Puxamos o espírito que anos atrás induziu a consulente a abrir essa loja e ele disse que estava apenas fazendo seu trabalho, que foi contratado para isso e fez bem feito. Essa entidade tinha sido escravo em 5 vidas passadas, veio da África na primeira delas, e nas frequências dessas vidas passadas dele resgatamos mais de 4500 escravos.
Em uma das vidas ela foi um homem na França, era padeiro, e rezava muito para uma santa qualquer pedindo que os fregueses comprassem muitos produtos dele, desejava muito ganhar bastante dinheiro. Sempre acendia uma vela para esse santa. Essas rezas e o desejo dele atraíram o espírito de uma mulher que induzia as pessoas a comprar tudo que ele oferecia. Essa vida foi há mais de 200 anos e aquele espírito que ajudava o padeiro ainda estava lá recebendo orações dos moradores daquela vila francesa.
Era uma mulher que viveu naquela vila onde o padeiro tinha seu negócio, nasceu numa família muito pobre e era aleijada, tinha uma perna mais curta, e era meio deformada. Ela vivia pedindo esmola na frente da igreja e quando morreu ficou por ali mesmo.
Ela percebeu que as pessoas ao rezar emanavam energia e que ela se aproximando absorvia essa energia e se sentia melhor. Também percebeu que conseguia saber o que as pessoas queriam, o que estavam pensando, e começou a ajudar para receber as orações delas. Com o tempo começou a se achar uma santa. Conversei com ela e no fim das contas ela vai trabalhar num posto no umbral em busca de sua santidade.
Enquanto estávamos encaminhando a santa, o médium viu um espírito masculino, meio barrigudo, e com um avental marrom querendo ser resgatado, ele era da mesma região da França que a santa. Conversei com ele, perguntei o que ele fazia e ele disse que era encarregado da segurança da vila, mas senti que não era bem isso, e perguntei se ele não era um carrasco.
Ele ficou sem jeito, não queria responder, ficou com medo que se dissesse o que fazia eu não o ajudaria. Disse a ele que se queria minha ajuda tinha que ser honesto, então ele disse que trabalhava para o Estado, para a Suprema Corte, sim era um carrasco.
Perguntei quantas pessoas ele havia executado e ele respondeu que foram 3, pois a vila era pequena. Carrasco era uma função hereditária na França e seria muito pouco provável que ele tivesse executado apenas 3 pessoas durante toda sua vida. Insisti e perguntei quantas pessoas ele executou, não apenas na vila, mas no total, e aí ele respondeu que no total eram 26, mas que eram invasores.
Disse a ele que estava preso ali porque as pessoas que ele executou também estavam e que se ele queria ser resgatado elas também precisavam ser. Pedi para me mostrar onde elas estavam e ele mostrou um poço onde os corpos estavam todos jogados amontoados uns por cima dos outros. Resgatamos os executados e o carrasco.
Na outra vida passada da mulher ela também era homem e era um mascate, tinha muita lábia e fazia as pessoas comprarem coisas que não queriam e não precisavam. Poderia ser apenas um bom vendedor, mas ele carregava um patuá no pescoço e resolvi investigar.
Não deu outra, o patuá era de um trabalho para ele ficar protegido, não ser enganado por caloteiros, para vender bem, e claro que tinha um espírito junto induzindo as pessoas a comprar, não era apenas a lábia do sujeito.
O espírito que o acompanhava naquela vida também estava desencarnado, puxei ele para conversarmos, ele teve 6 vidas como escravo aqui no Brasil e nas frequências dessas vidas resgatamos 720 espíritos de escravos. No terreiro onde ele trabalhava tinha mais 80 espíritos e das vidas que eles foram escravos resgatamos mais 550 espíritos de escravos.
Por conta de um desejo normal, inocente, de querer ter sucesso nos negócios, o que qualquer comerciante quer logicamente, a consulente acabou gerando um karma negativo que se materializou com ela sendo induzida a realizar um sonho que não era seu.
Em ambas as vidas onde gerou o karma o que sobressai era seu desejo muito forte de vender, sem considerar a vontade das outras pessoas. Na vida de padeiro embora não houvesse um contato direto entre o padeiro e a santa a quem ele pedia, existia o desejo da parte dele e o pagamento, que era a reza e a vela acesa em intenção da santa. Na vida de mascate ele fez deliberadamente um trabalho de magia e inclusive carregava o patuá no pescoço.
Podemos observar com clareza a atuação da Lei do Karma pois assim como em vidas passadas ela queria vender e para isso contava com ajuda espiritual, da santa e do espírito, que induziam as pessoas a comprar mesmo elas não querendo, na vida atual ela foi induzida a comprar uma franquia que não queria por um espírito.
Gelson Celistre
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