele nem sabia estar 'morto', e ele viu que foi seu próprio patrão quem o matou com um tiro nas costas por achar que ele não estava cuidando direito das terras. Este ser foi resgatado sem maiores problemas, assim como uma senzala próxima, onde vários escravos negros ainda viviam, em iguais condições sem saber que estavam desencarnados.



Gelson Celistre.