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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Conhece-te a ti mesmo

          O que representa uma vida dentre milhares? Como podemos julgar alguém por atos cometidos em uma única vida sem levar em conta sua trajetória como espírito milenar? O que sabemos nós sobre nosso próprio passado, sobre nosso comportamento em milhares de vidas passadas? O que conhecemos de nós mesmos é uma pequenina parte daquilo que realmente somos, que é a somatória de tudo o que já vivemos e fizemos ao longo de nossas muitas reencarnações.


          Segundo a tradição havia uma inscrição que dizia "Conhece-te a ti mesmo" recepcionando aqueles que buscavam respostas no Oráculo de Delfos, na antiga Grécia. Na atualidade as pitonisas foram substituídas pelos médiuns, que são nossa conexão com o mundo oculto, e o que percebemos das pessoas que procuram por respostas no mundo espiritual ainda é que nenhuma delas conhece a si mesmo.
          Recebemos uma solicitação de atendimento espiritual de uma mulher que descreveu assim seu problema: "Tenho uma dor de dentes a mais de 6 anos, ja consultei com varios profissionais da area: fiz tratamento de canal em 3 dentes retratei um deles onde me parece que a dor inicia por 3 vezes, fiz cirurgia de ápice com um buco facial, mesmo não aparecendo nada nos exames radiológicos (rx) e tomografia, como a dor não passou me encaminharam para neurologista acreditando ser problema neurológico; o primeiro neuro que procurei me pediu todos exames tomografia, ressonância magnética e coleta de licor da coluna para descartar qualquer problema de tumor no crânio e também verificar esclerose múltipla. Resultados dos exames: nada, nem um problema aparente, procurei outro neuro q ao ouvir minha história me medicou como nevralgia do trigêmeo, tomei carbazepina, amitripitilina e topiramato, resultado: engordei 12 kilos e além de viver dopada a dor continuava, a unica coisa q melhorou é que eu conseguia dormir em torno de 5 horas, pois antes disso o máximo que conseguia era dormir 3 horas, estava tão magra que as pessoas achavam que eu estava com aids. Procurei um terceiro neurologista que me indicaram dizendo que era bom, resultado: mandou eu voltar para área odontológica que meu quadro não era de problema neurológico. Retornei a outro buco facial que fez todos os exames nada constando de novo. Já cansada de tanto sofrer de dor e por ela iniciar no pre molar e depois irradiar para os outros dentes, e tambem por piorar a dor de noite, resolvi extrair o dente semana passada. Estou apavorada porque estou sem o dente e a dor continua... quero que saiba que nesses 6 anos de martirio ja passei por varios atendimentos com pai de santo, casa de umbadas, espiritismo, fiz trabalhos indicado por eles, e o que só consegui foi gastar dinheiro e nada resolveu."
          A consulta foi marcada para duas semanas atrás e à noite, no horário da reunião, estava chovendo muito forte e a consulente não apareceu. No dia seguinte recebi outro e-mail da consulente relatando que uma dia antes da reunião havia estado no meu endereço à tarde para que no dia da reunião, à noite, não houvesse nenhum contratempo, e que no dia da reunião retornou a esse endereço para a consulta. Entretanto, o endereço em que ela esteve não era o meu, pois ela pediu informações para uns pedreiros que a informaram erroneamente. Ela tbm não encontrou seu celular e não conseguiu me ligar na hora para que lhe informasse como chegar ao local da reunião. Retornou para casa e ligou para o próprio celular, sem encontrá-lo. Tbm tentou entrar na internet e estava sem sinal.  No dia seguinte achou o celular dentro da bolsa sem nenhum problema.
          Na semana passada, na reunião seguinte à que a consulente faltou, resolvemos verificar o que houve com ela e o que descobrimos foi o seguinte:

