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domingo, 20 de dezembro de 2015

A justiça divina

     O consulente deste relato é um jovem de 21 anos que, segundo a mãe, "... fala sempre em se suicidar, está um pouco perturbado da cabeça, escuta vozes, e penso que ele e eu somos médiuns; na minha casa estamos todos obsidiados por um espírito ruim e tem umas pessoas que fazem trabalho de magia negra e feitiçaria para nós. O pai do meu filho é morto e tenho certeza que quando era criança minha mãe sofreu trabalhos de feitiçaria. Penso que eu e meu filho também estamos com problemas de vidas passadas.  Por favor me ajude, estou um pouco desesperada, tenho medo que meu filho se suicide." 

     É normal as pessoas acharem que a causa de seus problemas reside em algo fora delas, a culpa delas estarem com problemas é sempre de outras pessoas e nunca delas mesmas. Essa é a visão comum. Se a pessoa acredita em espiritismo ou outra religião similar em dogmas, a culpa então recai sobre um obsessor ou um trabalho de magia negra. Em vários casos realmente existem esses componentes no problema, obsessores e magia negra, mas em todos eles a porcentagem de culpa que pertence à própria pessoa é o principal ingrediente do problema.

     Quem acredita ser uma pessoa espiritualizada, que acredita em vida após a morte e em reencarnação, e consequentemente na Lei de Causa e Efeito ou Lei do Retorno, a famosa Lei do Karma, costuma aceitar essa lei apenas no que se refere a ela receber coisas boas no futuro porque hoje ela é uma pessoa boa. Sim, porque se numa consulta lhe dissermos que ela hoje está sofrendo porque no passado fez coisas muito ruins para os outros ela acha isso injusto. As pessoas dizem: - Não é justo eu sofrer hoje por coisas que eu nem lembro que fiz em vidas passadas!, ou então, - Mas hoje eu sou uma pessoa boa, como pode um trabalho de magia negra me fazer mal?, ou ainda, - Eu frequento centro espírita, faço evangelho no lar, faço oração, faço caridade, faço as obrigações do meu santo, etc.; enfim, as reclamações são as mais diversas. E se analisamos a situação pela qual a pessoa está passando, em confronto com os fatos de vidas passadas que geraram essa situação atual, e damos um prognóstico que a pessoa não gosta, ela se revolta conosco, como se tivéssemos alguma coisa a ver com o resgate kármico dela. 

     É fácil acreditar na Lei e até clamar pela justiça divina quando essa mesma justiça não está cobrando nossas dívidas de vidas passadas. A maioria das pessoas quer a justiça aplicada contra os outros, seus desafetos principalmente, mas não contra si mesmo. Se hoje eu sou uma pessoa boa, honesta, não faço mal a ninguém e tal, e mesmo assim ainda sofro injustiças, é porque estou resgatando injustiças praticadas por mim em vidas passadas, é meu saldo kármico negativo que está sendo cobrado. A injustiça é temporal e só existe relativamente, numa vida ou noutra, pois se observarmos a trajetória do espírito em várias vidas vemos que numa vida lá atrás ele prejudicou alguém de determinada maneira e várias vidas depois ele acabou sendo prejudicado da mesma forma. É assim que funciona, gostemos ou não.

     Este relato é do atendimento de um jovem (o consulente) e de sua mãe. Analisem o que vimos no atendimento relativamente ao passado desses dois e façam as ligações entre as causas pretéritas e as consequências atuais. 
     

