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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Resgate kármico

Este caso é interessante para estudo de como se processam os resgates kármicos pois os efeitos que a consulente sente no corpo físico estão diretamente relacionados com o karma que ela está resgatando nessa existência. O que chamamos popularmente de karma nada mais é do que o retorno de nossas ações, tanto das vidas passadas.quanto da vida atual.

A consulente apresenta um quadro de debilidade em sua saúde com muitas dores nas costas, sente como se tivesse "algo vivo" dentro de sua barriga, as unhas de suas mãos amarelam, infeccionam e se desprendem dos dedos, sente dores no ânus, já teve que fazer uma cirurgia  por conta de fístulas e terá de fazer outra. Relatamos estes detalhes para que se possa observar a relação entre o quadro atual de saúde dela e o sofrimento que ela infligiu a outras pessoas em vidas passadas.

O comportamento homofóbico da consulente em vida passada
está lhe acarretando sérios problemas de saúde na vida atual.
A encarnação anterior da consulente antes da vida atual foi na Alemanha, era um homem, e participou da Primeira Guerra Mundial como soldado. Este soldado tinha um irmão que tbm servia com ele no exército. Ocorre que o irmão da consulente naquela vida era homossexual e a consulente o flagrou fazendo sexo com um outro homem, o que a deixou profundamente indignada, pois era uma vergonha para a familia. Lembremos que a consulente era homem tbm naquela vida e era homofóbico.

A consulente então prendeu os dois homens, seu irmão e o amante, e os torturou cruelmente até a morte. Entre outras coisas, ela arrancou os dedos da mão do rapaz que estava com seu irmão com um alicate. Em seu próprio irmão, a consulente enfiou um cacetete no ânus que lhe perfurou os órgãos internos, levando-o à morte por hemorragia. Como estavam em guerra, a morte dos dois homens foi dada como sendo em batalha e ninguém ficou sabendo do ocorrido. A consulente após o término da guerra retornou para sua casa na Alemanha e disse a seus pais que o irmão havia morrido em batalha, nunca revelando o que realmente ocorreu.

Temos aí a causa dos problemas anais que ela apresenta nesta encarnação, pois o espírito do irmão e do outro rapaz, ainda desencarnados, estavam ligados a ela. Para piorar a situação, em desdobramento, ao se deparar com o espírito do irmão e do amante que ela matara anteriormente, ela reassumia a personalidade que tinha na vida passada e voltava a torturar o espírito do irmão e de seu amante. Na dimensão astral permanecia plasmada a imagem do local onde ocorreu a tortura e morte dos dois homens pela consulente, então um soldado alemão, e ela ao se desdobrar voltava para lá e repetia os mesmos atos de crueldade.

Se ela tivesse em sua mente atualmente a concepção de que este tipo de atitude (preconceito contra o homossexualismo) fosse errado, ao se deparar com a situação em desdobramento ela não reagiria da mesma maneira e provavelmente não agiria da mesma forma cruel como agiu na vida anterior, diminuindo consequentemente a sintonia dela com essa vibração, o que amenizaria as consequências daqueles atos em seu corpo físico. Como agravante ainda vimos que o irmão que ela matou iria renascer como filho dela nesta encarnação mas foi abortado, daí a sensação de "algo vivo" na barriga que ela sentia, pois o espírito do irmão vivia em profundo sofrimento, ligado à sua morte na vida passada sob tortura e ainda com a situação de aborto que sofreu.

Uma outra situação que encontramos com a consulente era relativa a uma vida passada mais antiga, onde ela foi uma bruxa.e matou dezenas de crianças para usar em feitiços. No feitiço que ela estava fazendo ela usava os dedos das crianças, que estavam presas numa caverna próxima a uma floresta. Ela arrancava um dedo de determinada mão de cada criança para usar em seus feitiços e isso se prolongou por vários meses. Após terem todos seus dedos cortados, as crianças eram mortas.

De todas que ela matou naquela existência, ainda havia 27 (vinte e sete) que estavam presas àquela situação, ou seja, a caverna onde ficaram presas e onde foram mortas estava plasmada no astral e elas estavam presas lá, sendo visitadas pela consulente em desdobramento, que voltava a lhes arrancar os dedos e fazer feitiços no astral. Na realidade elas morreram sem os dedos e não os tinham no astral, mas quando a bruxa retornava ao local a lembrança dos fatos ocorridos fazia com que todos eles revivessem o que haviam sofrido e então novamente se viam sendo mutilados por ela.

Este outro resgate kármico é o responsável por provocar a infecção e a queda das unhas da consulente na vida atual, tbm reforçado por conta dela estar agindo em desdobramento com crueldade, mantendo aprisionados dezenas de espíritos e os mutilando. Em nenhum dessas duas situações encontramos algum espírito desencarnado atuando em conjunto com a consulente ou potencializando suas memórias para manter abertas essas frequências de vidas passadas, ou seja, era ela a única responsável.

