Ao sintonizarmos com a situação, um espírito incorporou numa das médiuns e se manifestou através da psicofonia dela. Era um espírito com aparência de idoso, usava óculos com armação redonda, era baixo, magro, vestia um jaleco branco e me ameaçava e xingava com muito ódio, principalmente me chamando de "moleque", arrogante, dizendo que eu não me metesse com ele, que não sei onde estou me metendo, etc.
Após ele falar algumas coisas, a própria médium o paralisou e apagou sua mente, a fim de prosseguirmos com o trabalho. Ele estava em um laboratório com paredes escuras, aparelhos antiquados, parecendo abandonado, e que ficava situado numa cidadela umbralina, igualmente escura e com energia densa.
Este espírito parecia meio perturbado e na verdade o sentimento de raiva dele foi usado para podermos chegar até o local. Ele não estava ligado a hierarquia de poder do local, era apenas um morador, e nosso pessoal insuflou nele a raiva contra nós para podermos sintonizar com aquela frequência. Se o deixássemos livre ele seria severamente castigado pelas entidades que dominavam o local.
O prédio onde ficava o tal laboratório era protegido por um forte esquema de segurança, com raios delimitando um perímetro, semelhantes a raio laser, mas de amplitude vibracional, ou seja, eles criavam uma determinada frequência que impedia que seres que não vibrassem nessa faixa conseguissem passar.
Desse prédio essa energia era irradiada para toda a cidadela e criava uma energia semelhante ao redor dela, ocultando-a da "visão" e a isolando do resto do ambiente onde se localizava.
Havia no interior do prédio vários outros espíritos como o velho que encontramos antes, todos com algum tipo de demência, e que são usados pelos seres que comandam ali para perturbar pessoas encarnadas, levando-as à loucura e ao suicídio. É um grupo que presta serviço a terceiros, outros grupos trevosos, sendo especialistas em obsessões complexas.
Para manter a estrutura do local eles precisam de espíritos encarnados, para lhes tirar o ectoplasma, e as tais pessoas que participaram de nosso curso, assim como um familiar delas, faziam parte dos encarnados aprisionados ali.
Após identificarmos a situação, antes mesmo de iniciarmos o resgate, os comandantes do local acionaram uma orda de espíritos dementados contra a médium que estava em frente ao prédio e eles avançaram sobre ela como animais famintos, sendo preciso paralisá-los e aprisioná-los numa bolha para contê-los.
Após prendermos os espíritos dementados a médium conseguiu entrar no prédio e viu alguns seres lá dentro muito estranhos. A aparência deles era semelhante a um gafanhoto em tamanho humano, com olhos grandes e dentes serrilhados.
Esses seres que parecem insetos vieram de um planeta, que eles chamam de Zerilus, que fica numa galáxia muito distante daqui. Chegaram à cerca de uns mil anos apenas, tendo logo se associado com seres das trevas locais e passado a colaborar com eles em seus propósitos, prestando serviços diversos.
Alguns zerilianos estavam se preparando para implantar um dispositivo (um chip) em uma pessoa encarnada que estava desdobrada ali sobre uma maca. Esse trabalho foi encomendado por um outro grupo de seres trevosos para quem eles prestam serviços usualmente. Em uma outra sala do prédio encontramos um grande tanque onde eles armazenam a energia dos humanos encarnados (ectoplasma).
Numa outra sala eles estavam modificando o corpo de um dos zerilianos para que ficasse semelhante a uma pessoa humana que estava desdobrada ali, um tipo de cópia, para utilizarem no lugar dessa pessoa, aqui no plano físico, ou seja, estavam se moldando à imagem de uma pessoa no astral para se materializar aqui no plano físico e se passar por ela. Seria uma espécie de extra-terrestre agênere.
Entretanto, a experiência parece não ter dado certo, pois o zeriliano começou a se contorcer e caiu sobre seus pés um tipo de energia gosmenta que estavam usando para criar a imagem humana, provavelmente feita com ectoplasma humano.
As pessoas que atendemos e que estavam aprisionadas por estes ET's das trevas se ligaram a isso por conta de estarem envolvidas com pessoas que trabalham com "energias quânticas", curas interdimensionais e similares. A quântica está na moda atualmente e colocar o nome "quântica" na terapia agrega status de modernidade, de "cientificidade" e, principalmente, agrega valor. A terapia por ser "quântica" custa três ou quatro vezes mais do que a não-quântica, embora na prática seja absolutamente a mesma coisa, com resultados igualmente duvidosos.
Nossa equipe espiritual já estava a postos e os zerilianos, percebendo nossa presença, tentaram fugir numa nave que estava pousada no alto do prédio, mas que já havia sido inutilizada por nossa equipe. Deixamos eles entrarem na tal nave e os aprisionamos lá dentro, criando um campo de energia ao redor da nave. Foi criado um portal interdimensional sobre a nave dos zerilianos que os lançou em outra dimensão, onde terão que trabalhar muito para sobreviver.
O reservatório de ectoplasma teve que ser destruído pois a energia estava contaminada. Os espíritos dementados desencarnados foram resgatados e os encarnados tiveram sua mente apagada e foram reacoplados em seus corpos físicos. Destruímos o prédio e com isso a cidadela começou a se desintegrar.
Existem outros zerilianos por ai, assim como outros grupos locais de seres das trevas que lidam com energias "quânticas" e que acabam se ligando à pessoas que se afinizam com essas coisas, tanto terapeutas quanto seus pacientes. Enquanto as pessoas não se conscientizarem que nem tudo pode ser "curado" instantaneamente e que existe uma lei de ação e reação no universo, irão sempre em busca da promessa milagrosa, de alguma novidade que vai resolver seus problemas sem que elas tenham que se esforçar ou se modificar interiormente.
Gelson Celistre.