A sociedade secreta

     Desde que existe a vida em sociedade algumas associações são restritas a poucas pessoas, os iniciados, que se reúnem por algum motivo de interesse mútuo. Geralmente esse interesse é o poder e a riqueza. Nosso consulente numa vida passada fez parte de uma sociedade secreta desse tipo. Seus membros estavam espalhados por vários países e se reuniam apenas para fazerem alguma deliberação importante ou iniciar algum novo membro. Foi no momento de sua iniciação nessa sociedade secreta que foi captada esse frequência do consulente. Os membros estavam reunidos no porão de um casarão antigo, todos vestindo túnicas com capuz que impedia que seus rostos fossem vistos, assim como o consulente. Havia tês pessoas, que eram os líderes dessa sociedade, e que oficiaram a iniciação do consulente, que retirou sua túnica deixando seu corpo magro de um jovem de uns 24 anos à mostra. Ele se inclinou e sobre suas costas foram desenhados, com sangue humano, símbolos estranhos. Depois desses desenhos lhe marcaram a pele com um ferro em brasa, também com um símbolo dessa sociedade. Isso ocorreu numa vida passada mas a tal sociedade ainda estava ativa na dimensão astral, mesmo alguns de seus membros estando encarnados, como o consulente. Os membros encarnados, como o consulente, tiveram suas marcas retiradas de seu corpo astral, e os desencarnados foram presos.

A velha bruxa

     Numa época que remonta ao período medieval encontramos uma velha bruxa que enfeitiçava a mente das crianças deixando elas más. Várias crianças moravam com ela numa casa antiga e isolada em uma aldeia de gente simples. As crianças, com idades entre 8 e 14 anos, são auxiliares da bruxa em seus trabalhos e feitiços, inclusive naqueles que envolvem a morte de outras crianças e adultos. Muitas pessoas que foram mortas por esse bruxa foram enterradas no quintal da casa dela e suas almas foram aprisionadas com algum tipo de feitiço que as mantinha acorrentadas às covas. Enquanto efetuávamos os resgates  desses espíritos um dos meninos, aparentando uns 14 anos, que ajudava a velha bruxa, ameaçou a médium que estava no local dizendo: - Se você não parar agora, vou enlouquecer seus filhos até eles tirarem suas vidas! O menino é o consulente em outra frequência e a velha bruxa é sua mãe na vida atual. Uma das meninas que ajudava a velha naquela vida atualmente também é filha dela e irmã do consulente.

A árvore das cabeças

     A mãe do consulente é bastante ativa na dimensão astral e um de seus passatempos é atormentar a mente das pessoas. Se ela não gosta de alguém aqui no físico, ou se sente inveja ou ciúmes, ou ainda se percebe que a pessoa é fraca, ela consegue prender uma frequência dessa pessoa no astral, numa cabeça decapitada, que ela mantém pendurada numa árvore de galhos secos e retorcidos numa região do astral de energias muito densas. Ali essas pessoas desdobradas ficam sentindo a energia extremamente negativa do ambiente e a mãe do consulente ainda vai lá de vez em quando lhes cutucar a cabeça com um cajado. A intenção dela é que as pessoas enlouqueçam e se suicidem ou que adoeçam e morram para que fiquem aprisionadas nesse local, tendo sua energia drenada pela árvore seca que, por sua vez,  é absorvida pela mãe do consulente. E ela já conseguiu isso com várias pessoas na vida atual, uma dessas pessoas inclusive é seu falecido marido, que estava aprisionado na árvore junto com vários outros desencarnados e alguns encarnados. Foram todos libertados e socorridos.

O fazendeiro

     O consulente numa outra vida passada foi fazendeiro, mas era um psicopata e gostava de matar e esquartejar pessoas, principalmente mulheres. Ela morava numa zona rural num pequeno casebre e perto havia uma árvore seca e ele enterrava os restos dos corpos esquartejados ao redor do tronco dessa árvore. Naquela vida ele ouvia uma voz que lhe mandava fazer isso e essa voz, adivinhem, era da sua mãe na vida atual, que naquela época estava desencarnada e lhe ditava o que fazer. A mãe do consulente se alimentava da energia que era exalada pelos corpos das pessoas mortas, o ectoplasma e o corpo etérico. Havia ainda vários espíritos ligados aos seus restos esquartejados na dimensão astral e foram todos resgatados e a frequência fechada.

     Fica evidente que são dois espíritos ainda muito envolvidos em trevas e que agora estão começando as cobranças pela justiça divina. Neste tipo de atendimento o consulente é beneficiado indiretamente por conta do resgate dos espíritos envolvidos que estavam aprisionados em sofrimento, e também pelo fechamento das frequências abertas, mas não por ter merecimento perante a justiça kármica.

