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quarta-feira, 1 de abril de 2020

Hoʻoponopono

     O Ho'oponopono é uma prática tradicional havaiana de reconciliação e perdão de problemas familiares. Se havia um conflito, alguma desavença ou mágoa entre duas ou mais pessoas na família botavam eles juntos mediados por uma pessoa mais velha e sábia, geralmente um curandeiro, um kahuna lapa'au, para conversarem e acertar as desavenças. Originalmente é uma prática positiva, uma maneira de restaurar a harmonia nas relações familiares baseada no diálogo e tendo como fundamento o perdão.

Mantra do Ho'oponopono "moderno"

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Os sentimentos sobrevivem à morte

     Os sentimentos sobrevivem à morte e nos ligam uns aos outros, sejam eles bons ou ruins. Frequentemente nos ligamos mais às pessoas por sentimentos negativos do que por positivos. Costumamos reencarnar em grupos de espíritos que se encontram vida após vida justamente por termos laços emocionais nos unindo. É comum um espírito nascer como filho de seu inimigo, pois quando um está desencarnado e obsidiando o outro este acaba sendo atraído magneticamente por um óvulo fecundado pelo encarnado durante uma relação sexual.


     Atendemos um espírito feminino, uma mulher aparentando uns 50 anos, com muita raiva e um tanto perturbada mentalmente onde os sentimentos de vidas passadas, negativos, fizeram ela cometer alguns crimes entre seus familiares. Esta mulher assassinou seus três netos e o marido.
     Inicialmente ela foi percebida pelos médiuns caminhando ao redor do grupo resmungando alguma coisa com muita raiva. Depois ela foi vista numa casa antiga de fazenda, onde havia um porão para os escravos e animais e os donos moravam no andar de cima. Os médiuns ouviam o barulho de uma cadeira de balanço na varanda, mas esta cadeira estava vazia. No chão da varanda estavam estendidos os corpos dos netos dela, mortos a machadadas, dois adolescentes e uma criança. Na cozinha estava morto o marido dela. No porão estava escondida uma mucama que viu ela cometer os crimes e se escondeu lá, mas provavelmente já estava morta e nem percebeu tbm.
     Incorporada numa das médiuns, a mulher repetia sem parar que tinha dito que não iria "cuidar dos filhos dela" e se referia ao marido como "aquele velho idiota que acobertava ela". A mulher se referia a sua própria filha e a história deles é a seguinte: esta mulher obrigou a filha a casar com um homem do qual ela (a filha) não gostava. O casal teve três filhos, mas o homem era muito bruto e batia muito nela, que não resistiu e em determinado momento fugiu de casa, deixando os filhos com a avó, que os odiava e acabou os matando, juntamente com o marido. O interessante é que a filha dela tbm não gostava dos próprios filhos e logo após ter fugido de casa morreu de uma doença qualquer e voltou para obsidiar a mãe e a induzir a matar os netos.
     Mãe, filha, pai e netos, todos eram antigos inimigos de várias vidas cuja reencaranção e consanguinidade não conseguiram apagar o ódio mortal que sentiam entre si. Os sentimentos de ódio que nutriam uns pelos outros sobreviveram à morte e à reencarnação. Na filha o sentimento era tão forte que nem mesmo ela tendo sido mãe biológica desses espíritos, ao morrer sintonizou com o sentimento que já trazia de outras vidas onde o ódio era muito grande. Em sua mãe tbm os sentimentos negativos que trazia de outras vidas fizeram com que cometesse esses crimes.
     A casa onde eles moravam era muito antiga e passava de geração a geração na mesma família. Na ocasião desses fatos, já não tinham o mesmo vigor financeiro de outros tempos, mas por orgulho ainda se acreditavam melhores do que os demais. O casamento da filha provavelmente foi um arranjo financeiro para amenizar a situação de penúria em que viviam, praticamente só de aparências.
     Ocorre que em épocas passadas o porão da casa já foi uma espécie de senzala dos negros escravos da família, que lá faziam muitos rituais de vodu e magia negra, inclusive com a morte de seres humanos nesses rituais. Movida tbm pelo ódio contra os "brancos" dessa familia, havia uma antiga escrava feiticeira, que era quem oficiava os rituais de magia negra. Ela tbm "ajudou" na obsessão da filha sobre a mãe. Ela deu um pouco de trabalho para ser localizada, mas no fim descobrimos que ela ficava na cadeira de balanço na varanda da casa.
     Este tipo de situação evidencia bastante a necessidade do perdão e demonstra claramente os problemas que advém do ódio e dos sentimentos negativos. Quantos sofrimentos pouparíamos a nós mesmos se conseguissemos perdoar as ofensas que recebemos. Na prática, ao encontrarmos um espírito desafeto de outras vidas, o sentimento que teremos é o mesmo que tínhamos na vida anterior. A morte não beatifica ninguém, se morremos odiando alguém esse sentimento vai continuar conosco.
     As palavras do Mestre no Sermão da Montanha, "Reconcilia-te com teu desafeto enquanto estás junto dele e ele perto de ti, para não acontecer que a reparação que lhe deves tu a tenhas de dar no julgamento, quando então ficarás livre somente depois de pagar toda a tua culpa." , podem ser interpretadas no contexto reencarnatório da seguinte maneira: perdoa teus inimigos nessa vida para que não os encontre novamente inimigos em outra.



