Ainda existe muita desinformação sobre o que acontece conosco depois que morremos. Muitas pessoas, mesmo as que são espíritas, acreditam que na pior das hipóteses a pessoa morre seja lá porque motivo, passa um tempinho no umbral até se arrepender, aí basta uma oração sincera que aparece uma equipe de espíritos vestidos de branco que irão socorrê-lo e ele vai para alguma colônia tipo Nosso Lar, onde vai passar um tempo aprendendo a ser humilde e logo em seguida reencarna e começa tudo de novo do zero, como se fosse a primeira encarnação do espírito.
Mas entre a teoria e a prática neste caso existe um grande abismo. Vamos começar pelo fato de que a grande maioria das pessoas que morrem nem chegam a ser socorridas por equipe nenhuma. A grande maioria das pessoas morre e fica vagando por aqui mesmo, pela crosta, interagindo com os humanos encarnados, uns procurando apenas a satisfação de suas necessidades básicas ou vícios, outros sem ao menos perceber que estão mortos, geralmente vivendo entre seus familiares ou no hospital onde morreu. É comum pessoas que tiveram mortes violentas nascerem como filhos de seus assassinos, não porque algum ser de luz os uniu para que resolvessem suas pendências, mas porque depois de morto ele ficou obsidiando seu assassino e sem querer ou perceber, em razão de ficar muito próximo de seu inimigo enquanto ele fazia sexo.
Outra situação geralmente desconhecida ou despercebida das pessoas é que a reencarnação está intimamente ligada ao karma. Tudo que fazemos gera consequências com as quais termos que lidar no futuro. A maioria das coisas que fazemos e que geram karmas muito negativos não tem como serem resgatadas na mesma vida onde foram geradas. Por exemplo, um homem que mata várias pessoas geralmente vai demorar várias vidas até que esse karma fique maduro a ponto de ser resgatado (veja tbm o post sobre o karma). Outro detalhe tbm é que se morremos com uma doença, não vamos miraculosamente nos curar só porque morremos. Isto significa que nosso corpo astral vai continuar apresentando os mesmos sintomas que tínhamos quando vivos e vamos sofrer do mesmo jeito, ou seja, nosso familiar querido que sofreu pra caramba durante anos com aquele câncer depois de morto vai continuar com aquele câncer e somente se ele foi em vida uma pessoa muuuuito boa ou tiver alguém com muita influência em alguma colônia ele vai ser socorrido.
O que se vê na maioria dos casos é a pessoa vagar doente pelo umbral ou se enconstar em algum familiar próximo, que muitas vezes acaba absorvendo a doença do morto e sofrendo a mesma coisa, Aqueles de nós que foram muito ruins ou que já o eram em outras vidas acabam sendo escravizados em regiões umbralinas densas. Mas o objeto deste post são as deficiências ou doenças congênitas, aquelas com as quais já nascemos e que são consequências de nossas ações em vidas passadas. Um fumante inveterado pode até não morrer de alguma doença provocada pelo cigarro nesta vida mas na próxima vai nascer com problemas no aparelho respiratório, nascendo provavelmente com bronquite ou asma. Um viciado em drogas pode nascer com esquizofrenia, demência, mediunidade, etc.
A regra é que aquilo que vc deu causa vai ter que dar cabo, isto é, se vc gerou vai sofrer as consequências. E tem um detalhe, tanto pode ser o que vc gerou em vc mesmo, como consequência de um vício, como o que vc gerou em outra pessoa. Exemplo, uma pessoa que mata a outra envenenada pode nascer com problemas na laringe, faringe ou estômago, onde o veneno prejudicou sua vitima, Já o que morreu envenenado não vai nascer com esses problemas pq quem o causou não foi ele.
Atendemos recentemente um menino que nasceu com uma deficiência congênita no fígado (fenilcetonúria) que não consegue processar adequadamente as proteínas, principalmente as de origem animal. Essa deficiência/doença foi causada nesta criança por ter ela, em várias vidas passadas, praticado canibalismo e rituais satânicos que envolviam antropofagia e beber sangue humano. Numa vida recente ele inclusive foi um nazista que preparava banquetes com carne humana e seu alimento principal era corações humanos.
Pessoas que se suicidam geram uma deficiência que vai se refletir diretamente na vida seguinte, de forma congênita. Se o suicídio foi com um tiro na cabeça vai nascer com deficiência mental, se o cara se jogou de um penhasco vai morrer provavelmente atropelado. Se a pessoa assassina outra friamente sem nenhum motivo vai morrer do mesmo jeito, pode ser em um assalto ou com uma bala perdida, se estuprou e matou vai ser estuprado e morto, enfim, a lei do retorno age sempre e quanto menos evoluído é o espírito, mais vai sofrer as consequências na base do olho por olho, sofrendo algo praticamente idêntico ao que ele fez com outra pessoa.
As deficiência congênitas podem nos dar boas pistas de como fomos no passado e assim ser de grande auxílio em nossa reforma íntima, pois sabendo o tipo de karma que estamos resgatando podemos entender melhor as situações pelas quais estamos passando na vida atual.
Gelson Celistre