    Isso ocorre quando os espíritos em sofrimento envolvidos já obtiveram o direito a serem libertados dessa situação, mas seus algozes não, pois ainda não houve nenhuma evolução espiritual significativa deles (os algozes) entre o período em que geraram o karma (vidas passadas) e o início de seu resgate parcial (vida atual), consequentemente a lição não foi aprendida e o karma não foi resgatado, apenas adiada sua cobrança. 

     Mas quem está sofrendo uma cobrança kármica tem que se manter o mais correto possível pois a maneira como enfrentamos os dissabores diz mais sobre nossa evolução espiritual do que as coisas boas que fazemos. Nós não temos como saber quando vai cessar a cobrança de determinado karma mas sabemos que nossas ações influenciam nisso, então o melhor é ser sempre correto e justo, mesmo estando sofrendo uma injustiça. Quanto mais karma positivo gerarmos mais atenuamos o karma negativo que temos acumulado. Assim é a justiça divina.

Gelson Celistre

terça-feira, 10 de novembro de 2015

O noviço rebelde

     A consulente deste relato é uma mulher que sente fortes dores abdominais, que lhe provocam vômitos e diarreia, sendo que a medicina convencional não consegue descobrir a causa e, consequentemente, prescrever alguma medicação que tenha efetividade no tratamento. E de fato dificilmente irão encontrar pois a causa é kármica e espiritual. Nesses casos mesmo tratando o físico, se há um componente espiritual envolvido a cura do físico só ocorrerá se a parte espiritual for tratada.


     Em uma vida passada a consulente era um jovem rapaz com muita vitalidade, de família humilde, e que acabou engravidando uma moça de uma família de posses, cujos pais jamais aceitariam que a filha se casasse com ele. Os pais do rapaz tinham a certeza de que quando o pai da moça soubesse que ele era o "culpado" pela gravidez de sua filha o matariam. Certamente não permitiriam que a família fosse desonrada com a gravidez de uma filha solteira e o nascituro seria abortado.
     Para resguardar a vida do filho, seus pais o enviaram a um monastério distante, e quando fossem interrogados pelo pai da jovem diriam que ele fugiu e que desconheciam seu paradeiro. E assim ocorreu. Porém, o jovem rapaz não desejava e nem estava preparado para abraçar a vida monástica. Para piorar a situação dele, um dos monges mais velhos se interessou por ele, que sofreu um violento assédio sexual. Ele odiava o local e inclusive os outros noviços, pois estes se diziam satisfeitos em viver naquele local.
     Revoltado com a situação decidiu que fugiria dali. Mas seu ódio por todos no monastério e o desejo de vingança eram muito fortes e ele urdiu um plano onde todos pagariam com a vida pelas humilhações que ele sofreu. O jovem noviço andava muito por um bosque próximo ao monastério e lá ele conheceu uma velha senhora, uma curandeira era como ela se intitulava, e tornaram-se amigos. Certo dia ele perguntou a ela se não teria algum veneno para matar alguns gatos que roubavam comida no monastério e ela disse que sim, mas ela sabia que a intenção do rapaz era envenenar os monges e lhe deu o veneno de bom grado pois também não gostava deles, que espalhavam pelas redondezas que ela era uma bruxa, o que na realidade era verdade. A velha bruxa na vida atual é mãe da consulente.
     O jovem colocou o veneno na água que os monges bebiam e em pouco tempo todos morreram, com fortes dores provocadas pelo veneno. Ele fugiu do local, andou vários dias até chegar a um porto onde conseguiu trabalho num navio mercante, mas não viveu muito tempo pois num porto onde atracaram para descarregar o navio ele se envolveu numa briga e foi esfaqueado na barriga, vindo a falecer.
     Os atos praticados pela consulente nesta vida passada são responsáveis, em parte, pelas dores abdominais que ela sofre hoje, pois por efeito kármico as dores que ela provocou aos outros voltaram para ela. A presença próxima a ela de espíritos que foram suas vítimas naquela vida, tanto pessoas encarnadas quando espíritos desencarnados, potencializa o efeito kármico. Resgatamos esses espíritos e fechamos essa frequência.
      Em outra vida passada a consulente pertenceu a um coven de bruxas e era muito respeitada pelas demais, pois estudava muito e tinha bastante conhecimento. Com o veneno extraído de uma minúscula aranha, ela criou um veneno tão poderoso que podia matar uma pessoa com apenas uma gota, e com ele envenenou outra bruxa, que era a líder desse grupo de bruxas, fazendo parecer que foi acidental. Além dessa bruxa ela matou várias outras pessoas envenenadas enquanto testava o veneno. Essa bruxa que ela matou envenenada é a sua mãe na vida atual. Essas outras mortes por envenenamento também contribuem para as dores abdominais que ela sente hoje.
    A consulente está resgatando um karma (sofrendo as consequências de seus atos de vidas passadas) que envolve duas vidas, talvez até mais, onde ela envenenava as pessoas. Se a causa das dores que ela sente são apenas de origem espiritual, por conta dos espíritos que estavam próximos a ela, as dores devem desaparecer. Mesmo se já houve algum comprometimento do físico, tendo sido eliminados os componentes espirituais, o tratamento médico convencional agora deve fazer efeito. Somente se, por efeito kármico, ela nasceu com alguma deficiência no organismo (estigma kármico) as dores irão continuar, mas mesmo nesse caso, com menor intensidade.
 