Gelson Celistre.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Reencontros

Atendimento de um casal em que a mulher não 'suporta' o enteado, um garoto de 6 anos filho de um relacionamento anterior de seu marido. Ela tbm de seu primeiro casamento possui dois filhos adolescentes.
A consulente afirma que não consegue evitar de sentir repulsa pelo garoto. Uma situação onde a ligação de vidas passadas entre ambos é evidente.
Ao sintonizar com a consulente os médiuns logo perceberam ela desdobrada, muito transtornada. Incorparada numa das médiuns,  afirmava odiar 'aquele homem' e dizia que ele mataria novamente seus filhos. Tentei argumentar com ela que isso não ocorreria mas ela estava meio fora de si. Perguntei o motivo dele ter matado os filhos dela mas percebi que ela se esquivou de responder, repetindo várias vezes que ele iria matar seus filhos novamente. Tive que ser firme com ela para que revelasse qual a relação entre eles, e por fim ela confessou que eram amantes.
Ambos eram casados, ela inclusive com dois filhos, e mantinham um relacionamento extra-conjugal. O amante estava muito apaixonada e queria fugir com ela, mas ela alegava para ele que não podia 'por causa das crianças'. Consumido por uma paixão doentia que lhe cobrava a amante em tempo integral e não apenas em encontros eventuais, o amante matou por envenenamento os filhos de sua amada, acreditando assim que ela ficaria livre para fugir com ele.
Ao encontrar seus filhos mortos a mulher se desesperou tbm e cometeu suicídio, ingerindo veneno tbm (possui inclusive sequela cármica no trato digestivo na vida atual por conta disso). O amante, ao saber que sua amada havia se matado, foi para sua casa e ateou fogo na mesma. Apesar de ter sido socorrido, morreu logo em seguida em função das queimaduras (o garoto tbm tem sequelas cármicas dessa morte, se manifestando através de problemas na pele).
Efetuamos o apagamento da memória inconsciente ativa na mulher, uma despolarização de memória, para que ela não reviva atualmente o mesmo drama que viveu quando encontrou os filhos mortos e no garoto, desdobrado, fizemos o mesmo. Este porém quer apenas o amor da madrasta, o maior problema é ela conseguir perdoar.
Não são apenas a consulente e seu antigo amante que se reencontraram. Seu atual marido, o pai do garoto, é o mesmo espírito que foi seu marido (traído) naquela existência. Ele não sabia da aventura amorosa da esposa e quando encontrou ela e os filhos mortos pensou que ela os envenenara e se suicidara depois, acreditando que devia ter enlouquecido.
A esposa do amante naquela vida ficou sabendo da traição, e ficou com muito ódio do marido pq em sua tentativa de suicídio a deixou na miséria incendiando a casa onde moravam. Na vida atual ela é a mãe biológica do garoto, que segundo o pai não tem muita ligação com o menino, que é criado pela avó, que é do tipo superprotetora. Esse comportamento da avó se justifica pq naquela existência ela era a mãe dele, e ficou muito triste por não ter conseguido 'protegê-lo'. Os dois filhos que a consulente tem do seu primeiro casamento são os mesmos espíritos que eram seus filhos naquela vida.
A presença desses mesmos espíritos se relacionando na vida atual predispos a consulente a entrar em ressonância com aquela existência e ao 'sentir' a energia do garoto, isso despertou em seu inconsciente todo o drama que ela viveu no passado e que a deixou inclusive com um sentimento de culpa pela morte dos filhos, entretanto, como não coseguia perdoar o amante, tbm não conseguia se perdoar, e assim a visão deste (como o garoto na vida atual) lhe consistia em um grande tormento.
Os tratamentos nestes casos são apenas paliativos e coadjuvantes num processo que envolve uma transformação interna nos sentimentos que a pessoa carrega em seu íntimo. A solução é o perdão.
Abraço.

Gelson Celistre.