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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Soluços

Atendimento de um senhor idoso, com mais de 70 anos, à distância, em razão de o mesmo estar há dez dias com uma crise de soluços, já tendo tentado todas as simpatias conhecidas e tbm consultado um médico, que não conseguiu determinar a causa e tampouco fazer cessar essa situação incômoda.
O consulente (que nem sabia que iríamos atendê-lo) é pai de uma médium que já participou de um curso de apometria que ministrei no estado de São Paulo, onde ambos residem. O atendimento foi feito pela internet, usando o msn, estando a médium em São Paulo, capital, e eu em São Leopoldo, Rio Grande do Sul, e durou cerca de 17 minutos, onde foram acessadas as seguintes situações.
Primeiramente a médium viu uma cena de seu pai, o consulente, caminhando com dificuldade, com uma bengala inclusive, em uma região muito escura, no fim da qual havia uma luz forte, semelhante a um farol de carro, que não permitia que se divisasse alguma coisa em função da claridade. Detalhe, nesta cena ele tinha uma cobra enrolada no pescoço.
Pedi a médium que tirasse a cobra do pescoço dele e colocasse numa bolha, que eu mesmo criei na cena vista por ela. Nesse momento a médium estava chorando muito, sem saber pq segundo ela, mas provavelmente pq, em desdobramento percebeu alguma coisa sobre o estado de saúde do pai.
Resolvi ajudar presencialmente e me projetei na cena vista por ela, que não conseguia parar de chorar e estava sentindo o estômago embrulhado, e pedi que observasse o que eu iria fazer e me relatasse.
Ela me viu com uma roupa branca, inicialmente observando o pai dela andar, e depois colocando a mão sobre o chacra frontal dele.
Ela queria tirar ele desse cenário e então lhe disse que criasse outro, com muita luz, algo agradável para que ele não tivesse medo, pois senti (e a médium tbm me confirmou depois que tbm sentiu) que ele estava com medo. Ela o sentiu muito debilitado e desorientado, sem saber onde ir. Pedi tbm que ela o abraçasse e dissesse que estava com ele e que iria ajudá-lo nessa travessia, para ele ter fé e bons pensamentos, para orar a Deus pedindo confiança e força. A médium criou um cenário de um campo gramado, com flores. borboletas e pássaros; ela tbm disse a ele para não se culpar tanto pelo que acha fez de errado na vida. Nesse momento ela o viu com uma roupa branca, semelhante a que eu estava usando desdobrado. Nesse momento tbm ela consegiu parar de chorar.
Na verdade o que estava acontecendo é que ele estava com medo de morrer, um sentimento comum quando se está em determinada idade, já avançada. As pessoas começam a refletir sobre o que fizeram na vida, sobre o desconhecido 'mundo do além, etc. É comum nessa fase surgir o sentimento de culpa. é importante assinalar que quem sofre com sentimento de culpa, é pq se pune pelo que fez de errado, e não consegue se perdoar justamente pq tem mágoas e ressentimentos de outras pessoas, não conseguiu perdoá-las e aí tbm não consegue se perdoar.
A médium achava que devíamos tratar o corpo dele mas lhe disse que ele precisava tratar era a mente, tinha que se conscientizar sobre algumas coisas, refletir melhor sobre outras, etc., e que uma boa conversa, inclusive mentalmente, teria melhor resultado. Temos que considerar que, devido à idade e às circunstâncias, é provável que ele esteja já no final dessa encarnação.
Enquanto conversávamos sobre isso, a médium relatou estar vendo ele de costas, sem cabeça e sem pernas ou braços, apenas o tronco. E tbm pareceu ter visto um martelo batendo nas costas dele.
Pedi que observasse melhor essa cena e ela viu as costas dele se transformar no muro de um castelo, onde dois homens lutavam.
Um deles estava ajoelhado no chão pois o outro batera com a cabeça dele várias vezes na parede e, logo depois, o decaptou. Pela nossa experiência já deduzimos que o pai da consulente era o que decaptou o outro. Efetuamos o resgate desse decaptado, após termos lhe recolocado a cabeça, e pedi à médium que mandasse o outro (seu pai) esquecer tudo e voltar pro seu corpo. Resultado: no dia seguinte o consulente, após 10 dias soluçando, acordou sem soluços.
A médium estava em dúvida sobre fazer o atendimento ao pai pq tinha dúvidas sobre se seria correto 'interferir' no karma dele, achando que essa situação poderia ser algo pelo qual 'ele tinha que passar', e acreditava que uma interferência externa pudesse causar algum mal ao invés de ajudar. As vezes me deparo com esse tipo de dúvida entre pessoas 'do meio', mas digo que isso advém de uma interpretação errônea da Lei do Karma e tbm de uma supervalorização de nossas próprias atitudes.
A Lei do Karma não permite que alguém receba um malefício que não seja de seu merecimento, isto é, ninguém sofre sem merecer. Igualmente ninguém pode receber um benefício, caso não seja, de alguma forma, merecedor dele. Portanto, no caso em tela, se o pai dela não merecesse o benefício de ser auxiliado, por mais que nos esforçássemos ele não melhoraria, mesmo tendo retirado o ser que estava ligado a ele, retirado a cobra do pescoço, etc., ele acordaria ainda soluçando no dia seguinte, isto é o que aconteceria caso ele 'precisasse' passar por esta situação por mais tempo (não tivesse merecimento).
Outro fator que deve ser considerado é o seguinte: nós não temos poder para 'interferir' na execução de uma lei divina, no sentido de lhe alterar os desígnios, ou seja, se ele tivesse que passar por aquilo, mesmo querendo, achando que é nosso dever auxiliar, etc., não iríamos produzir nenhum efeito nosentido de minimizar a situação do consulente. Nós somo sempre agentes da Lei uns para os outros, geralmente de maneira inconsciente, mas às vezes de forma consciente, como neste caso.
O consulente estar passando pela situação do soluço é fato, se ocorreu é pq 'legalmente' era possível, mas não significa que ele karmicamente merecesse, ou mesmo que merecesse, que tivesse que durar indefinidamente. A regra é a seguinte, sempre devemos ajudar da melhor maneira que pudermos, com a intenção sincera de auxiliar, com amor. Os resultados advindos dessa ação que executamos serão sempre positivos para nós, embora para o objeto de nossa ação, não tenhamos como saber de antemão pois vai depender do merecimento dele.
Abraço.

Gelson Celistre.