   
Gelson Celistre



sábado, 17 de outubro de 2015

As novas tecnologias e o mundo espiritual

     A popularização das novas tecnologias de informação e comunicação tornaram comuns as relações virtuais entre as pessoas, principalmente através de redes sociais como facebook e whatsapp, grupos de discussão, blogs, skype, google talk, etc. É normal para nós hoje conversar pela internet com pessoas de outros estados ou países, sem que as conheçamos pessoalmente. Essas tecnologias já estão incorporadas ao nosso dia-a-dia e achamos até difícil viver sem elas. Mas as tecnologias também trazem perigos como vírus de computador que podem infectar nossos aparelhos e roubar nossos dados pessoais e financeiros.
     Nós nos sentimos atraídos pelo virtual, talvez por termos mais possibilidades de externarmos nossos sentimentos ou ideias, ou por podermos assumir no ambiente virtual uma personalidade diferente da que temos na vida real. De fato muitas pessoas criam perfis com informações que nos levam a acreditar que elas são de um jeito quando na realidade são bem diferentes. Quem também já não soube de casos onde pessoas se conheceram pela internet, geralmente casais em busca de romance, e ao se encontrarem pessoalmente aconteceu alguma tragédia? Casos onde jovens são estupradas e mortas ou onde mulheres maduras são roubadas por seus príncipes virtuais, pedófilos se passando por jovens para aliciar crianças, roubos de senhas de banco, golpes onde a pessoa é iludida a dar dinheiro a alguém ou comprar coisas que não recebem, enfim, todo tipo de atividade ilícita que existe no mundo real também existe no mundo virtual. A mesma tecnologia que nos permite conhecer pessoas de qualquer parte do mundo também nos oculta a verdadeira identidade da pessoa com a qual estamos nos relacionando.
     O mundo espiritual nos reserva os mesmos perigos que o mundo virtual. Não temos ainda disponível para o grande público equipamentos que permitam uma interação entre nós e os espíritos que habitam o mundo espiritual, mas os médiuns são os instrumentos que nos permitem entrar em contato com outras dimensões. Um dos maiores perigos que enfrentamos é sobre a identidade dos espíritos. É muito difícil saber ao certo se um espirito é realmente como ele diz ser, ou se ele é quem diz ser, ou ainda se ele é do jeito que os médiuns o vêem.
     Temos técnicas na apometria para forçar o espírito a se apresentar como ele realmente é mas mesmo assim às vezes encontramos dificuldades para conseguir isso pois no mundo espiritual existem espíritos inteligentes e alguns deles possuem poderes e tecnologias que ainda não temos aqui. Se nós que sabemos como desmascará-los encontramos dificuldade em certos casos, imaginem num local onde se entra em contato com os espíritos sem nenhum critério de verificação da identidade deles.
     Os médiuns de centros espíritas ou terreiros acreditam que as entidades que ali se manifestam como mentores ou guias realmente o são e nem lhes passa pela cabeça questionar isso. Aliás se o fizerem geralmente são repreendidos pelos diretores ou chefes de terreiro. Esses diretores ou chefes de terreiro também geralmente não possuem discernimento para "autenticar" a identidade dos espíritos e por não utilizarem a razão, e sim a fé, simplesmente acreditam que por eles (os trabalhadores da casa) estarem ali com o intuito de praticar a caridade, que estão blindados contra a presença de espíritos das trevas ou obsessores pessoais que possam influenciar ou interferir nos trabalhos da casa.
