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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A falsa Aruanda

Pai João, Pai João
Que vem de Aruanda
Que vem pra trabaiá...

A médium começou a escutar isso e sentiu-se estranha e um de seus pés começou a tremer, uma indicação "clássica" de incorporação de preto-velho. Disse para ela deixar ele chegar e conversamos, cfe abaixo:

Imagem representando Aruanda.
- Fala pai véio, veio trabaiá é?, disse eu;
- E o que vc qué desse véio meu fio?, respondeu ele;
- Eu nada, tudo que eu quero peço a Deus.
- Mais tá querendo conversá...
- Sim, já que o "pai" tá por aqui, me diga o que veio fazer...
- Eu vim lhe agradecer pessoalmente meu fio, por ter prendido esse (se referindo ao PJ), que era um impostor...
- Pois é, tá cheio por aí..
- É certo isso meu fio, mais Nosso Senhor Jesus Cristo mandou gente preparada que nem vóis pra ver essas coisas...
- Pois é.
- E vc é um mensageiro né meu fio, e ta fazendo seu trabaio muito bem feito...
- Sou?

Observem como o espírito inicialmente se coloca à disposição perguntando o que eu quero dele, depois tenta me bajular com o agradecimento e com o papo de mensageiro. São modos de agradar as pessoas, de fazer com que elas desejem obter alguma ajuda deles. Já sabíamos de antemão que ele era "do mal", mas deixamos ele conversar um pouco para observar seu "nível" intelectual.

Nesse ponto a médium começa a ouvir outro "ponto" (musiquinhas que usam pra chamar as entidades de umbanda/candomblé): Que vem, que vem la de Aruanda, são os velhinhos que vem trabalhar...

A médium foi transportada para um local no astral onde havia uma cabana, uma choupana, e onde havia vários pretos e pretas-velhas, todos vestidos de branco, fumando cachimbo, enfim, com a figura característica com que se imaginam os pretos-velhos.

Eles não a vêem e ela observa o que ocorre ali. Eles riem e conversam uns com os outros. Eles acham muito fácil o que fazem, pois basta falar o que as pessoas esperam que eles falem, o que querem ouvir, com um ar de compreensão e ternura. Uma das pretas-velhas, que se fazia passar nos terreiros pela Vovó Maria Conga dizia para outros pretos ali:


- A gente "encosta", vê o que eles querem que a gente fale e aí a gente fala...  a gente dá uma passadinha em outros lugares onde tem os livros e olha lá... e aí fala pros fio o que eles querem e aí todos acreditam em nós, pretos e pretas-velhas de luz... kkkkk

Nesse momento nos fazemos visíveis a eles, estou com a roupagem  de cacique, e os pretos se assustam, mas logo invocam outros espíritos para nos atacar, alguns encarnados desdobrados, cavalos deles nos terreiros, e outros desencarnados com vestimentas antigas, que parecem ser antigos coronéis e donos de escravos que foram aprisionados ali por eles.

Os falsos pretos-velhos tentam fugir mas são paralisados e presos. Esse local era um antigo quilombo no astral e o "Pai Joaquim" foi quem convenceu esses espíritos de ex-escravos a trabalharem como "pretos-velhos". Estes eram mais ignorantes do que "trevosos". O PJ tinha vários locais como esse, que era uma "falsa Aruanda" (Aruanda seria um local no astral onde viveriam os espíritos que atuam na egrégora da Umbanda, como pretos-velhos, caboclos, exus, etc.).

Os falsos pretos-velhos foram presos e os encarnados desdobrados, seus cavalos, foram libertados, assim como os espíritos escravizados ali de antigos coronéis e donos de escravos.

Abraço.

Gelson Celistre