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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Problemas conjugais

      No atendimento de uma mulher recém-separada do marido e visivelmente abalada emocionalmente rodopiava uma 'entidade' feminina do tipo 'afro', dizendo a uma das médiuns que a mulher estava assim pq tinha missão na Umbanda e que não estava lhe 'recebendo', ou 'dando passagem'. Como já temos alguma kilometragem nessa estrada, pedi pra uma das médiuns 'puxar' a entidade pra incorparação, a fim de bater um papinho com ela. Nem foi preciso desmascará-la pois uma das médiuns percebeu que ela não era de umbanda coisa nenhuma, queria era arrastar a consulente pro trabalho sim, mas em terreiros de 'nação', onde se matam animais e se encomendam trabalhos para qualquer tipo de coisa.

     A 'entidade' incorporou em outra médium e começamos a conversar, ela ria muito, parecia até uma 'gira', e durante a conversa fui 'explorando' a relação entre as duas e chegamos no seguinte: essa 'entidade' na verdade era um espirito 'amigo' da consulente, já tinham 'trabalhado' juntas antes e tinham uma forte ligação. É comum ao conversarmos com essas entidades elas dizerem que só sabem fazer isso, que sempre fizeram isso, etc., e que não sabem nem como mudar. Nesses casos costumo fazer o espírito regredir, vendo flashes de algumas vidas passadas dele, para 'quebrar' um pouco a ligação com a última personalidade e ele perceber que tem outras opções, pois já 'foi' outras pessoas antes e fez muitas outras coisas.
      A primeira lembrança que ela teve não ajudou muito, era um carrasco e cortava cabeças, mas depois se viu numa senzala, como uma preta velha, ajudando os outros negros, todos feridos e machucados, ministrava-lhes chás e usava ervas para tratar de seus ferimentos. Ao recordar isso, já demonstrando uma maior consciência, ela disse que não gostava de ser preta, que no íntimo lhe incomodava ser negra. Voltamos a uma vida anterior e então lá está ela novamente envolvida com o preconceito. Ela era filha de um fazendeiro, dono de escravos, e se engraçou com um negro da fazenda, que inclusive já tinha uma mulher. Acabou engravidando do negro e fez um aborto, mas a familia descobriu. 
     O negro foi posto no tronco e apanhou quase até a morte, só não o mataram logo pq queriam que ele sofresse ainda mais quando soubesse da morte de sua esposa, que foi violentada e morta pelo feitor da fazenda. Mas morreu amarrado ao tronco mesmo pois a surra e o desgosto pela morte da esposa foram demais pra ele. O espírito de sua mulher, quando foi morto pelo feitor, ficou com tanto ódio que logo que se desprendeu do físico transformou- se num 'monstro' e atacou ferozmente o feitor encarnado. A violência do ataque foi tão forte que o feitor foi desdobrado por ela e era arremessado contra as arvores que haviam por perto. A negra morta começou a obsidiar o feitor e este, algum tempo depois, ficou louco e, invadindo a 'casa grande', degolou os patrões, a família toda.
     O que encontramos no astral foi essa fazenda com quase todos os seus habitantes ainda cumprindo seus papéis terrenos, a casa grande com os patrões, a senzala cheia de negros escravos, o negro aquele no tronco, o feitor vagando ainda 'louco', etc. Efetuamos o resgate de todos esses espíritos e eles foram encaminhados ao posto de socorro. Quanto à consulente, afirmou que odiava muito o marido e queria saber qual a ligação que tinha com ele. Assim que sintonizou com a situação, uma das médiuns sentiu uma bofetada no rosto e, questionando a consulente, viemos a saber que o marido batia nela.
     Averiguamos o passado dos dois e vimos então a consulente como uma bela cafetina, proprietária de um prostíbulo, e o marido como um 'freguês' que se apaixonou por ela. Utilizando se suas habilidades femininas, ela tirou literalmente tudo que o sujeito tinha, deixou-o, juntamente com sua família pois ele tinha esposa e flhos, na miséria. E quando este não tinha nada mais a lhe dar, ela lhe deu um 'pé-na-bunda' . Naquela vida ela foi morta a facadas pelas próprias 'meninas' que trabalhavam pra ela, que queriam roubar-lhe o dinheiro que guardava.
     Em uma outra existência depois dessa já tinham se reencontrado, ela e o marido, desta vez ela apaixonada por ele, mas ele sem ter superado os 'traumas' da existência anterior, já lhe agredia fisicamente naquela existência, fato que continou na vida atual. A consulente não foi totalmente honesta ao responder algumas perguntas que lhe fizemos pois pela nossa observação ela já havia, nesta vida, 'recebido' alguma entidade em terreiros, mas ela apenas disse foi nesses locais uma ou duas vezes acompanhando uma irmã, entretanto, 'quase' incorporou durante a nossa consulta, chegava a se tremer toda na cadeira. 
     Ela disse que 'ela mentia mas que o marido tbm mentia' e comentou algo sobre o negócio que ela, esse marido e um irmão mantém juntos, insinuando que o marido estaria lhes roubando, querendo 'saber' ser era isso mesmo. Lhe informamos que não era esta a finalidade do atendimento espiritual e que se ela quizesse saber isso que procurasse um contador. Como costuma acontecer e nesse caso não foi diferente, geralmente os maiores beneficiados nos atendimentos de apometria são os desencarnados, que realmente estão sofrendo e não conseguem mudar seu estado energético, pois a maioria das pessoas quer apenas se livrar do 'encosto' ou que alguém lhe faça previsões sobre seu futuro, se 'deve' fazer tal ou qual coisa para se dar bem na vida.
     Os 'bons espíritos' que nos auxiliam não se metem em questões que nós mesmos temos que resolver e nem dão 'orientações' de como devemos proceder nesse ou naquele caso, principalmente em questões conjugais. Mas quem procura encontra e quem coloca a responsabilidade de guiar sua vida nas mãos de 'videntes' acaba perdendo de vez o rumo de sua vida pois negligencia seus deveres para consigo mesmo.
     Os espíritos não irão resover todos os nossos problemas, eles não tem todas as respostas e nem estão à nossa disposição para este tipo de coisa. Cabe a cada um assumir a responsabilidade pela sua vida.

Gelson Celistre