          A cirurgiã dentista

          A consulente em sua vida passada era uma cirurgiã dentista na Alemanha, na época da Segunda Guerra Mundial, bastante conceituada e ligada ao Partido Nazista, o que lhe garantiu livre acesso aos prisioneiros judeus nos campos de concentração. Ela arrancava os dentes dos prisioneiros, homens mulheres e crianças, sem nenhum tipo de anestesia ou assepsia, para fazer experimentos com implantes dentários. A maioria morria por infecção, sem falar na dor extrema que sentiam ao ter seus dentes arrancados.
          Passados mais de sessenta anos do fim da guerra, ainda encontramos na dimensão astral um grupo de espíritos ligados a esse caso. Aliás é comum encontrarmos espíritos na dimensão astral ainda vivendo na época da guerra, como se o tempo tivesse congelado, tanto os judeus quanto os nazistas. Alguns, como a consulente, já reencarnados mas vivendo uma vida dupla, sendo uma pessoa aqui na dimensão física e outra na dimensão astral.
          No caso específico da consulente ela estava desdobrada no astral fazendo o que costumava fazer, arrancando os dentes dos prisioneiros judeus, o que fazia com enorme prazer.  No campo de concentração que encontramos no astral havia nove valas de corpos com milhares de judeus mortos. Nossa equipe espiritual efetuou o resgate das vítimas e prendeu os soldados, oficiais e cientistas nazistas desencarnados que estavam lá, sendo que os encarnados, como a consulente, tiveram a mente apagada e reacoplados ao seu corpo físico.
          A dor de dente que ela sente é uma consequência direta, um retorno cármico, da dor que ela infligiu às pessoas que ela usou como cobaias, e que ainda estavam ligadas energeticamente a ela. Provavelmente vai amenizar em função do resgate dos espíritos mas o quanto não temos como precisar, ainda mais pq havia outra frequência aberta da consulente que tbm tinha ligação com sua dor de dentes, conforme veremos a seguir.

          O orfanato

          Em uma vida anterior àquela em que foi dentista nazista a consulente era diretora em um orfanato em algum país da Europa. Não soubemos se por dinheiro ou para obter algum tipo de vantagem, ou até se era por pura perversão, mas o caso é que ela colocava crianças pequenas, de 2 a 8 anos por aí, para fazer sexo oral em homens adultos. A maioria morria antes dos 10 anos e muitas tinham problemas no maxilar e desenvolviam doenças na boca por conta dos atos a que eram submetidas.
          Mais uma vez encontramos a consulente desdobrada no astral cometendo os mesmos atos de uma vida anterior. Dezenas de crianças mortas naquela existência cujos espíritos nem sabiam que estavam mortos, revivendo continuamente um sofrimento imposto por homens inescrupulosos e pela consulente.
          Efetuamos o resgate das crianças e novamente apagamos a mente da consulente e a reacoplamos de volta ao seu corpo físico, com o agravante de que ela não queria voltar e ficou muito revoltada quando resgatamos as crianças.

          Em casos assim, onde a causa é espiritual, a medicina terrena pouco ajuda pois não tratam a causa mas apenas seus efeitos. O karma que a consulente já trazia de suas vidas passadas foi potencializado por ela estar desdobrada no astral ainda cometendo as mesmas atrocidades, sintonizada com milhares de espíritos em sofrimento e absorvendo essas energias desarmônicas em seu corpo físico.
          Já íamos encerrar o atendimento quando os médiuns o observaram alguns espíritos nos atacando, espíritos de soldados nazistas, e então fomos averiguar de onde vieram.

          A base nazista

          Os soldados nazistas vieram de uma base na Groenlândia ou no Ártico, provavelmente uma base subterrânea, onde morreram congelados durante a Segunda Guerra Mundial.  Provavelmente estavam numa base que não foi descoberta pelos aliados e morreram de frio quando acabaram seus suprimentos.
          Como alguns deles conheciam a consulente, por fazer pesquisas dentárias com os judeus, acabaram atraindo ela para onde eles estavam, a fim de que ela conseguisse fazê-los voltar a vida, pois como seus corpos estão ainda congelados lá, eles acreditavam que poderiam reviver naqueles mesmos corpos.
          A questão do meio ambiente já chegou no astral pois eles estavam muito preocupados com o aquecimento global, temendo que com o derretimento das geleiras no Pólo Norte e região a base deles se tornasse visível e que os corpos descongelassem. Foram todos presos.

          Conflitos conscienciais

          No final descobrimos pq a consulente não conseguiu chegar na reunião. Um espírito, temendo que se ela viesse a nós fossem descobertas suas atividades no astral, fez com que ela não encontrasse o endereço, não achasse o telefone, etc. Este espírito era a própria consulente que, em desdobramento, queira evitar que descobríssemos suas atividades.
          Esse tipo de situação não é raro e já nos deparamos com diversos casos semelhantes. A pessoa aqui no físico está com uma situação desagradável e quer se livrar dela, no caso da consulente a dor de dente, entretanto, no astral a própria pessoa está causando situação semelhante a outros espíritos.
          Algumas pessoas sentem tanta satisfação com as atividades que praticam na dimensão astral que mesmo estando encarnadas colocam a vida aqui na matéria em segundo plano, vivendo mais em desdobramento do que aqui no físico.

          Há mais de dois mil anos o oráculo já advertia o homem sobre a necessidade de conhecer a si mesmo e percebemos que pouco avançamos nessa questão. O conhecimento exterior, tecnológico, progrediu muito nos últimos tempos, mas o conhecimento interior, sobre sua própria alma, tem ficado relegado ao segundo plano. Como dizia o oráculo, conhece-te a ti mesmo.

Abraço.

Gelson Celistre