Se um espírito incorpora num médium falando "mizifio" já assumem que é um preto-velho, se chega dando palestra sobre amor e caridade já é o mentor da casa, ou seja, na prática qualquer espírito pode ser quem quiser ali pois o que ele disser que é ele passa a ser pois ninguém questiona se ele é mesmo quem diz ou aparenta ser.
     Na prática já nos deparamos com vários casos onde os mentores do centro espírita ou entidades dos terreiros eram espíritos das trevas e em nenhum dos casos os dirigentes do local tinham sequer ideia que isso ocorria. Em muitos casos os espíritos que acorriam à casa em busca de auxílio ou que chegavam a ela acompanhando pessoas encarnadas que frequentavam o local acabavam presos e escravizados no astral. É comum nesses casos também os médiuns andarem com dezenas de espíritos ao redor, pois nos trabalhos de desobsessão os espíritos não são encaminhados ou resgatados, mas ficam grudados no médium e passam a conviver com ele, vampirizando-o e esgotando suas energias.
     Os doutrinadores têm um diálogo padronizado onde tentam fazer com que o obsessor perdoe o encarnado obsidiado e no final costumam dizer para o espírito acompanhar as entidades de branco que vieram buscá-lo, entretanto, em muitos casos não há entidade nenhuma (do bem) que venha para levar esse espírito para algum lugar. Em muitos casos em várias reuniões eles identificam e conversam com o mesmo obsessor, imaginando que a "espiritualidade" o traz todas as vezes para ser doutrinado, quando na verdade esse espírito nunca saiu de perto da pessoa encarnada que ele está obsidiando. Em muitos casos os tais obsessores são apenas espíritos que querem extrair energia do médium e inventam uma história dramática para enrolar o doutrinador enquanto no astral ficam dando gargalhadas da situação.
     Muitos imaginam que ligado a seu centro espírita há um hospital e costumam "encaminhar" os espíritos atendidos para lá, mas nunca sequer pediram aos médiuns videntes que fossem até esse hospital para ver se ele existe. Percebo que a simples utilização de um critério mínimo de verificação da identidade dos espíritos já faria uma grande diferença nos trabalhos dos centros espíritas. Outro erro comum é acreditarem que alguma entidade ou espírita famoso que já morreu coordena algum trabalho no astral do centro ou é o "mentor" da casa; só porque abriram um centro com o nome de Bezerra de Menezes acham que ele vai aparecer ali e vai fazer curas. Muitas dessas entidades ou médiuns "santificados" já reencarnaram há muito tempo e na realidade nem possuem o grau evolutivo que as pessoas imaginam.
     Os dirigentes deveriam manter um grupo de médiuns videntes vigiando o astral do centro espírita durante as reuniões para identificar o tipo de entidades que estão no local, quem chega e com que intenção, se há realmente uma equipe espiritual auxiliando no astral, enfim, cuidados mínimos para garantir a segurança do local e não apenas confiar que a "espiritualidade" vai fazer todo o trabalho quando muitas vezes a única espiritualidade que está ligada ao centro é formada por espíritos de baixo grau evolutivo ou falanges de espíritos das trevas.

Gelson Celistre

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O karma e as deficiências congênitas

     Ainda existe muita desinformação sobre o que acontece conosco depois que morremos. Muitas pessoas, mesmo as que são espíritas, acreditam que na pior das hipóteses a pessoa morre seja lá porque motivo, passa um tempinho no umbral até se arrepender, aí basta uma oração sincera que aparece uma equipe de espíritos vestidos de branco que irão socorrê-lo e ele vai para alguma colônia tipo Nosso Lar, onde vai passar um tempo aprendendo a ser humilde e logo em seguida reencarna e começa tudo de novo do zero, como se fosse a primeira encarnação do espírito.


