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quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

A bruxa da aldeia

     Quando passamos por algum problema ou dificuldade nesta vida não costumamos pensar nas possíveis origens kármicas, mas elas existem. Como geralmente na vida atual todos somos "pessoas boas" não conseguimos nos ver como pessoas ruins, capazes de fazer atrocidades, mas às vezes a sombra que procuramos extinguir com "nossa luz" da vida atual é bem mais tenebrosa do que gostaríamos de admitir.


     A pessoa que atendemos tem mediunidade ostensiva e sofre com processos obsessivos constantemente, literalmente se tirando um espírito e aparecendo dois ou três no lugar daquele. Já tratamos várias vidas passadas dela e essa que relato foi mais uma, onde um feitiço que ela fez ainda estava ativo, o que chamamos de arquepadia, quando um feitiço antigo continua ativo, mesmo que a pessoa que o fez já tenha reencarnado várias vezes e não tenha nem lembrança disso.


      A consulente vivia próxima a uma aldeia na Idade Média e tinha o perfil comumente associado as bruxas da época, uma mulher que morava sozinha, era estranha e tinha conhecimentos de ervas e mandigas. As pessoas da tal aldeia tinham medo dela e em determinado momento começaram a se sentir muito incomodadas com a presença eventual dela na aldeia, provavelmente por conta dos movimentos religiosos que se espalharam pela Europa após a Reforma Protestante de 1517.
     O fato é que não a queriam por perto e antes que ocorresse algo trágico como atearem fogo nela em praça pública, um homem de bom senso na aldeia, uma espécie de líder local, disse que falaria com ela para que deixasse a localidade.
     O homem a procurou e foi muito educado com ela, lhe informou o que estava ocorrendo na aldeia e até se prontificou a ajudá-la a encontrar outro local onde pudesse morar, longe dos aldeões o suficiente para que não se sentissem perturbados com a presença dela, era um bom homem.
     Mas a mulher não gostou da situação, talvez até com razão, e ficou com muito ódio não só do homem como de todas a aldeia. Ela disse concordar com ele, mas logo que ele saiu ela se pôs a tramar um outro desfecho para essa história.
     Após pensar um pouco, resolveu que ela não sairia dali e nem os aldeões. Ela recolheu algumas folhas escuras e sementes negras de uma planta na floresta e preparou um poderoso veneno, que injetou no poço da aldeia, provocando a morte de todos os habitantes do local, inclusive animais.
     As pessoas sentiam fortes dores e iam caindo mortas nas ruas ou dentro de suas casas sem saberem o motivo. A aldeia sucumbiu e os corpos acabaram devorados por animais selvagens. Ela ainda fez um feitiço para que os espíritos dos aldeões ficassem presos no local, uma espécie de campo de força, e eles assim permaneceram por séculos. Os espíritos dos aldeões sentiram seus corpos serem devorados ou apodrecer, sempre ligados a eles.
     Após vários séculos o feitiço ainda estava ativo, embora mais fraco, sendo que vários espíritos conseguiram sair da aldeia plasmada no astral e reencarnar, porém como estavam ligados ao localno astral, sentiam dores e tormentos, pesadelos, sem saberem o motivo. 
     Desmanchamos a arquepadia da bruxa da aldeia e libertamos os espíritos ainda aprisionados no local, que depois foi destruído. Os que já estavam encarnados isolamos em seu subconsciente essas lembranças tormentosas e os mesmos terão uma qualidade de vida melhor daqui em diante.
      Tal como uma arquepadia continua agindo, mesmo o espírito que fez o feitiço tendo reencarnado dezenas de vezes e ter esquecido totalmente que fez, o karma gerado também continua ativo e nos encontra num futuro distante, onde mesmo sendo "pessoas boas" vamos ter que arcar com as consequências desses atos.

Gelson Celistre

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