Às vezes nos atendimentos nos deparamos com situações curiosas e até engraçadas. No início desse mês efetuamos o resgate de um espírito a pedido de sua filha. Não teve nada de anormal, a pessoa havia morrido em 2011 e ainda estava inconsciente num lixão com cerca de 20.000 espíritos, resgatamos todos e encerramos o caso.
Agora essa mesma filha nos solicitou uma limpeza energética num imóvel que foi construído por seus pais onde possuem uns apartamentos para alugar que estão quase todos desocupados. Observamos que ao redor do imóvel havia uma cúpula energética no astral com a finalidade de esconder o imóvel, um tipo de energia de invisibilidade, para o imóvel não ser visto e consequentemente os apartamentos não serem alugados.
Vimos que foi feito um trabalho de magia por uma pessoa que também tem uns apartamentos para alugar naquele bairro e por isso fizeram a cúpula de invisibilidade. No prédio do proprietário que mandou fazer o trabalho de magia ainda havia 3 espíritos na frente chamando os clientes, tipo nessas lojas do centro onde os vendedores ficam na calçada caçando os clientes. Nós desmanchamos a tal cúpula de invisibilidade, desmanchamos o trabalho de magia e retiramos os 3 espíritos.
Mas o curioso não foi isso. No prédio ainda tinha uma energia pesada, que afastava as pessoas, e encontramos nele um espírito muito indignado. Não era um espírito maldoso, mas era pouco evoluído e consequentemente sua energia não era boa, ainda mais pelo fato dele estar magoado. Conversando com esse espírito descobrimos que ele era irmão do espírito que havíamos resgatado no início do mês, que era pai da pessoa que nos pediu a limpeza.
Esse prédio que limpamos foi construído por esse espírito que havíamos resgatado, que era irmão desse que estava no local agora. Perguntei porque ele estava indignado e ele disse que o irmão (o que resgatamos) havia roubado a vida dele, que o irmão tinha tudo e ele nada, inclusive disse que o outro foi resgatado e ele não.
Aqui é que entra a parte engraçada da história. O espírito que havíamos resgatado "herdou" a certidão de nascimento de um irmão dele que faleceu logo depois que ele nasceu. Ou seja, os pais dele tinham um filho já com mais de dois anos, o filho que resgatamos nasceu e o outro morreu logo em seguida, para não ter que registrar o outro filho deram para ele a certidão de nascimento do que havia morrido, que era uns dois anos mais velho que ele, e que é esse espírito que estava no imóvel indignado.
O que morreu ficou ressentido porque na visão dele como o outro herdou sua certidão de nascimento ele não morreu oficialmente, não teve um enterro como deveria, e achava que o irmão havia roubado a vida dele, nas palavras do espírito, ele não morreu direito. Ele cresceu junto com o irmão, no astral estava com uma forma adulta. E ainda por cima ele viu que recentemente resgatamos o irmão e aí ficou mais indignado, pois o outro teve a vida dele, teve um enterro decente, morreu direito, e ainda depois foi resgatado, enquanto ele estava ali sem ter para onde ir. Conversei um pouco com ele e lhe ofereci a oportunidade de ser resgatado como o irmão foi e ele aceitou numa boa.
Uma curiosidade é que numa vida passada na Idade Média na Europa eles já tinham sido irmãos e ambos largaram suas famílias para irem para as Cruzadas. Eles eram muito parecidos fisicamente e esse que não morreu direito naquela vida tinha sido dado como morto, mas na verdade o outro irmão é quem havia morrido.
Quando esse retornou para casa mais de 10 anos depois a esposa dele havia se casado com outro homem pois ele havia sido dado como morto, e então ele assumiu a personalidade do irmão que morreu em batalha, ao invés de revelar que o outro é quem havia morrido ele se fez passar pelo irmão para todos os efeitos.
Alguns parentes e até a esposa desconfiaram da troca, mas assim como agora, era muito mais prático para todos se ele ficasse no lugar do outro mesmo e ninguém contestou, acharam bom que pelo menos um retornou e ia dar seguimento nos negócios da família. Nessa frequência ainda conseguimos resgatar cerca de 50 espíritos de peregrinos.
Gelson Celistre
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