Ao longo de várias encarnações é comum dois espíritos se relacionarem de diferentes maneiras. Em uma vida podem ser amantes, em outra um pode ser filho do outro, podem ser irmãos, primos, amigos, inimigos, podem ser do mesmo sexo, de sexos opostos, enfim, as possibilidades de relacionamento são inúmeras.
Eventualmente dois espíritos que vem há várias vidas tendo uma relação amorosa acabam renascendo como pai e filha ou mãe e filho. Normalmente esse amor sensual se sublima e se transforma num amor paterno ou materno, mas em alguns casos o amor sensual que os dois sentem entre si é tão forte que chega a suplantar o sentimento paternal ou maternal. Nesses casos é comum terem sonhos eróticos um com o outro, mesmo que conscientemente eles não queiram isso.
Isso ocorre porque o saldo dos sentimentos entre eles é mais sensual que paternal ou maternal. Imagine que nas últimas dez encarnações em que esses espíritos se encontraram em sete mantinham relações amorosas sexuais, é claro que eles estando próximos, mesmo que como pai e filha ou mãe e filho, esse sentimento sensual vai se manifestar.
Na dimensão astral quando nosso espírito está fora do corpo físico, não temos as mesmas limitações e imposições morais ou legais que existem aqui da dimensão física. Também muitas vezes não pensamos como aqui e é comum em situações como essa espíritos que na vida atual são pais e filhos se relacionarem sexualmente na dimensão astral.
Em casos onde as pessoas envolvidas são muito apegadas à matéria, às paixões sensuais, isso pode gerar situações de pedofilia ou incesto. Além disso podem haver agravantes que aumentam as chances deles se encontrarem em vidas sucessivas, como quando o casal faz algum pacto de amor eterno, caso que vamos relatar agora.
A pessoa que atendemos, uma mulher, tem sonhos com o pai onde eles se relacionam sexualmente. Já havíamos feito um atendimento para tratar essa questão e vimos uma vida onde os dois foram amantes. Após aquele atendimento ela relatou que em sonho o pai ainda a procurava com intenções sexuais, mas que a partir de então ela o repelia, porém, como ele ainda a procurava ela solicitou outro atendimento.
Nessa outra consulta vimos outra vida passada onde os dois eram amantes e em circunstâncias semelhantes, ela muito jovem e inexperiente e ele um homem maduro e poderoso, mas nessa outra vida eles fizeram um pacto de amor eterno. O homem era um senhor feudal, dono de um grande castelo, já nos seus trinta anos, e ela uma jovem de quinze anos cuja mãe trabalhava no castelo, ele era casado mas a esposa fazia vista grossa aos casos extraconjugais do marido.
Já eram amantes há alguns anos quando ele adoeceu e a jovem, com medo de perder seu amor, o convidou a fazerem um pacto de amor eterno. Eles pegaram uma taça de vinho, onde cada um colocou uma gota de seu sangue, beberam, e juraram que ficariam para sempre juntos, mesmo depois de mortos, ou em outras vidas se existissem, beberam a taça e se amaram ardorosamente.
Aqui nos deparamos com uma situação muito peculiar, pois conversando no astral com a própria mulher que nos solicitou o atendimento, porque ela quer acabar com isso, ela disse para não nos metermos, pois eles se amavam muito e que ela completava ele em todos os sentidos. Disse que seu pai era uma pessoa maravilhosa, que sempre o amou e vai amar eternamente, não como filha, mas como mulher. Isso acontece justamente porque o espirito fora do corpo não tem os mesmos filtros que tem quando encarnado e no caso não vê motivo para sufocar os próprios sentimentos.
Esse tipo de ritual, quando feito apenas com a energia do casal, geralmente não tem uma duração muito longa, dificilmente passa de uma vida para outra, mas no caso em questão já tem alguns séculos e ainda estava ativo, forçando nesses espíritos uma relação, na dimensão astral, incompatível com a condição de pai e filha que vivem agora na dimensão física.
O que aconteceu também é bastante comum, um espírito se aproximou do casal no momento do pacto e juntou a ele sua própria energia, potencializando esse enlace entre os dois. O espírito em questão foi uma sacerdotisa assíria de nome Aemé que teve sua ultima encarnação há mais de 2.800 anos. Ela era uma espécie de deusa do sexo que iniciava os jovens na arte do amor.
Após sua morte ela ficava num templo no astral onde ficava deitada num altar de onde absorvia a energia sexual de pessoas encarnadas. Ela ficava num estado de orgasmo constante, como se estivesse drogada, e por ficar inerte nesse altar esse tempo todo e pela sobrecarga de energia sexual, ela deteriorou completamente seu corpo astral. Ela não se tornou um ovóide porque já tinha desenvolvido um pouco o corpo mental superior, por isso quando queria conseguia se locomover na dimensão astral, como se fosse uma nuvem ou uma gosma. Ela estava ligada a quase 2.000 casais que fizeram pactos de amor ao longo desses quase 3.000 anos que ela está no astral.
Mas a sacerdotisa não estava sozinha, pois não teria como ela manter um templo no astral com toda a energia sexual que captava sem atrair a atenção de outros seres, ainda mais porque não tinha nem consciência do que acontecia ao seu redor. O sacerdote que a iniciou nessa atividade em sua última existência era quem controlava tudo. Eles tinham um estoque enorme de energia sexual armazenado em cavernas abaixo do templo no astral.
A sacerdotisa na verdade era uma espécie de escrava, pois apesar de viver num eterno êxtase, ela servia apenas para juntar e acumular energia para o sacerdote que a iniciou, energia que ele usava para se manter no astral e para negociar com seres das trevas. A sacerdotisa foi recolhida e será tratada, pois sua mente está viciada na energia sexual, e o sacerdote foi preso. A ligação da sacerdotisa com quase dois mil casais foi desfeita e a energia que tinham armazenada vai ser usada em nossos postos de atendimento e socorro no umbral.
Desfizemos o pacto de amor eterno que a consulente havia feito numa vida passada e que ainda a matinha presa a um sentimento que ela nessa encarnação não quer mais, embora ela mesma no astral ainda quisesse. Entretanto, como o pacto estava potencializado pelo espírito da sacerdotisa, talvez o sentimento que o casal nutre entre si nem seja não forte assim.
É preciso ter muito cuidado com juras de amor e pactos pois quando estamos apaixonados nossa razão fica obliterada pelos sentimentos e não raciocinamos direito. O laço de amor que une um casal numa vida pode se transformar em grilhões em outra vida, bloqueando a vida amorosa do casal que já não pode ou não quer mais manter um relacionamento.
Gelson Celistre
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