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terça-feira, 22 de setembro de 2020

A peregrina

     Isolda era uma menina quando seus pais faleceram, era filha única, e como ela não tinha parentes próximos foi criada em um convento até que tivesse idade para administrar as terras da família que eram a sua herança. Na Idade Media era comum as mulheres de família nobre entrarem para uma congregação religiosa e este parecia ser o destino de Isolda.

    Enquanto os anos passavam mais Isolda sentia vontade de sair do convento e se convencia que ser freira não era o seu destino. Quando finalmente chegou a idade onde ela receberia sua herança e quando todos esperavam que ela fosse entrar para a congregação, ela fez uma revelação inusitada.
    Em seus momentos de oração e devoção Deus falou com ela e lhe disse que ela deveria fazer uma peregrinação à Terra Santa, onde lá ela teria uma revelação. Ela sabia que a Igreja não queria perder a "doação" que teriam com ela entrando para a congregação, então ela disse que sabia se tratar de uma viagem muito perigosa e que para retribuir o amor que tinha pela Igreja que ela tanto amava ela doaria toda sua herança para a congregação antes de partir.
    Podemos imaginar que se fosse hoje em dia era só ela pegar sua herança e mandar a Igreja se lascar, mas não era tão simples assim para uma jovem orfã naqueles tempos, sem essa estratégia talvez ela nunca saísse do convento com vida, mas enfim, como ela doaria as terras e bens antes da viagem a congregação não tinha nada a perder. Foi-lhe designado um jovem conhecido do local como seu acompanhante e Isolda partiu em sua peregrinação para a Terra Santa.
    A viagem era mesmo cheia de perigos, demoraria meses, e teriam que enfrentar o clima, animais selvagens, ladrões e salteadores pelo caminho. Isolda e seu acompanhante salvaram a vida um do outro, fugiram de ladrões e enfrentaram feras, mas finalmente chegaram em Jerusalém. Mas se quando saíram de casa eram uma mulher nobre e seu vassalo, ao chegar na Terra Santa eram um casal apaixonado, que viveram muitas aventuras e que descobriram o amor juntos.
    E foi ajoelhados no altar da Igreja de Santa Ana que a peregrina e seu acompanhante fizeram um ritual de união onde pediram a Deus que mantivesse seu amor por toda a eternidade. Eles sentiram naquele momento que sua união estava sendo abençoada por Deus e saíram dali muito felizes.
    Se eles tivessem vidência poderiam ter visto que dois anjos que estavam flutuando acima do altar abençoaram sua união, emitiram uma energia em forma de fios entrelaçados que os envolveu e selou a ligação dos dois pela eternidade.
    Na viagem de volta á Europa o casal teve muitas dificuldades, não tinham mais dinheiro e tiveram que trabalhar para conseguir comer e juntar suprimentos para continuar a viagem, mas estavam felizes, pois tinham encontrado um ao outro. Numa fazenda onde trabalharam um tempo houve uma discussão entre o dono e outros trabalhadores e o casal tomou o partido do fazendeiro, o que desagradou esses outros trabalhadores que, por vingança, mataram o casal quando este pernoitava à beira da estrada depois de saírem da tal fazenda.
    Passados vários séculos e muitas encarnações, a peregrina e seu acompanhante agora aqui no físico são pai e filha, mas no astral ainda são um casal que se ama e amou em muitas vidas como homem e mulher.
    A filha não consegue se firmar em nenhuma relação amorosa porque nem ela nem o pai querem isso no astral. Ao mesmo tempo que aqui ela quer muito encontrar um parceiro e ser feliz, no astral ela não aceita isso porque quer continuar seu romance com aquele espírito com o qual se uniu num altar da Terra Santa.
    Esta situação de a pessoa querer algo aqui no físico e no astral querer o oposto, é até bastante comum, principalmente em casos que envolvem sentimentos amorosos, mas nesse caso em especial encontramos um elemento a mais que os mantinha unidos: a benção dos anjos.
    Os anjos ainda tinham hoje a mesma aparência de quando abençoaram a união da peregrina, que é a mesma que eles tem há quase dois mil anos. Esse anjos na realidade em sua última existência terrena eram irmãos, eram cristãos, e abençoavam casamentos de outros cristãos em nome de Jesus, morreram ainda jovens, com pouco mais de vinte anos, ambos crucificados lado a lado.
    No astral eles continuaram unidos e foram atraídos para a Terra Santa pela grande quantidade de energia devocional que existia ali. Ficaram dentro da igreja fazendo o que faziam quando vivos, abençoando uniões, casamentos. Desde que estão ali eles já abençoaram mais de 200.000 uniões. 
    Eles não tem uma energia ruim, pois se alimentam da energia de amor de quem está se casando, mas os fios energéticos com os quais eles amarram os casais os forçam a se reencontrar em outras vidas, a desejar um amor sensual em qualquer situação, mesmo se como no caso em tela o casal é pai e filha, ou seja, não podem ter uma relação amorosa, apenas fraternal.
    Os dois anjos argumentaram que são mártires, que morreram em nome do amor e que tem a função de manter as uniões eternamente. Em última análise são vampiros energéticos que estão há quase dois mil anos evitando a reencarnação vampirizando casais. 
    As amarrações amorosas que eles fizeram esse tempo todo foram todas desfeitas. Os dois anjos foram desconectados dos casais a quem mantinham unidos e de quem retiravam energia e vão retornar ao ciclo reencarnatório. 

Gelson Celistre


5 comentários:

  1. Gelson, como saber que uma frequência foi aberta? É possível fechar, encerrar uma frequência por meio de oração sincera, sem vínculos com religiões ou crenças..apenas oração pessoal?

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    1. Oi, uma frequência aberta pode gerar um comportamento anormal aqui no físico, a pessoa pode desenvolver síndrome do pânico, fobias e paranoias diversas. Também pode gerar alguma doença nela caso esteja provocando isso em outros espíritos no astral. A oração não tem esse poder todo que as pessoas imaginam, não vou dizer que é impossível, mas existem muitos fatores envolvidos e a quantidade de energia que precisa ser dispendida dificilmente uma pessoa sozinha teria.

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    2. Bom dia, obrigada Gelson pelo esclarecimento. Eu entendo e acredito que são vários fatores envolvidos mesmo. Eu fiz essa pergunta porque há uns anos fiz apometria, mas teve um espírito resistente, dizia que eu 'era dele' e eu senti que o grupo estava com medo, assim como eu também, o médium que o incorporava passava muito mal. O grupo me disse que não teria mais sessão, que com esse espírito eu 'resolveria' sozinha, acho que era um desses casos complexos e eles não tinham experiência para lidar. Eu tenho muitos sonhos lúcidos, desde a infancia, e nos ultimos anos tenho sonhado com historias muito estranhas. Eu tenho pensado que se orasse mentalizando esses sonhos, essas histórias e os seres que vejo, poderia ter um efeito positivo. Como é complexo lutar com algo invisível, que não temos conhecimento do contexto desde o início.. assim que tiver condições vou fazer apometria com você e seu grupo, quero compreender o que acontece.

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    3. Oi, acredito que o grupo onde tu fizeste apometria não estava bem preparado, em nossos atendimentos não deixamos para o consulente "resolver sozinho", afinal se a pessoa nos procurou é porque precisa de ajuda.

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    4. Sim...Eu não tenho ideia de como poderia resolver isso sozinha e nem sei como está a situação no momento..

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