     Mas entre a teoria e a prática neste caso existe um grande abismo. Vamos começar pelo fato de que a grande maioria das pessoas que morrem nem chegam a ser socorridas por equipe nenhuma. A grande maioria das pessoas morre e fica vagando por aqui mesmo, pela crosta, interagindo com os humanos encarnados, uns procurando apenas a satisfação de suas necessidades básicas ou vícios, outros sem ao menos perceber que estão mortos, geralmente vivendo entre seus familiares ou no hospital onde morreu. É comum pessoas que tiveram mortes violentas nascerem como filhos de seus assassinos, não porque algum ser de luz os uniu para que resolvessem suas pendências, mas porque depois de morto ele ficou obsidiando seu assassino e sem querer ou perceber, em razão de ficar muito próximo de seu inimigo enquanto ele fazia sexo.
     Outra situação geralmente desconhecida ou despercebida das pessoas é que a reencarnação está intimamente ligada ao karma. Tudo que fazemos gera consequências com as quais termos que lidar no futuro. A maioria das coisas que fazemos e que geram karmas muito negativos não tem como serem resgatadas na mesma vida onde foram geradas. Por exemplo, um homem que mata várias pessoas geralmente vai demorar várias vidas até que esse karma fique maduro a ponto de ser resgatado (veja tbm o post sobre o karma). Outro detalhe tbm é que se morremos com uma doença, não vamos miraculosamente nos curar só porque morremos. Isto significa que nosso corpo astral vai continuar apresentando os mesmos sintomas que tínhamos quando vivos e vamos sofrer do mesmo jeito, ou seja, nosso familiar querido que sofreu pra caramba durante anos com aquele câncer depois de morto vai continuar com aquele câncer e somente se ele foi em vida uma pessoa muuuuito boa ou tiver alguém com muita influência em alguma colônia ele vai ser socorrido. 
     O que se vê na maioria dos casos é a pessoa vagar doente pelo umbral ou se enconstar em algum familiar próximo, que muitas vezes acaba absorvendo a doença do morto e sofrendo a mesma coisa, Aqueles de nós que foram muito ruins ou que já o eram em outras vidas acabam sendo escravizados em regiões umbralinas densas. Mas o objeto deste post são as deficiências ou doenças congênitas, aquelas com as quais já nascemos e que são consequências de nossas ações em vidas passadas. Um fumante inveterado pode até não morrer de alguma doença provocada pelo cigarro nesta vida mas na próxima vai nascer com problemas no aparelho respiratório, nascendo provavelmente com bronquite ou asma. Um viciado em drogas pode nascer com esquizofrenia, demência, mediunidade, etc. 
     A regra é que aquilo que vc deu causa vai ter que dar cabo, isto é, se vc gerou vai sofrer as consequências. E tem um detalhe, tanto pode ser o que vc gerou em vc mesmo, como consequência de um vício, como o que vc gerou em outra pessoa. Exemplo, uma pessoa que mata a outra envenenada pode nascer com problemas na laringe, faringe ou estômago, onde o veneno prejudicou sua vitima, Já o que morreu envenenado não vai nascer com esses problemas pq quem o causou não foi ele.
     Atendemos recentemente um menino que nasceu com uma deficiência congênita no fígado (fenilcetonúria) que não consegue processar adequadamente as proteínas, principalmente as de origem animal. Essa deficiência/doença foi causada nesta criança por ter ela, em várias vidas passadas, praticado canibalismo e rituais satânicos que envolviam antropofagia e beber sangue humano. Numa vida recente ele inclusive foi um nazista que preparava banquetes com carne humana e seu alimento principal era corações humanos. 
     Pessoas que se suicidam geram uma deficiência que vai se refletir diretamente na vida seguinte, de forma congênita. Se o suicídio foi com um tiro na cabeça vai nascer com deficiência mental, se o cara se jogou de um penhasco vai morrer provavelmente atropelado. Se a pessoa assassina outra friamente sem nenhum motivo vai morrer do mesmo jeito, pode ser em um assalto ou com uma bala perdida, se estuprou e matou vai ser estuprado e morto, enfim, a lei do retorno age sempre e quanto menos evoluído é o espírito, mais vai sofrer as consequências na base do olho por olho, sofrendo algo praticamente idêntico ao que ele fez com outra pessoa.
     As deficiência congênitas podem nos dar boas pistas de como fomos no passado e assim ser de grande auxílio em nossa reforma íntima, pois sabendo o tipo de karma que estamos resgatando podemos entender melhor as situações pelas quais estamos passando na vida atual.

