Uma jovem grávida, mãe solteira pois o pai não queria assumir a paternidade, isso há 90 anos atrás, desesperada, se jogou num poço e morreu afogada. Mas nós descobrimos que a moça só cometeu o suicídio porque o rapaz que a engravidou era de uma família importante na época e que não queria o nome do filho associado a uma moça pobre. O pai do rapaz foi com ele num pai-de-santo que fez um trabalho de magia negra para a morte da moça.
No astral antes de cometer o suicídio, em desdobramento, a moça pegou o bebê que carregava e colocou junto de uma mulher, vizinha dela, que estava grávida de uma menina, numa tentativa de proteger o bebê. O bebê da suicida ficou grudado nessa vizinha e quando ela deu a luz a sua menina o bebê da suicida ficou grudado nessa menina, que cresceu, casou, e aquele bebê nasceu como filha dela.
A suicida por sua vez ficou muitos anos presa no fundo do poço sem poder sair e quando conseguiu foi atraída para perto de seu bebê, então já uma mulher adulta, com quem estava até agora. Foi essa mulher que atendemos e ela nos relatou que certa vez foi em um senhor que lia cartas e ele disse que havia uma afogada junto dela, e que perguntasse a sua mãe, pois era uma vizinha dela que se suicidou num poço.
A mãe da mulher nem sabia dessa história e perguntou a uma irmã, uns 10 anos mais velha que ela, sobre o fato, sendo que a irmã confirmou a história, dizendo que uma vizinha se matou se jogando dentro de um poço, quando ela ainda estava na barriga da mãe. Em outra ocasião a mulher esteve em um terreiro e lá também lhe disseram que havia uma entidade afogada na família ou algo parecido.
O espírito da suicida estava ainda muito doente, debilitado, e queria muito ser resgatado. Essa mulher que atendemos é espírita e em vários locais onde esteve, além dessas duas vezes que viram a afogada, ela nunca foi ajudada. Também havíamos atendido essa mulher uma vez, mas ela tinha outras questões mais urgentes a serem tratadas e a suicida não apareceu. Desta vez porém ela lembrou de relatar esses fatos e então nós resgatamos a suicida.
A vizinha da suicida, que é a mãe dessa mulher que atendemos, já foi mãe tanto da suicida quanto do bebê dela em outras vidas. Também foram grandes amigas em outras vidas e são espíritos com afinidade.
Numa das vidas onde foram irmãs, tinham em torno de uns 9/10 anos, ficaram órfãs de mãe e seu pai se casou novamente com uma mulher que já tinha um filho pequeno, de uns dois ou três anos. As irmãs não gostaram do menino, achavam ele muito chato, e ele tomava a atenção do pai delas, o que as deixava muito enciumadas.
As duas irmãs então resolveram dar um fim no menino. Levaram ele para brincar num riacho próximo, deixaram-no brincando na beira da água e ficaram afastadas observando até que ele caísse na água e morresse afogado. Esse espírito que elas provocaram a morte era o mesmo que foi pai do rapaz que engravidou a suicida e que contratou um trabalho de magia negra que provocou a morte das duas irmãs, então mãe e bebê, por afogamento quando ela se jogou no poço.
A vida em que elas, a suicida e o bebê que ela estava esperando, geraram esse carma foi no final dos anos 1800, então nesse caso levou pouco mais de 100 anos para que a dívida fosse cobrada. Quando o resgate kármico ocorre num intervalo muito pequeno de tempo os envolvidos ainda não tiveram tempo de gerar karma positivo para contrabalançar o karma negativo que possuem e por isso as circunstâncias do resgate acabam sendo muito parecidas com o fato gerador do karma, quase na base do olho por olho.
Gelson Celistre
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