Se ela tivesse recebido o antigo irmão como filho nessa vida ela teria conseguido amenizar em muito seu karma pois estaria dando a vida a quem ela tirou, sem falar que os laços de amor mãe/filho iriam diminuir tbm os sentimentos negativos entre eles. Possivelmente o filho seria gay para ela aprender a aceitar a homossexualidade. Não conseguimos ver se o aborto foi provocado deliberadamente por ela ou se foi "espontâneo". Esse espontâneo na verdade se ocorreu teria sido pq o espírito dela a nível inconsciente reconheceu a energia do irmão, identificado como "homossexual" e o rejeitou, provocando o aborto "espontâneo".

De todos os atos que fazemos temos que prestar contas e se não tivermos nos melhorado espiritualmente, quando retornam energias negativas de atos que cometemos em vidas passadas, como nesse caso relatado, as consequências são praticamente na base do "olho por olho", isto é, vamos sentir em nós as mesmas coisas que provocamos nos outros.

Abraço.

Gelson Celistre

sábado, 26 de fevereiro de 2011

O karma conjugal

Viver é um desafio. Viver a dois é um desafio maior ainda. Isso sem contar que esses dois podem virar três ou quatro. A manutenção de uma família exige muito dos cônjuges e os atritos são comuns. Quando o casal não consegue um nível mínimo de harmonia, as brigas são inevitáveis e, em muitos casos, a separação.


Quando um dos dois é espírita é comum o ouvirmos dizer que, mesmo havendo brigas e desentendimento, não vai se separar pq quer "queimar este karma", para que na próxima existência não se encontrem novamente.  Vamos deixar claro que isso é uma ilusão. Esse tipo de karma não se resolve dessa maneira e se não querem se encontrar novamente, então não sintam nada de ruim um pelo outro, pois os laços de ódio são tão fortes quanto os de amor. Todo sentimento nos liga ao outro, seja ele positivo ou negativo.

Quem entende como funciona a lei de ação e reação e a justiça divina, percebe logo pelo problema relatado o que foi que a vítima de hoje fez como algoz de ontem. No caso em questão o consulente relata que tem sérias dificuldades com a esposa, que é extremamente indecisa e insegura, relutando por anos para tomar decisões simples, e mudando de inclinação em assuntos que devem ser decididos pelo casal, sendo a favor de determinada atitude que, quando tomada pelo marido, ela passa a se posicionar contra  e vice-versa.

Uma parte dos problemas da mulher era advinda de um trabalho de magia negra, que foi desfeito, mas sem uma importância maior no contexto do caso. O problema do marido na vida atual advém de atos cometidos por ele em uma vida passada contra essa mesma mulher, é um karma conjugal.

Como nos ensina Ramatis em seus livros, a semeadura é livre mas a colheita é obrigatória. Isto significa que temos a liberdade para agir como bem entendemos, mas nossas ações irão produzir efeitos os quais nós teremos que enfrentar e corrigir, seja na mesma vida ou numa próxima. Muitas vezes as circunstâncias em que vivemos não permitem que o karma seja resgatado numa mesma vida e nesses casos numa próxima existência em que nos depararmos com as pessoas que prejudicamos a situação do resgate vai se apresentar para nós, na forma de sentirmos na nossa pele o que provocamos no outro.

O consulente em vida passada era casado, numa época em que o casamento na igreja não poderia ser desfeito, era para a vida toda. Estando apaixonado por uma outra mulher, sua amante, e possuindo um cargo de prestígio na cidade onde morava, ele orquestrou um plano para se livrar da esposa. Esse plano aliás parece ter sido muito popular no passado pois já nos deparamos com vários casos idênticos.

O plano consistia em fazer a esposa acreditar que estava louca e assim poder interná-la em um hospício, ficando então livre para viver sua paixão sem a presença incômoda da mulher e, quem sabe, poder se casar novamente caso ela morresse no hospício, um acontecimento de alta probabilidade naqueles tempos. Através de situações do cotidiano, como pedir para ela preparar algum prato específico para o almoço e na hora dizer que havia pedido outra coisa, sistematicamente, ele acabou conseguindo seu intento pois ela própria começou a duvidar de sua sanidade e acabou enlouquecendo.

Na vida atual encontram-se novamente, se casam, e ela apresenta o mesmo tipo de comportamento com o qual ele a deixou na outra vida, tendo agora como "resgate" conviver com ela e lhe dar o amor que não deu antes, pois somente assim irá resgatar esse débito. Se engana quem acha que suportando com amargura e ressentimentos um casamento difícil vai "queimar" o carma. Seja qual for o débito cármico que tenhamos a resgatar, a única moeda que pode nos dar a quitação é o amor. Qualquer outro sentimento é um refinanciamento da dívida.

Abraço.

Gelson Celistre.