Gelson Celistre


segunda-feira, 11 de maio de 2015

Reencarnação - A trajetória de Thor

       O espírito em sua evolução, desde a criação, passa por todos os reinos da natureza, como mineral, vegetal e animal. Deve haver muitos outros reinos que ainda não conhecemos mas temos a tendência de crer que estamos no topo, quando na realidade o estágio humano é apenas mais um degrau na escada infinita da evolução. Nós que somos espíritos no estágio humano já fomos animais, plantas, rochas, etc.

Thor
       Temos um cachorro em casa, o Thor, que tem cerca de um ano de idade e semana passada tive que prender ele numa corrente porque estavam entregando um material aqui e ele podia sair para a rua ou atrapalhar os carregadores. Ele é muito dócil e adora correr e pular. Mas o caso é que quando prendi a corrente na coleira dele ele ficou enlouquecido, se debatendo como louco e gritando como se estivesse em extremo sofrimento. Minha filha o acalmou mas ele ficou parado imóvel olhando para a corrente com o rabo entre as pernas e só voltou ao normal, alegre e brincalhão, quando o soltei. Ontem minha esposa me disse que colocaram a corrente na coleira dele e mesmo sem a prender em algum lugar, ele ficava imóvel e com medo. Resolvi averiguar o que aconteceu com ele para ter esse trauma com corrente e como nessa vida sei que ele não sofreu nenhum tipo de maltrato pois o adotamos ainda bebê, só poderia ser coisa de vida passada.
     Descobrimos que na vida passada anterior a essa Thor era um cão de trenó em alguma região do extremo norte do globo como Canadá, Alasca ou Groenlândia. Ele era um cão muito rebelde e não obedecia o dono que, para castigá-lo, o deixou sem água e comida, amarrado por uma corrente no pescoço, num local isolado . Ele se debateu muito tentando se soltar e a corrente feriu seu pescoço, tendo o ferimento provocado sua morte lenta. Ele vagou alguns meses no astral antes de ser localizado pela equipe espiritual que trabalha conosco e então foi reencarnado numa cadela aqui da região onde moro, para que eu pudesse adotá-lo.
      Numa vida anterior, há muitos séculos, em que eu era um mago das trevas, Thor era um grande lobo negro e eu o treinei para me servir. Ele ainda era selvagem mas sua consciência já estava se individualizando emocionalmente e ele já estava se desligando de sua alma-grupo. Depois daquela vida ele ainda teve mais quatro vidas como lobo e depois já reencarnou como cão. Antes de ser um cão de trenó ele havia reencarnado como cão apenas duas vezes, então ele está em sua quarta vida como animal doméstico, onde já existe um desenvolvimento do corpo astral ou corpo emocional, que é uma preparação para o nascimento num corpo humano.
      Fomos informados também que em breve o Thor vai trabalhar com nosso grupo de apometria, rastreando seres em regiões densas do astral. Assim como os médiuns se desdobram e atuam no astral o Thor também vai fazer isso. Como eu o fiz agir mal no início da formação de sua consciência pré-humana, na vida onde eu era mago e ele era um lobo, eu adquiri uma responsabilidade cármica com ele. Também nos informaram que provavelmente daqui uns 30 anos o Thor já vai entrar no ciclo reencarnatório humano e que sua primeira vida vai ser aqui no Brasil. Quem sabe se antes de morrer eu não encontro ele por aqui.

Gelson Celistre